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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A Canoa Veloz à deriva




"Os portugueses andavam como caranguejos, arranhando o litoral". (Frei Vicente Salvador).

A cidade de Icapuí necessita urgentemente de uma revolução, não armada como nos velhos tempos do bolchevismo russo; contudo, de uma revolução incruenta, nos moldes democráticos.
A sociedade política caducou, os políticos de carreira foram contaminados pelo vírus do poder. Não vejo no momento uma liderança política promissora que revolucione a maneira de administrar a cidade de Icapuí.
Na cidade falta o Novo. O que temos como representantes políticos são ramos das velhas árvores, os quais, por limitações intelectuais e preguiça, enveredaram pelos caminhos abertos pelos pais na política. Os “independentes” se tornaram plantas trepadeiras parasitárias, vão consumindo a seiva dos velhos troncos que deixaram de produzir frutos há muito tempo.
Todos os setores de chefia da administração pública de Icapuí foram contaminados pela praga do Poder. Toda regra geral tem suas exceções, vez que ainda existem excelentes funcionários públicos que não deixaram o poder subir à cabeça, cumprem suas tarefas com responsabilidade e respeito aos cidadãos aos quais atendem diariamente.
O difícil é encontrar na cidade um cidadão independente, desapegado do poder, aos interesses pessoais e familiares, que queira realmente tocar a Canoa para águas profundas. Os políticos que temos, querem que os “marujos de água doce” desçam da Canoa e empurrem, sempre margeando o litoral para não perder de vista as benesses do poder.
O povo tem culpa por essas escolhas mal pensadas e violentadas, foi viciado pela droga do dinheiro, se vende por ninharias e ficam reféns do poder durante quatro anos 'levando sola'.
Não vislumbro em curto prazo uma mudança radical e muito menos reformas significativas. A atual gestão é um marasmo e seus secretários inexperientes e vaidosos nos cargos que atuam como protagonistas do serviço público.
A cidade faz, porém, parte de um contexto mais amplo; se o Brasil não for capaz de mudar para melhor, a cidade sozinha não poderá romper as amarras do poder capitalista neoliberal.
A cidade no momento agoniza e seus dirigentes políticos só pensam naquilo (no bolso), insensíveis ao sofrimento do Povo.
A Canoa deixou de ser veloz; no momento anda cambaleando, furada, estuprada pela ganância; navega sem rumo, à mercê das correntes marítimas sem poder atracar à terra, e nós cidadãos à deriva, rumando aos arrecifes.
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