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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Escola: instituição de sequestro



O controle dentro da sociedade é exercido pelas instituições legais (família, igrejas, escolas, hospícios, presídios...), no intuito de controlar os indivíduos através da disciplina da mente e do corpo. Muitos filósofos estudaram esses mecanismos de poder, um em especial, o francês Michel Foucault, o qual nos diz como essas engrenagens manipuladoras agem no dia a dia na vida do cidadão.
O que nos interessa, no momento, é compreender como a escola manipula os alunos a aceitarem uma sociedade excludente, autoritária e dominadora.
Desde já, afirmamos que a escola foi criada para os filhos das classes dominantes se educarem, aos filhos dos pobres, apenas uma escola que garanta o mínimo de conhecimentos, para não errar o botão que aciona as máquinas do capitalismo.
No desenvolvimento da tecnologia, as empresas foram ficando cada vez mais complexas e exigindo cada vez mais mão-de-obra especializada. As escolas profissionalizantes vieram suprir essas necessidades do capitalismo industrial do século XX.
Retomando o caminho da escola...
Desde o momento que os alunos pisam no espaço-escola, até o término das aulas, são vigiados, como também professores e funcionários. A máquina escolar foi bem projetada para manipular as mentes e modelar os corpos dos alunos e, consequentemente, enquadrá-los nas normas capitalistas, aprenderem a não questionar e sujeitarem seus corpos ao trabalho.
As escolas têm muitas semelhanças com as fábricas:

fábricas
  • apito
  • relógio de ponto
  • trabalho em série
  • disciplina
  • conteúdo de produção
  • transporte
  • almoço
escolas
  • sino
  • diário de classe
  • carteiras em fila indiana
  • disciplina
  • conteúdo programático
  • transporte escolar
  • merenda
Hoje, uma empresa que se preze, garante aos operários condições dignas de trabalho, fruto da luta dos trabalhadores ao longo da história.
As conquistas, por parte da educação, continuam. Ainda há muito chão para os educadores desbravarem. Classe desunida, só enxerga o próprio umbigo, por isso padecem de injustiças.
A escola é um micro-poder da classe dominante. Como educadores, não podemos permitir que a escola seja um espaço de manipulação, que não prepare cidadãos conscientes e participativos das decisões políticas. O que vemos a cada dia são alunos alienados, que estufam o peito dizendo que odeia política.
A escola não é uma fábrica e seus os objetivos são bem distintos. No entanto, o capitalismo transforma tudo em mercadoria, visando o lucro imediato.
Os alunos do ensino médio terminam seus estudos com um único objetivo: 'ser feliz' enquadrado dentro do projeto capitalista. Projetos pessoais que não transformam a sociedade.
Uma escola de verdade trabalha os conteúdos de forma crítica e reforça diariamente a noção de co-mu-ni-da-de. Se a escola não faz seu dever de casa, não merece ser chamada de escola, mas de fábrica.
O grande desafio do educador hoje é não permitir que o poder constituído manipule as crianças e adolescentes, tornando-os corpos dóceis e servis para o capitalismo.       
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