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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dom Quixote e Pancho de Caiçara

Escrito por Wellignton Pinto
Professor


Era uma vez dois jovens rapazes aventureiros, unidos pelas circunstancias da vida política, resolveram banir de Caiçara os maus políticos locais, essa é a história que vamos narrar.

Quixote de tanto ralar na vida acabou saindo da realidade e entrado na alienação, sonhou que era o salvador de Caiçara, teria como missão limpar da cidade dos maus políticos. Procurou uma armadura, um gibão de couro surrado, um chapéu de couro, uma “lança” de madeira afiada e um jumento abandonado de nome rocinante. Partiu da divisa, rumo à sede de Caiçara, passando por Areias encontrou um rapaz que o fez de escudeiro, chamava-se Pancho, foi convencido que se os inimigos políticos fossem vencidos, daria a Pancho o governo de Caiçara; Pancho movido pela curiosidade e pela ambição do poder resolveu seguir aquele nobre rapaz.

Chegando à ladeira de Caiçara, gritou que os inimigos estavam à espreita aguardando para atacar, Pancho na sua pouca lucidez disse que não via nada, apenas coqueiros gigantes... Quixote partiu em cima de rocinante ladeira abaixo até a estaca colidir com o coqueiro, o tombo foi grande que caiu estatelado no chão e como prêmio pela coragem um coco caiu na sua cabeça, não foi pior porque estava de chapéu de couro que amenizou a pancada. Depois de alguns minutos refazendo da tontura disse para Pancho que os coqueiros foram transformados em gigantes. 

Levantou-se e prosseguiu na sua jornada. Chegando mais a frente avistou várias ovelhas e partiram pra cima pensando que eram os políticos locais, as ovelhas se espantaram os carros que passavam acabaram matando várias ovelhas atropeladas, o dono de nome “Magaive” correu atrás de Quixote com um pendão de coqueiro, não apanhou mais porque correu feito louco, literalmente.

Mais na frente avistou um rebanho de gado, mas uma vez aconselhado por Pancho que aquilo não era gente, muito menos políticos; Quixote partiu pra cima, mais uma vez decepção, o dono que tangia o rebanho veio com o chicote pra Quixote que o mesmo partiu em disparada, antes que apanhasse mais ainda.

Depois de alguns dias nessa peleja, Pancho acabou aceitando aquela alienação de Quixote, fazendo parte desse sonho de banir do mundo o mau político, acreditou que se limpasse Caiçara estaria limpando da terra todos os políticos corruptos.

De novo Quixote prossegue sua jornada alienatória com Pancho e seu fiel rocinante. Avistou cata-ventos de energia eólica, disse a Pancho que aqueles gigantes eram os que pariam todos os maus políticos e se fossem destruídos acabaria a corrupção na política. Preparado para o ataque avançou, a pá que girava acertou na sua cabeça e do chão não se levantou, foi socorrido e levado para o hospital local com suspeita de traumatismo craniano. No leito do hospital medicado voltou a sua lucidez, talvez a bordoada tenha trazido Quixote à realidade. Ao seu lado Pancho; rocinante a molecada subiu em cima e desapareceu da nossa história.

Deitado ali sabendo que ia morrer e não tinha alcançado seus objetivos, rezou a Deus para que seus pecados fossem perdoados e a Pancho não pôde realizar sua promessa de colocar Pancho na prefeitura de Caiçara. 

Morreu dias depois um homem que um dia pensou em limpar a sujeira do mundo, Pancho retornou a sua vida rotineira, sempre contando histórias do nobre cavaleiro chamado Quixote de la Caiçara.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A ditadura da nota

A Ditadura da nota


Tem-se uma coisa que chateia o professor é divulgação de médias. É um inferno dantiano, alunos que pouco estudam são os mais revoltados, querem no grito entrar no paraíso, como se isso fosse possível. As facilidades hoje de aprovação é um fato lamentável, empurra para não dar prejuízo ao Estado, e só não passa quem não quer...
Na escola Futuro o procedimento avaliativo é o seguinte: a avaliação vale 7,0 pontos, trabalho 3,0,  e ainda tem os pontos extras. Veja um exemplo como os critérios avaliativos são bondosos: Dante fez a prova e tirou zero, copiou um trabalho da internet ganhou 3,0 participou da feira de ciências como turista e ganhou 1,0 ponto extra, umas atividades do livro copiadas do colega mais 1,0,  fez o SPAECE mais 1,0 ponto,  totalizando os pontos de Dante passou com média 6,0( média da escola do Futuro). E o mais escandaloso é quando o professor deixa na mesa o diário,  o aluno pega e adultera a nota, pra mais. Dante caminhando nessa pisada no final do ano será aprovado. Aí se faz uma grande indagação, Dante passou com notas (média), mas será que ele está preparado para enfrentar o mundo do conhecimento?
Por isso reforço a idéia que nota na mede conhecimento de ninguém. O aluno tem que estudar para aprender. Enquanto a nota for uma ditadura que só aprova quem alcançar a média desejada, não chegaremos a uma educação de qualidade. A nota tem que ser banida da escola, processual, derrubar essa ditadura não é fácil, mas para começar temos que dar menos importância à nota. Na escola o aluno não gosta de ler, não ler porque ler mal e tem vergonha de soletrar, se premiá-los com pontos, o desafio é aceito aos trancos e barrancos, e ler. Na vida de um amante dos livros ler é uma coisa  prazerosa, sem  recompensas.  A escrita é um terror, escrevem errado, “caligrafia” indecifrável, sem lógica nos argumentos, contam as linhas, uma carência de leitura, repetem a mesma frase, e até aumentam a letra para chegar ao tanto de linhas na qual o professor solicitou, como se o conhecimento tivesse limites.
Enquanto isso a elite se prepara nos melhores colégios, lêem os melhores livros, quem perde com essa deficiência é o filho do pobre. Quem não domina a escrita e a leitura estar fadado ao fracasso e a manipulação ideológica, se torna incapazes de fazer uma leitura crítica. Por falta de conhecimentos científicos e tecnológicos não chegarão às boas universidades e aos bons empregos, serão condenados a entrar no exército dos assalariados, os que têm um conhecimento básico, e os que acham que educação é besteira entrarão na fila do desemprego, e quando perder a “esperança de viver” entrarão na marginalidade, com vida curta, o tráfico ceifa os jovens muito cedo, seja na bala, no vício ou na rixa dos bandos.  

sábado, 4 de dezembro de 2010

Le Petit Prince - Antoine de Saint - Exupéry

E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste…
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer “cativar”?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer “cativar”?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… eu creio que ela me cativou…
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra…
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor… cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse…
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele…
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa…
- Eu sou responsável pela minha rosa… repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fui cativado pelo pequeno príncipe...


Fui cativado pelo pequeno príncipe...

Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas o impedirão de ver as estrelas”


Fui cativado pelo “Le Petit Prince” desde criança, e não consigo mais me libertar dessa forma de fazer amizades. Quando criança meus professores do fundamental me indicaram o livro, fui à biblioteca do Marista e tomei emprestado, li com olhos de criança, gostei de ver os desenhos do livro, diálogos com os animais e como criança achava que era possível conversar com meu cachorro de estimação, “bugre”.
Adolescente o livro veio de novo às minhas mãos, li, e de novo me fascinou, agora com olhar de adolescente, me identifiquei com as aventuras do principezinho visitando planetas e cada planeta com um personagem diferente, me dava uma vontade danada de ganhar o mundo atrás de aventuras, descobertas, amizades... Na fase adulta assistindo uma aula do irmão Paulo Nauffel, ele comentou o livro, lembro ainda de uma frase dele: “O Pequeno Príncipe é um livro para todas as idades”, de novo procurei o livro e li, só que agora com olhos de adulto. A leitura me despertou para várias linhas de pensamento, principalmente a filosófica. Muitos pensam que o livro é só para crianças e não é, ele tem o poder de cativar, criar laços com nó cego.
De todos os capítulos o que mais chamou atenção foi o diálogo da raposa com o pequeno príncipe, trata como as amizades verdadeiras são feitas e como o homem desperdiça seu tempo com futilidades, poderes terrenos e bens materiais. Selecionei algumas pérolas desse livro que vale a pena ressaltar:

- Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
- Os homens compram tudo pronto nas lojas... Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos.
- Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
- Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar. Ambos precisaremos, um do outro. Agente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!
- Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Cativar? É uma coisa muito esquecida. Significa criar laços.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste… – Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.
- Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra, o teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
- Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
- Foi o tempo que dedicastes a tua rosa que a fez tão importante.
- O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem ! E tu terás estrelas que sabem rir.


Hoje todo mundo é amigo do mundo, mas não é amigo do seu amigo. Quando se tem uma mixaria no bolso, não faltam “amigos” ao seu lado, quando o mesmo cai em desgraça todos somem e o pobre tem que buscar ajuda na família, é uma instituição sanguínea que ainda preza por seus familiares, pai e mãe, principalmente mãe, essa têm dois tipos de laços, umbilical e de amor, por isso cativou com profundidade, fincou raízes sem perguntar se a terra é boa, é filho. “Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo”.
Finalmente o principezinho cativou, como cativou a raposa, ambos se cativaram e se tornaram amigos para sempre. Na despedida do príncipe com a raposa tem uma frase que ficou na minha memória que não consigo esquecer: “E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...” Todas as vezes que pego um livro tenho vontade de ler, devorar aquelas palavras que me ensinam tanto a viver e a compreender o mundo, no fundo procuro o principezinho nos livros, porque ele, somente ele me cativou... Se querem me cativar, sejas como o pequeno príncipe.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A avaliação é um ato pedagógico

"A avaliação é um ato pedagógico"

    Uma das ações pedagógicas da escola difícil de realizar é avaliação do rendimento escolar. Houve um tempo que esse tema estava na moda e vários educadores escreveram sobre o assunto, surgiram vários modelos de avaliação. Como sempre as novidades passam e essa prática hoje continua sendo classificatória. O próprio Estado do Ceará fez as escolas públicas engolirem outro procedimento avaliativo, quem não se lembra dos AS( Avaliação satisfatória) e ANS( Avaliação não-satisfatória). Toda vez que aparece uma novidade pedagógica os alunos são colocados como cobaias, se der certo tudo bem (mídia), senão quem arca com o prejuízo são os alunos e os professores (culpados), e os mesmos não tem poderes de dizer não, aliás faz tempo que os professores da rede estadual não participam das discussões pedagógicas, tudo vem de cima, e o professor é obrigado a engolir tudo no seco.
    Lendo um livro do educador Cipriano C. Luchesi, “Avaliação da Aprendizagem  Escolar”,  a leitura me trouxe indagações e um sentimento de revolta, como os  professores encaram a nota, se um aluno tira boas notas é inteligente, se tira notas baixas é “burro”, e o pior é quando usa a nota para manter o aluno indisciplinado na linha; tem professores que reprova alunos por décimos, isso é uma vergonha. Esse procedimento avaliativo não aufere a realidade através de uma nota fria, classificando o aluno como réu, e o professor como carrasco. Sabemos que nota não mede conhecimento de ninguém, o aluno pode “colar” (‘Quem não cola, não sai da escola’) e passar de ano, só que esse aluno não estará preparado para a vida fora dos muros escolares.
“Segundo o professor Cipriano C. Luckesi, a avaliação é uma análise quantitativa dos dados relevantes do processo de ensino aprendizagem que auxilia o professor na tomada de decisões. Os dados relevantes aqui se referem às ações didáticas. Com isto, nos diversos momentos de ensino a avaliação tem como tarefa: a verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Ela também cumpre pelo menos três funções no processo de ensino: a função pedagógica didática, a função de diagnóstico e a função de controle.”
Não podemos abolir a nota por completo, pois nossa vida profissional na sociedade depende de notas, essa avaliação formal rege nossa sociedade, e levará muito tempo até que outros meios avaliativos sejam mais seguros e que realmente venha diagnosticar nossos alunos em termos de aprendizagem qualitativa. O que devemos buscar na escola é um ambiente  de avaliação informal , para que a formal não seja a única alternativa de avaliação. Existem outros meios de avaliação, ei-los alguns:

  Prova escrita dissertativa.
  Prova escrita de questões objetivas.
  Questões certo-errado (C ou E).
  Questões de lacunas (para completar).
  Questões de correspondência.
  Questões de múltipla escolha.
  Questões do tipo "teste de respostas curtas" ou de evocação simples.
  Questões de interpretação de texto.
  Questões de ordenação.
  Questões de identificação.

Procedimentos auxiliares de avaliação:
Observação,
Entrevista, 
Ficha sintética dos alunos.
 
Diria que já avançamos muito nos critérios avaliativos, antes era pior, tudo girava em torno de dados quantitativos, ou seja, notas. Não concordo também de empurrar o aluno para séries seguintes sem ter conseguido aqueles conhecimentos básicos da sua série. A escola precisa procurar todos os meios disponíveis para garantir que o aluno seja promovido para a série seguinte. Reprovar o aluno é condená-lo a exclusão, e esse não é o papel da escola.


 

sábado, 27 de novembro de 2010

Feira de Ciências da Escola Gabriel

“Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?”
Bertold Brecht



A Feira de Ciências é um momento de suma importância para a Escola Gabriel, porque na feira é mostrado toda a produção científica, cultural  e tecnológica produzida pelos alunos no decorrer do ano. É nesse momento que a comunidade vem  pres tigiar os trabalhos, como os pais e outras escolas do Município que comparece também para conferir a produção  feita pelos alunos. Não é fácil organizar uma feira principalmente pela falta de recursos financeiros, a dificuldade é grande. Nessa  feira como tantas outras que já aconteceram, quem bancou  foram os alunos e professores, a feira saiu, dentro da conjuntura financeira permitida , acredito que tenha contemplado os anseios da comunidade que compareceu de maneira maciça.
O grupo gestor tem que ficar atento a esses momentos, pois a feira consta no Projeto Pedagógico da Escola – PDE. Ficar de pires na mão esperando recursos da Crede 10, as coisas não irão acontecer, não acho correto alunos desembolsarem recursos e professores para bancar projetos. É preciso o diretor sair da sua sala e buscar patrocínios para garantir esses momentos tão importantes para a escola. Os alunos que ficaram na escola direto que não voltaram para as suas comunidades, tiveram que pagar seus almoços, e os que não puderam merendaram. A escola tem todos os recursos para bancar o almoço e não fizeram isso, é um descaso do diretor que foi avisado antecipadamente, falta de respeito a  nosso alunado.
Outra coisa a ser observada e cobrada é o envolvimento dos professores, têm “profissionais” na escola que não apresenta nenhum projeto e se ausenta da escola para fazer outros afazeres. Essa atitude de alguns redobra o trabalho dos que estão na frente dos trabalhos.
O multimeio pelo que observei não apresentou nada de concreto, e diga de passagem que não é por falta de profissionais. O multi meio lida com a cultura da escola, perderam o momento de resgatar a cultura local, convidar os pintores locais para apresentarem suas obras, os poetas para mostrarem seus livros, trazer as labirinteiras e rendeiras que labutam ainda contra o progresso das máquinas.
Gostaria de finalizar meus reclames alertando ao grupo gestor a importância dos profissionais da educação, alunos que se empenharam assiduamente nos seus projetos, os funcionários da limpeza, cozinha, enfim a todos aqueles que fora dos bastidores fizeram a coisa acontecer. Sempre os grandes (heróis) são lembrados, o que seria dos grandes se não tivesse alguém limpando? Por isso o teatrólogo alemão Bertold Brecht alerta para essa história tradicional que só valoriza os grandes. É bom saber que quem faz a história  com “sangue, suor e lágrimas” é o povo, o resto é história da carochinha.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um país se faz com homens e livros

Essa frase foi pronunciada por Monteiro Lobato, parafraseando a frase diria que “Uma cidade (Icapuí) se faz com homens e livros”. Dois pontos que vejo fraco em Icapuí, a falta de homens comprometidos com seu povo, pautado pela ética; machos Icapuí tem até demais, não é nesse sentido que falo, mas homens no sentido filosófico da palavra e da práxis. Os filósofos gregos buscaram esse homem-ético. Conta à história que o filósofo Diógenes saiu às ruas com uma tocha em pleno meio-dia, e perguntaram pra ele, que fazes com essa tocha Diógenes em plena luz do dia, o mesmo respondeu: “estou atrás de homens”; e pelo visto não encontraram, porém os gregos legaram ao ocidente a democracia, mesmo assim relativa. O que nos interessa nessa argumentação é a construção da cidadania a partir dos livros.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reflexão de um educador


Reflexão de um educador






Dias atrás foi meu dia, meu aniversário, sempre nessa data me isolo como um monge beneditino para refletir um pouco da vida. Na minha opinião não viemos ao mundo por acaso, todos nós temos uma missão a realizar, só que alguns procuram trilhar caminhos tortuosos e perigosos, nunca ouvi dizer que uma criança nasça má; são as condições materiais que desvia do bom caminho, por falta de orientação dos pais, da escola e da sociedade.


Quando criança em Aracati sentava na calçada da minha casa e via todos os dias enterros fúnebres de anjinhos, e eu pensava, poderia ser eu, mas não é, o que o futuro me aguarda(?). Desde cedo dei prioridade a meus estudos, sabia que para vencer na vida era necessário estudar. Meu pai operário de uma fábrica têxtil no Aracati e minha mãe uma pequena comerciante. Nunca tive luxo, só o necessário, aprendi que para ser feliz é possível viver na simplicidade.


Sempre estudei no colégio Marista de Aracati, com bolsa de estudo, estudava muito para não perder a bolsa. Hoje vejo meus alunos com tanta facilidade e não querem estudar, hoje tem merenda, livros, laboratórios dos mais diversos, transporte escolar na porta, professores com nível superior, prêmios por desempenho na escola e até bônus para estudar. Na minha época várias vezes fui ao colégio sem tomar café, a merenda no colégio era paga e eu não tinha dinheiro todo dia para merendar, só quando meu pai recebia seu salário que me dava dinheiro para merendar, nesse dia era de alegria pegar a fila e merendar, cachorro quente com uma caçulinha. Porém essas dificuldades nunca foram motivo para desmotivação, nem lamentação, era feliz. Na sala de aula sempre fui um aluno esforçado, tinha vontade de estudar e respeito pelos meus professores.


Dias atrás foi meu aniversário (04/11), sou feliz, já fiz muito por Icapuí na educação, as vezes fico chateado pelo pouco reconhecimento do povo de Icapuí a minha pessoa, porém relevo, o importante é ter feito o que fiz. Esses jovens que terminaram o 2º grau, 90% foram meus alunos, muitos formados e bem situados na vida, isso é motivo de alegria pra mim.

Peço à vida que me reserve muitos anos de vida, tenho algumas ambições pessoais que não consegui realizar, mas com paciência chego lá, parabéns Wellington Pinto, muitos anos de vida, que consigas realizar teus sonhos, obrigado professor Wellington Pinto. A meus alunos uma mensagem: “quem sabe faz a hora não espera acontecer”.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Por que tantos ataques ao ENEM?


       Durante muito tempo a educação no Brasil foi reservada a elite branca brasileira, aos trabalhadores livres trabalho braçal e aos negros os 3P: pau(pelourinho), pano(cobrir partes genitais) e pão(mantê-los de pé). As oportunidades a nível superior surgiram no governo Lula, para trás só entrava nas Universidades os filhos de papaizinhos que poderiam pagar um bom cursinho. Aos filhos dos trabalhadores os cursos profissionalizantes, faculdades particulares, ou cursos menos concorridos.Com as cotas para os negros nas universidades,ENEM e PROUNI o sonho de cursar uma boa faculdade se tornou realidade para os pobres.
        Quem não gostou dessa reviravolta foram os donos de cursinhos que faturavam alto e agora as oportunidades de acesso as universidades se democratizaram, a própria elite branca que não admite filho de pobre ser doutor.Desde a implantação do ENEM,  o MEC recebe pressão de vários setores da imprensa marron, no ano passado foi o desaparecimento de uma prova, nesse ano alguns erros que são possíveis de acontecer dentro de um número enorme de alunos matriculados no ENEM, 4,6 milhões de inscritos. O que a elite e os donos de cursinhos querem é desmoralizar o ENEM, e voltar tudo como era antes, só para ricos.O que não podemos é cair nessa balela da imprensa que só aponta pontos negativos do ENEM, será que não existe nada de positivo nas provas do ENEM? Temos que defender com unhas e dentes a existência do ENEM, que outras universidades venham aderir suas seleções de alunos pelo ENEM, e ir mais longe ainda, que as universidades públicas sejam para os pobres, os filhos de papaizinhos devem procurar as universidades particulares, eles podem pagar, e não é justo a elite manipular todos esse tempo seus ingressos nas boas universidades por terem dinheiro sobrando.
        Espero que o ENEM não seja anulado é isso que eles querem, também não é justo ser prejudicado pelos erros de impressão do ENEM, creio que nosso ministro da educação saberá corrigir esses erros e não vai permitir que ninguém seja prejudicado. A rede globo na pessoa do jornalista Alexandre Garcia todos os dias só fala mal do ENEM, que interesses tem por trás dele?
Enfim candidatos do ENEM não comprem gato por lebre, sejam críticos, defendam seus direitos e que cada vez mais nossa educação tenha qualidade, nosso ingresso no grupo seleto de países de primeiro mundo depende de uma boa educação...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Res publica - Escola Gabriel


Res publica – Escola Gabriel


A República (do latim Res publica, "coisa pública") é uma forma de governo na qual o chefe do Estado é eleito pelos cidadãos ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada. A muito tempo gostaria de fazer uma reflexão das instituições do Estado, escolhi uma instituição para fazer, no caso a escola Gabriel na qual trabalho e acredito que serei fidelíssimo nas  minhas  colocações, maneira de ajudar a escola e trazer à  tona uma reflexão de como nossos gestores gastam dinheiro público em obras, projetos e ensaios mal sucedidos.
Obras - faz um tempão que instalaram na escola duas colunas de mármore, a idéia do Estado é acompanhar a presença do aluno on-line, idéia interessante, só que faz muito tempo que essas pilastras foram colocadas e até agora nem sinal de operacionalidade. Foram feitos dois banheiros para deficientes e até “ontem” não terminaram esses banheiros, a nossa sorte é que na nossa escola não tem pessoas com deficiência física.
Projetos - o Estado gastou dinheiro e muito com o projeto do Primeiro Aprender, tal Projeto chegou à escola sem nenhuma discussão prévia e nem uma capacitação para os professores usarem esse material (apostilas), por falta de esclarecimentos e por as apostilas serem fracas em termos de conteúdo foram abandonadas, o professor voltou a trabalhar com o livro adotado pela escola, quem tem faturado é a gráfica.
Agendas foram distribuídas no começo do ano, simplesmente entregue, sem uma discussão pedagógica da utilização da mesma. O que aconteceu é que os alunos extraviaram as agendas, deram ou então encheram a agenda de pensamentos amorosos, hoje se procurar um aluno na escola que tenha a agenda é uma coisa raríssima, quem faturou foi a gráfica, faltou aos gestores explicarem a utilidade da agenda e cobrança para trazerem para sala de aula, todos sabem o quanto é importante no acompanhamento do aluno.
O laboratório de informática é bem equipado, sala bem iluminada, computadores novos, ar condicionado, bons profissionais, só que falta o principal, internet banda larga, o que temos na escola é banda curta, quando tem muitos alunos não se consegue navegar, prejudica a aprendizagem dos alunos porque as páginas da Web não abrem.
O laboratório de Ciências foi instalado em uma sala de aula, acredito que um laboratório seja montado em uma sala especial, com pia para lavar as mãos e equipamentos, extintores de incêndio, portas e janelas de emergência.O pior de tudo é que se monta uma laboratório sem as “soluções” necessárias, acredito que nem pissetas o laboratório possui, necessário na limpeza.Laboratório sucateado, serve de colírio para cegos verem.
O multimeio é outro espaço sucateado, não possui livros adequados e atualizados  para pesquisa, nesses dias  procurei um dicionário do Houaiss e não encontrei, procurei o Aurélio atualizado, nada, como se pode produzir conhecimentos sem o básico dos básicos, dicionário.Os equipamentos eletrônicos quebrados, um DVD em pleno funcionamento a escola não possui, dificulta uma aula diferente, fora das paredes da sala de aula.
Estamos ainda com quadro, giz e apagador, imagine os professores alérgicos para aguentar o pó, sulfato de cálcio, durante anos aspirando esse pozinho, creio que não seja salutar para os pulmões.
Enfim faço essas críticas a nível de escolas do Estado, creio que todas as escolas do Estado do Ceará estejam nessas condições.O nosso governador na sua primeira gestão demonstrou que não é amigo da educação, foi contra o piso e as horas a mais de planejamento, espero que nesse segundo mandato o Cid perceba a importância da educação para nosso Estado, é bom lembrar que educação é um meio poderoso de combater a pobreza.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Não veja(leia) a Veja

Não veja(leia) a Veja

Não veja(leia) a Veja
Escrito por Wellignton Pinto
Professor



A imprensa marron fez de tudo para desestabilizar o governo Lula e a campanha da Dilma, vale ressaltar que a imprensa da região sudeste especificamente a revista Veja, o jornal Folha de São Paulo e o Estadão, que no seu editorial declarou apoio aberto a Serra.

Nesse artigo vou me deter em uma análise da revista Veja que descaradamente joga na lama nomes de pessoas sérias, que passaram a vida construindo seu histórico político e da noite pra o dia a Veja destrói a pessoa com fins partidários e ideológicos. O papel da imprensa é levar a seus leitores a veracidade dos fatos, o Lula foi vítima várias vezes dessa imprensa marron, Palloci, e atualmente a Dilma que fazem de tudo para acabar com a candidatura dela, espalhando boataria de todo jeito.


Quando o governo falou em fiscalizar a imprensa marron se estribuchou, começou a divulgar nas suas páginas que o governo Lula queria censurar a imprensa brasileira, e fez paralelo com o governo de Hugo Chavez da Venezuela. Existe uma diferença enorme de acompanhar, fiscalizar para censura, vamos diferenciar dois tipos de censura: censura ideológica e censura ética. O que o governo defende é uma censura ética, não pode uma revista como a Veja fazer o que bem entende, pegar autoridades sérias e queimar seus nomes com a maior cara de pau e depois não se retratar publicamente.Quem conhece bem a revista Veja sabe que a revista não é séria, se vendeu ao governo paulista por milhões, é só consultar na internet a seguinte reportagem: “Ligações perigosas da revista Veja”.O governo paulista fez milhões de assinaturas para escolas paulistas, é tanta revista que estão desovando para ex-assinantes, imagine as revistas que eles enviam, as revistas que mete o cacete no PT, no artigo pus algumas capas para referendar meus argumentos.

A censura ideológica aconteceu durante a ditadura militar no Brasil, onde jornais que criticavam os desmandos da ditadura, como tortura eram fechados ou queimados pelos defensores da ditadura militar.Creio piamente que o Lula não defende esses mecanismos de calar a oposição matando os jornalistas, como aconteceu na ditadura com o jornalista Vladimir Herzog nos porões da ditadura.O que o Lula defende e Dilma é uma censura ética, basta da Veja.

Finalmente para concluir não poderia deixar de falar do mentor da revista Veja, o jornalista Mainardi Diogo, a revista se rendeu a esse rapaz, toda linha editorial vai na sua linha, é um ódio ferenho ao PT, cospe ácido muriático contra o PT, nunca li nos seus artigos um elogio ao PT, só procura desestabilizar o governo, o governo por mais ruim que seja tem também seus pontos positivos, o rapaz Mainardi Diogo não vê isso, e com razão, os trabalhos feitos ao PSDB paulista tem dado lucro a sua conta bancária. Um jornalista sem uma gota de ética, não respeita autoridades, compara o presidente Lula a um vaso sanitário, confira sua reportagem do dia 6 de outubro: ” Entre Lula e o vaso sanitário da Toto, interesso-me muito mais pelo vaso sanitário da Toto”. Resta a nós eleitores no dia 31 de outubro separar o joio do trigo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reprovar aluno é punir?


Reprovar aluno é punir?


Lendo o artigo do Gilberto Dimenstein colunista da Folha de São  Paulo, me veio algumas indagações em relação da educação de Icapuí. De um certo tempo pra cá a política dos governos é não reprovar, mas empurrar o aluno de qualquer jeito.Segurar os alunos por mais um ano na mesma série é gasto para os cofres públicos. Essa prática tem feito males na educação jamais sonhado, hoje os alunos não estudam, sabe que no final do ano a escola aprova. Não sou a favor de reprovar o aluno sem critérios pedagógicos, nós educadores precisamos encontrar mecanismos que aprovem os alunos com conhecimentos mínimos na série na qual cursa.
O Gilberto Dimenstein escreveu nesta semana um artigo, “Dilma e o PT querem punir a vítima”, malicioso nos seus argumentos e mostrando para os leitores seu lado partidário, no caso seu apoio ao Serra. Diz ele que Dilma é contra a Progressão Continuada em São Paulo, quem conhece bem a educação de São Paulo sabe que lá o que funciona é a Progressão Automática, empurra o aluno de qualquer jeito.Nos seus discursos  Dilma defende a Progressão Continuada, ou seja, se o aluno ficou por exemplo em matemática ele passa para a série seguinte e durante o ano vindouro terá um acompanhamento especial para suprir suas necessidades em matemática; quando o aluno realmente aprendeu, ele faz a prova e paga seu débito com a disciplina.Vale ressaltar que o governo federal tem um programa muito bom nessa linha, Programa Mais Educação, é uma pena que a Dilma não explorou esse Programa com seu devido valor.
No Ceará segue nos mesmos moldes da educação de São Paulo,( pior?), empurrar os alunos do ensino médio, os alunos vão para a série seguinte sem saberem nada, não existe acompanhamento, marca-se a prova e na maioria das vezes promove  o aluno  sem ter tirado a nota necessária.
Esses telecursos que inventaram a nível de fundamental é triste, os alunos chegam no ensino médio sem saberem escreverem  o nome, não dominam as quatro operações, leitura e escrita, e ainda por cima desmotivados e indisciplinados, no caso o turno da noite da escola Gabriel, é de fazer dó.
Enfim, nós educadores ficamos com as mãos atadas, queremos fazer diferente e no entanto os  que estão na frente muitas vezes tem  noção da coisa como é séria. Todos são especialistas em educação sem jamais pisarem na sala de aula, sabe de educação quem convive no dia a dia, o resto é balela e politicagem.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O papel da imprensa é informar, doa a quem doer

É muito perigoso quando um órgão de comunicação se torna um partido político, no caso o Estadão e a revista Veja. O Estadão no seu editorial, “ O mal a evitar” do dia 25 de setembro, assumiu de vez que apóia o Serra : “Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República...” Todo órgão de comunicação no Brasil é manipulado por interesses econômicos, tolo é acreditar que esses órgãos estão isentos de politicagem.Toda semana a revista Veja trás uma denúncia contra o PT querendo envolver a candidata a presidente, Dilma. Até parece que o Serra é o símbolo da moralidade e da ética nesse país, não se vê nesses órgãos de imprensa da direita uma crítica aos candidatos do PSDB e do DEM, e sabemos o quanto o DEM é sujo politicamente. Um leitor atento e consciente parcebe na leitura o quanto a imprensa brasileira perdeu sua compostura ética. A rede Globo a toda poderosa da família Marinho foi decisiva na eleição do Collor de Mello a presidente e quando seus interesses foram contrariados tiraram o Collor do poder.A Globo manipula pesquisas, debates, o Lula foi vítima várias vezes dessa manipulação. Atualmente com o crescimento da Record o poder da Globo foi diminuído, mas continua com as garras afiadas, vejam que o último debate a presidente quem vai transmitir nada menos que a rede Globo.
O papel da imprensa investigativa é trazer à tona fatos reais, sem cortes, sem ideologias, sem partidarismo... A imprensa em um país onde o povo não participa das decisões políticas, onde seus políticos se rendem ao econômico, é preciso que a imprensa preencha essa lacuna, doa a quem doer.
Enfim, numa cidade como Icapuí onde poucos se atrevem a escrever, seja por acomodação, limitações,coragem...os poucos órgãos de comunicação da cidade não pode cair no pecado de fazer política partidária, enaltecendo figuras que mais tarde podem se tornarem coronéis políticos, acima do bem e do mal. A nossa rádio tem que cumprir seu papel cultural, um blog postar fatos reais, ter o cuidado para não cair no partidarismo.Quando isso acontece as pessoas se afastam e quem perde é os Cidadãos que poderiam ter um órgão informativo e por causa da perversão “política” perdem a credibilidade.
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