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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O mundo mudou e a educação caducou




A educação pública se resume apenas na transmissão de conteúdos conceituais e, por sinal, muito ruim. Os alunos recebem conhecimentos desfocados da realidade e muitas vezes sem nenhuma utilidade no seu mundo. Defendo uma pedagogia de práxis, como tão bem fez Paulo Freire na alfabetização de adultos, lembro-me, que quando fui alfabetizado possuía uma cartilha de A - Z e cada letra tinha uma figura. Muitos objetos nunca tinham visto e nem comido, por isso aquilo não me interessava. O mais sensato seria no canto da palavra carro uma carroça, pois todos os dias a carroça d’água do Morrinho abastecia o pote da minha casa, lembro até uma figura que tinha na lata, um jacaré.
Meu pai operário de fábrica, trabalhava até nos finais de semana para ganhar um pouco mais, horas extras. Na cartilha tinha um M maiúsculo e um m minúsculo e a figura de uma maça. Nunca tinha provado naquilo, nem sabia que era, fosse M de máquina saberia o que era, pois, meu pai era operário têxtil, trabalhava no tear. A juventude de Aracati não sabe, mas no passado o ganha pão da cidade por muitos anos foi a fábrica Santa Tereza.
Hoje com todos os avanços tecno-socio-pedagógicos..., não aprendemos ainda a valorizar a realidade dos alunos e aproveitar esse espaço para educar. Por isso os alunos não gostam da escola, vão por necessidades e obrigação. Dessa conjuntura surge a indisciplina, a evasão e o desinteresse por tudo que a escola promove, menos que a lhes interessam.
No momento atual a escola pública se resume apenas em depositar conteúdos, de maneira muito superficial e acrítica. Nada melhor para exemplificar fatos do que a própria experiência. Quando estudava no Colégio Marista de Aracati, tinha verdadeira paixão pela escola, porque não se resumia apenas ao conteúdo. Havia o esporte e por sinal muito disputado. O portão para a prática esportiva se abria às 17h. Às 16h já havia gente no portão para correr para quadra, campo de futebol ou o salão de jogos [ “Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! ”].  Interessante, o autor do livro “O Pequeno Príncipe” foi aluno marista na França, Antoine Saint Exupéry. Só saíamos da escola quando o sino tocava e triste por ter terminado a diversão tão cedo. Não havia drogas no nosso meio, apenas os vícios da adolescência.
Quem já estudou no colégio marista sabe que nas escolas sempre tem uma grande capela e um grande auditório, pois a cultura e a religião são bastante prestigiadas, até porque a Congregação Marista é Católica, de origem francesa. Os espetáculos teatrais são constantes e envolve toda a comunidade escolar.
Citei as Escolas Maristas como exemplo, alguém poderia criticar, são Escolas Elitistas, é verdade. Nas escolas das grandes cidades são, mas Aracati sempre foi um colégio que acolheu os mais carentes. Havia na minha época uma tal de “bolsa federal” que custeava os estudos dos alunos mais necessitados.   E o irmão Adriano Sauer sempre negociava com os pais uma maneira suave de pagar as mensalidades e assim se aproveitava os ensinamentos nas diversas áreas de saber no Colégio Marista.
As escolas públicas necessitam investir no esporte, o que vejo é uma tal de “queimada” que não leva ninguém ao pódio. Todas as modalidades esportivas precisam ser valorizadas, ênfase no atletismo que os custos são mínimos.
A cultura também é importante, pois crianças introvertidas se soltam socialmente no teatro. Os talentos musicais nas escolas se fazem presente e, no entanto, a escola não traz a público esses artistas talentosos que esperam uma chance para se apresentarem.
Não se faz educação de qualidade entre quatro paredes, com giz, apagador e quadro.  As drogas rondam as escolas e é preciso ocupar essa juventude com educação de qualidade, cultura, esporte, aulas laboratoriais ... 
Do jeito que a educação é tratada, hoje, não acredito em mudanças advindas do seu seio.  Os alunos terminam o ensino médio falando, “nós vai entrar na faculdade”. Em termos culturais pouco sabem da nossa literatura, porque leram muito pouco e o que leram foram resenhas da internet.  Cientificamente acreditam que o primeiro casal adveio de Adão e Eva. O homem não foi a lua, pois Deus não permite. Uma coisa aprendi na vida, não se mistura ciência e religião.
A criticidade é de suma importância, sempre respeitando as crenças das pessoas. No entanto, não podemos nos omitir da cientificidade, pois o mundo gira em torno de concepções científicas e para viver bem é preciso entender o processo de evolução do Cosmo, e só a educação é capaz de abrir os nossos olhos para a realidade.






Esquerda e direita brasileira, ainda existe?



É notório acontecer no meio político conceitos, esquerda e direita. Esses conceitos surgiram durante a Revolução Francesa, precisamente na Assembleia Nacional Constituinte. Os que queriam o aprofundamento da Revolução (1789), se sentavam a esquerda, exaltados e radicais [ baixa burguesia e trabalhadores], “jacobinos”; e os que sentavam a direita, moderados, defendiam a conciliação com a nobreza e a alta burguesia, “girondinos”.  O tempo passou e esses conceitos ficaram na mentalidade das pessoas, os que defendem mudanças se auto intitulam de esquerda e os que querem manter a tradição de direita.
Hoje na atual conjuntura política é chique falar, eu sou de esquerda, até um tempo atrás muitos se escondiam na toca do anonimato para não ser preso, torturado ou até morto pela ditadura militar, nos anos de chumbo. Os que ousaram nas práxis revolucionárias combater a ditadura militar, acabaram eliminados pelo regime autoritário e violento.
No Brasil hoje vivemos uma hegemonia da direita. O PT que levantava a bandeira da mudança, chegou ao poder e se acomodou ao poder. As mudanças foram superficiais e a composição na base de apoio se fez através dos partidos de direita.  Quando digo que foram mudanças superficiais é porque o PT não teve a coragem de radicalizar as mudanças necessárias para o Brasil avançar sem retrocessos políticos. Fora do poder o PT sempre defendeu a reforma agrária, chegando ao poder fez apenas algumas desapropriações pontuais e mesmo assim com dinheiro público.
Os conceitos de esquerda e direita são tantos que muitas vezes confunde até os mais experientes. A direita também faz mudanças, reformas e muitas vezes são contra as privatizações, veja o Regime Militar, eram contra as privatizações e nem de perto poderia se chamar de um regime de esquerda.
“Ser de esquerda, hoje, é defender os direitos dos mais pobres, condenar a prevalência do capital sobre os direitos humanos, advogar uma sociedade onde haja, estruturalmente, partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano”.
Norberto Bobbio no seu livro “Direita e esquerda: razões e significados de uma distinção política”, disseca esses conceitos de esquerda e direita, embora deixe muitas lacunas na sua exposição, porém é um livro válido para entender esses conceitos.  A maior discussão entre esquerda e direita se dá em torno dos princípios da igualdade e da liberdade. A esquerda seria mais igualitária.  A direita, mais propensa a defender a liberdade, travando lutas históricas sobre os riscos de igualdade. Ora, a liberdade pregada pela direita é fantasiosa, pois o que eu quero não posso ter por não possuir capital suficiente para adquirir aquele bem material.
A igualdade entre os seres é temida pela direita e defendida pela esquerda, quando o princípio da igualdade for uma realidade entre as pessoas, acaba-se a exploração, não tem mais sentido uma classe sobrepor a outra. Nos países que alcançaram um alto grau de igualitarismo dentro do capitalismo, os cidadãos se tornaram independentes, livres das amarras do “capitalismo vampiro”.
Outro erro grosseiro é achar que o comunismo é de esquerda e a história nos mostra os regimes totalitários, no caso do stalinismo e tantos outros, não tinham nada de esquerda, na visão de Norberto Bobbio, “de justiça social”. Os países nórdicos numa economia de mercado alcançaram um padrão de vida de excelência.
O sociólogo inglês Anthony Giddens na obra “Para além da esquerda e da Direita”, propõe uma junção entre esquerda e direita, “ uma “política radical reconstituída, que recorra ao conservadorismo filosófico, mas que preserve alguns dos valores centrais que até agora estiveram associados ao pensamento socialista”, a chamada Terceira Via, muito em voga na Europa.   
Acredito em “democracia igualitária”, onde os cidadãos tenham o direito de escolher seus representantes, não é o caso do Brasil, e os políticos eleitos tenham como meta a aplicação da “justiça social”.  Em pleno século XXI com todos os avanços científicos e tecnológicos os cidadãos ainda padeçam de injustiças sociais, econômicas e políticas.
Uma corrupção histórica que corrói as Instituições Representativas, deixando o cidadão à mercê das intempéries econômicas, vulneráveis de ideologias oportunistas e midiáticas. Os partidos políticos sem alicerces ideológicos, seja de esquerda e direita, ou centro, perdidos no fisiologismo, ávidos pelo poder individual.
Com a Queda do Muro de Berlim (1989), as esquerdas no mundo todo ficaram sem direção e no Brasil os partidos ditos de esquerda se perderam no caminho. Se aliaram ao diabo para se manterem no poder, usando de velhas táticas da direita.  O que vivenciamos no Brasil são reformas pontuais que não muda radicalmente a vida do cidadão.   





O belo da Educação Infantil é o acompanhamento dos pais






No meu tempo não havia educação infantil, diga-se, que não faz tanto tempo. No marista, Aracati, da minha época, existiam o primeiro ano fraco, os que não dominavam a leitura, nem a escrita e o primeiro ano forte, quando o aluno já sabia ler. Fui alfabetizado pelo religioso marista, irmão Alberto, sobrenome não me lembro, só recordo que era português e morreu do coração.
Hoje, a educação infantil faz parte do ensino básico e melhorou muito as condições dos pequenos. No entanto, muita coisa falta fazer para que a educação infantil seja eficiente. Primeiro de tudo, não podemos conceber uma criança, como um adulto em miniatura, como no passado. Hoje com todos os avanços pedagógicos, psicológicos e tecnológicos, costumamos formatar todos os alunos num mesmo patamar de aprendizagem.  Cada criança é um mundo, e diferente das demais. Cada uma tem um histórico familiar diversificado.
O planejamento pedagógico é igual para todos. Ora, tem criança que quer pintar; outra quer correr; outra quer jogar, enfim, cada uma tem seus interesses individuais. Muitas crianças não se enquadram entre quatro paredes, quer descobrir o mundo de outra forma, interagindo com outras formas de conhecimentos que não seja a da sala de aula.
Um exemplo para entender melhor meu ponto de vista. A escola X tem uma forma e todas as cabeças são obrigadas a se adequar a essa caixa. O que vai acontecer é que cabeças grandes não vão caber na forma e as pequenas irão sobrar. Então, é de se perguntar, o que farão os professores para que todas as cabeças caibam na mesma forma?
Na minha vida escolar “sofri” muito, pois, nunca me adequei aos modelos pré-estabelecidos pedagógicos que surgiam de cima para baixo. A indisciplina e minha pouca vontade pelos estudos era minha reação de dizer não aquelas metodologias arcaicas que me tratavam como uma “tabula rasa”. O que gostava era de brincar, correr, jogar e ouvir estórias. Sempre gostei de escrever, talvez a escola onde estudei, tivesse investido nesse dom que eu tenho, talvez hoje seria um grande escritor da língua portuguesa. A escola diariamente perde vários talentos, pois não percebeu e nem descobriu as habilidades de cada aluno.
Os alunos “sapecas” são inteligentes e querem ir além dos limites, só que o freio das normas da escola não permite. Como já frisei, tem alunos que são “elétricos”, querem mais, e a escola não deixa ir porque tem que esperar pelos outros. Nada contra de esperar pelos que caminham mais lentamente. O errado é impedir que os outros alcem voos de águias, fora do contexto escolar engessado.
A minha leitura da educação infantil faço a partir dos conhecimentos que tenho de escolas públicas, penso que os colégios particulares tenham um cuidado mais apurado em relação aos alunos que tenham habilidades especiais. Não defendo aqui QI, pois para mim todos tem o mesmo QI. O que falta é os estímulos para que os neurônios trabalhem com mais eficiência. A diferença de conhecimentos se dar por causa dos agentes motivadores que não foram suficientes na vida familiar e escolar.
As creches deveriam ser os espaços mais prestigiados da educação básica, pois nesse mundo infantil vai decidir o futuro de cada criança. Uma creche que não tenha amor pelas crianças vai traumatizar as crianças pelo resto da vida, amor no sentido pleno da palavra. “A primeira impressão é a que fica”.
Defendo projetos pedagógicos que tratem as crianças individualmente, não estou defendendo um professor para cada aluno, mas que o educador compreenda que cada aluno é um mundo em transformação.
Um especialista em educação infantil para orientar os professores no trato das crianças, perceber desde a infância os problemas psicológicos para serem tratados com antecedência. Enfim, o acompanhamento dos pais, a creche não é um depósito de crianças, onde as mães deixam os filhos para terem ‘sossego’. A presença dos pais é de fundamental importância, pois, os professores não pariram as crianças, quem as colocou no mundo foram os pais e por isso tem responsabilidades com seus entes queridos.








quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ensaio - A escola dos meus sonhos




Hoje li um pequeno artigo do filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, criticando a nossa educação. Na visão dele a forma de fazer hoje educação é arcaica. Concordo com o professor em parte [ A gestão do conhecimento]. Hoje em dia não tem mais sentido reter o aluno numa sala de aula por longas horas a fio, depositando uma enxurrada de conhecimentos que não terão sentido no futuro na vida dos mesmos. O mundo mudou e a educação formal não acompanhou esses avanços tecnológicos e pedagógicos.

Qualquer cidadão já passou pela escola formal e sabe o saco de acordar todos os dias para enfrentar a rotina da escola. A aprendizagem por hipótese alguma pode se resumir a conteúdos programados verticalmente. O aluno procura uma utilidade prática e não consegue aplicar esses ensinamentos no seu mundo circundante. A vida na escola se parece muito com o mito de Sísifo, carregar uma pedra até o topo da montanha e a pedra rolar de novo para o início e assim permanecer eternamente, castigo dado a Sísifo por desobedecer os deuses. 
Por isso os professores estão desestimulados, não é só por questão salarial, mas a rotina do dia a dia na escola. O professor é obrigado a conviver com a indisciplina, escolas sucateadas e sem o devido apoio da sociedade civil. E os professores que moram em grandes centros urbanos sobrecarregados
que para chegar ao trabalho precisa pegar várias conduções precárias. Assim se estende ao professor a maldição de Sísifo.
Uma escola que se preze necessita de espaços interativos que os alunos se sintam bem, prazer de estar na escola, não obrigação, mas um dever de querer aprender para interagir com o mundo a sua volta.
A escola hoje se resume a conteúdos, tendo como objetivos se preparar para o ENEM. O ENEM é uma porta de entrada para as Universidades, interessante, só que, nem todo mundo que cursar uma Universidade, querem se profissionalizar, trabalhar e ganhar dinheiro para se manterem no mercado de trabalho. 
No Brasil se criou nos últimos tempos um pensamento que para se dar bem na vida tem que cursar um curso de nível superior, as estatísticas tem demonstrado que somente o “canudo” não significa emprego certo. O mercado de trabalho exige outros requisitos, no caso a criatividade, conhecimentos, comunicação, trabalho de equipe, consciência ambiental e liderança. As competências vão além das quatro paredes da escola. É preciso instigar os alunos a desenvolverem sua capacidade interior, e essas qualidades introspectivas se adquirem nas relações com o mundo. Os muros das escolas separa a comunidade, impede os alunos de abraçarem suas tradições com os conhecimentos adquiridos na escola. A grande prova dos nove é perceber que os conhecimentos adquiridos na escola estão tendo utilidade prática nas suas vidas. 
Discordo totalmente da educação dos dias atuais, as escolas caducaram. As avaliações quantitativas não mede os conhecimentos dos alunos. Os conteúdos necessitam serem seletivos para agregarem valores éticos diante de um mundo em transformação. 
Muitos educadores concebem a educação de qualidade pelo tempo que o aluno passa na escola, quanto mais tempo ficar na escola mais conhecimentos, não vejo desse modo. O tempo é relativo, mais tempo não significa aprendizagem adquirida com qualidade. 
Concebo os conteúdos seletivos e utilitário, no ponto de vista de servir ao cidadão na sua comunidade como agente de transformação e que os mesmos tenham condições de fazer uma leitura do mundo a sua volta. 
A educação deveria se resumir em três ciclos. No primeiro contemplaria as crianças [Expressão, Conhecimento de Mundo, Linguagem Oral e escrita e Conhecimento Lógico - Matemático], no segundo ciclo ênfase na matemática e língua portuguesa e demais disciplinas. E no terceiro ciclo o aluno optaria por uma das áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias.
A LDB diz que o professor tem a obrigação de cumprir uma carga horária de 200 dias letivos. O tempo que se perde com indisciplina na sala de aula empobrece os conhecimentos dos alunos. O mais sensato seria trabalhar com os conteúdos diariamente até cumprir as metas propostas pelo sistema de ensino. 
Os professores diariamente com seus planos de aulas dialogaria com seus alunos os conteúdos propostos a partir dos planejamentos pedagógicos. No término de cada aula os professores fariam uma avaliação diagnóstica, o tempo de aula não seria determinante, mas os conhecimentos discutidos em sala e sua relação com o meio social. 
O ENEM seria a grande avaliação nacional, se os alunos de determinada escola forem bem sucedidos nas avaliações é sinal que assimilaram os conteúdos, ganha a escola, o professor e o aluno. Pois o professor que alcançou as metas previstas ganharia um ¼ pelo êxito do seu trabalho, e o aluno seu lugar na Universidade.
O aluno que optou por uma escola profissional teria sua vaga no mercado de trabalho. Um banco de dados do governo apontaria onde estariam as vagas para os alunos que queiram se inserir no mercado de trabalho e as empresas entrariam com a logística de contratar seus funcionários.


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