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quarta-feira, 30 de abril de 2014

O mito da caverna e a modernidade

Um breve resumo do Mito da Caverna para o leitor se situar na discussão: “Imagine uma caverna e dentro dela pessoas que nasceram e cresceram nesse espaço, todos acorrentados e presos do mundo exterior. Na caverna apenas uma fresta por onde passa um feixe de luz. Os seres só veem a parede da caverna, nela sombras e vozes, pensam que essas sombras advindas do mundo exterior são reais. Um dos prisioneiros consegue fugir e ir de encontro com o mundo “livre”. Em contato com o mundo externo percebe que tudo que se via na parede eram apenas sombras e fantasias. Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá sério risco - desde o simples fato de ser ignorado, até morto pelos prisioneiros que o tomaram por louco e inventor de mentiras”. Eis o grande dilema de quem tenta conscientizar o povo, ostracismo político ou a morte. A filosofia por ser subjetiva nem sempre é acessível ao público leigo, e os que assimilam a reflexão filosófica corre sério o risco de ser ameaçado por represálias, e até perseguido por pessoas que estão no poder e não aceitam críticas. Numa democracia os governantes precisam aceitar às adversidades que advém de quem pensa de modo diferente. Já imaginou se todos os seres humanos pensassem de uma maneira padronizada, o que seria da sociedade? O belo da democracia é permitir pensamentos múltiplos, alternância no poder e oportunidades iguais para todos, sem nenhum tipo de preconceito. Nem tudo que escrevemos é verdadeiro, mas no meio de tantas palavras deve existir um filete de verdade, pois existe uma vontade de acertar, de conscientizar o povo para perceberem que existe uma sociedade justa e igualitária tão sonhada por muitos socialistas utópicos, por Karl Marx, socialista científico, que vislumbrou uma sociedade que não fosse possível caber no mesmo espaço rico e pobre. Quando me defronto com a mídia audiovisual recordo da Alegoria e vejo tantas pessoas acreditarem o que veem na TV é verdadeiro, tantos nos telejornais, novelas, documentários, discursos de políticos no horário eleitoral com suas mentiras, anúncios pagos com dinheiro público dos governantes tentando ludibriar o povo. É uma pena que nem todos os cidadãos tiveram uma oportunidade de uma formação filosófica. A própria escola não prioriza essa disciplina, nem a sociologia, por isso tantos cegos em nossa sociedade de consumo, pensando que o mundo é feito por sombras. Os políticos são os mais mentirosos, apresentam para o povo apenas sombras e muitos acreditam que o mundo real é esse propagado por políticos que enganam o povo em benefício próprio. Sobem no palanque e discursam com uma oratória que se dilui na primeira brisa do aracati, vejo a plateia como os prisioneiros da caverna que pensam que tudo que eles falam é verdade. De modo geral a sociedade capitalista é pura enganação. A sociedade é um grande telão onde é apresentado ao público aquilo que interessa aos grandes grupos econômicos que não estão nem aí para povo, para natureza, para futuro... O que vale é o lucro imediatista. As redes sociais com a propagação da internet pelo mundo é uma grande ilusão. No fundo as pessoas gostam de ilusão, porque o sofrimento é amenizado, nem todos nasceram para encararem a realidade nua e crua. Como dizem os mais velhos (sábios), é preciso sangue no olho para encarar a realidade, a grande maioria prefere as paixões nacionais. De todos os seguimentos da sociedade não existe um tão maléfico como as redes sociais e as mídias, quando mal usados; existe muita mentira por trás dessas redes e mídias que fazem de tudo para enrolar o povo. O Mito da Caverna foi uma alusão ao filosofo Sócrates que tentou conscientizar a juventude de seu tempo e foi morto, acusado de corromper os jovens. Hoje tantos mártires tentam lutar por uma sociedade mais justa e acabam mortos pelos que detém o poder político e econômico, mas a luta continua, só abandona a luta os covardes e os oportunistas.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Semana Santa, momento de re-flexão para os Cristãos

A fome voraz do capitalismo pelo lucro não perdoa nem as datas religiosas, transformam tudo em mercadoria. Vejamos como algumas datas comemorativas para os cristãos se transformaram no negócio lucrativo, incentivado pela mídia capitalista que incita os tele alienados a consumirem de maneira desenfreada, sem critérios éticos e morais. “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar sua vida? Ou que poderá o homem dar em troca de sua vida?” (Mateus 16,26). A Semana Santa, Páscoa e o natal merecem uma reflexão profunda, para nos situarmos como chegamos ao fundo do poço em termos de espiritualidade. A Semana Santa é um momento de reflexão para todos os Cristãos, a doação de um homem que deu a sua vida pelos seus semelhantes. “Deus amou de tal modo à humanidade que lhe entregou o seu Filho único, para que todo aquele que acreditar no Filho de Deus não se perca, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16). Foi entregue pelos judeus aos romanos para ser crucificado. Jesus Cristo criticava a prática dos judeus no trato das coisas sagradas, criticou o farisaísmo, saduceus, e tantas outras seitas religiosas da época de Cristo. Temerosos dos ensinamentos de Cristo que a cada dia arregimentava mais discípulos resolveram entregar Cristo aos romanos, acusando-o de desejar ser o rei dos judeus e por fim a dominação romana na região da Palestina. Cristo foi entregue a Pôncio Pilatos que tentou livrá-lo da condenação, porque não via em Cristo nenhuma culpa, porém o circo estava montado pelos fariseus para soltar Barrabás, a plebe preferiu soltar Barrabás, um “criminoso” (zelote), do que Cristo um inocente, sua culpa desejar um mundo mais justo, onde não houvesse separação de classes sociais e religiosas. Na Semana Santa muitos Cristãos se embriagam com vinho para “celebrar” a morte de Cristo, vinho de péssima qualidade, o que bebem não é vinho, é o xarope da uva misturado com água benta que aproveitam para fabricar essa bebida chamada de “vinhos santos”: São Brás, São Francisco, Dom Bosco..., pense numa ressaca, a de vinho. O vinho de uvas selecionadas é para degustar e não encher a cara até virar a perna e “botar boneco”, aliás, o que tem ver a Semana Santa com embriaguez (?), não vejo nos evangelhos nenhuma passagem bíblica que incentive essa prática etílica. Os judeus comemoram a Páscoa diferentemente dos cristãos. Para os judeus o significado da Páscoa foi à saída (Êxodo) do povo hebreu da escravidão do Egito, voltando para sua terra natal, no caso a Terra Prometida, Palestina, hoje tão disputada. A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach e significa "passagem", passagem da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida. No Novo Testamento a Páscoa tem outro sentido, passagem da morte para a vida, ou seja, Cristo morreu, mas Ressuscitou. A Páscoa é vida nova, morte-vida. Páscoa é um convite aos cristãos de boa vontade a mudarem de postura em relação aos seus semelhantes, a si próprio, menos egoísmos e ganância material, deixar as trevas pela luz, eis o propósito da Ressurreição. "Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou!" (Lc 24,5-6). Nos dias de hoje o capitalismo transformou a data numa corrida por consumo de chocolate, o que tem a ver Páscoa com ‘ovos de chocolate’ (?), inflacionados pela corrida do ouro, no caso o chocolate. O Natal não aparece na mídia como reflexão em relação ao nascimento de Cristo, o que esse menino, filho de um carpinteiro, representou de concreto para a humanidade (?) e continua representando nos dias atuais. O Natal é comprar até estourar os cartões de crédito, se endividar no comércio, comer de maneira exagerada e beber para se embriagar. Os shoppings lotados de pessoas fazendo compras para o Natal, presentes para todos os familiares, os que podem. Os pobres passam o natal no relento, vendo as estrelas a céu aberto e mais pobre, mas junto do menino Jesus que nasceu numa manjedoura ao lado de vários animais e visitado por reis (Belquior, Gaspar e Baltasar), que vieram presenteá-lo com presentes simbólicos: ouro, incenso e mirra. O ouro representa a realeza de Cristo, o incenso a fé dos que acreditam em Deus e a mirra a imortalidade de Cristo. “Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Tantos seres humanos sem uma “estalagem”, morrendo de fome, guerra sem sentido, basta percorrer os países mais pobres do mundo e veremos que a mensagem cristã não foi ouvida por todos, e nem assimilada, como posso ser feliz enquanto meus irmãos morrem por falta de comida, de agasalho, abandonados em pleno século XXI? Não é por falta de comida, pois a tecnologia nos proporciona safras recordes de grãos, mas por ganância dos que possuem e querem cada vez mais em detrimento dos mais pobres. A corrupção anda a galope prejudicando os mais pobres, a corrupção se tornou epidêmica, perpassa todos os continentes. Seria interessante que nessa Páscoa houvesse mais reflexão interior, que os seres humanos mudassem de posição frente a esse capitalismo selvagem, que nos imbuísse de uma vida nova voltada para os mais necessitados, de respeito com o meio ambiente e que nos incomodasse de ver tantas injustiças e gritasse cada um bem alto para todos ouvirem. De reagir diante delas buscando um mundo melhor onde não houvesse ricos e nem pobres, mas uma só família, chamada filhos de Deus, humanidade, seja qual for à igreja, pois Cristo nunca pensou em fundar Igrejas, mas comunidades comunistas. “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (João 3,5).

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Não sou profeta, porém as evidências não me enganam

Não sou profeta, mas diante dos fatos arrisco em afirmar que a copa do mundo 2014 vai ser um fiasco histórico. O Brasil vai tirar seu atestado de incompetência e o mundo vai referendar o que já pensam; o Brasil não é um país sério. Quem idealizou a copa do mundo no Brasil 2014 foi guiado pela paixão por futebol ou interesses econômicos corporativos. Um país repleto de problemas sociais não se pode dar ao luxo de bancar uma copa do mundo, os gastos são exorbitantes e não estamos preparados para receber essa multidão que virá ao Brasil. Uma copa do mundo exige muito planejamento a priori, fazer por fazer se faz, a questão é a imagem do Brasil lá fora depois da copa. A partir da data de hoje faltam 64 dias e nada de concreto em termos de mobilização urbana, ampliação de aeroportos e algumas arenas os trabalhos continuam com prazos extrapolados. A violência campeia as grandes cidades e a criminalidade tem crescido de maneira assustadora. É de perguntar, quem vai proteger esses turistas que virão para o Brasil? O senso comum diz que Deus é brasileiro, por isso vai proteger essa massa de gente no Brasil. Os aeroportos não estarão prontos, a solução encontrada é paliativa, improvisar momentaneamente. Os transtornos já acontecem na rotina nos aeroportos, imagine na copa do mundo, a confusão não vai ser pequena e os noticiários internacionais vão meter a lenha na desorganização da copa do mundo. A maioria das arenas está terminada, mas falta estrutura externa para abrigar torcedores que não entrarão nos estádios e diga de passagem que essa copa do mundo não é para brasileiros, mas para gringos que se dispõe a gastar euros e dólares. O Brasileiro se contentará a assistir pela televisão. A música, "Cidadão" do Zé Geraldo reflete a realidade da copa do mundo de 2014: "Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me chega um cidadão E me diz desconfiado, tu tá aí admirado Ou tá querendo roubar? Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer..." As estradas rodoviárias em muitos trechos uma precariedade total, buracos, trechos não recapeados, falta de sinalização bilíngue, obras não terminadas, como pontes( a ponte JK na cidade de Aracati, Ce), viadutos. Nos centros urbanos os metrôs de superfície e uma infinidade de obras que até a copa não estarão prontas para facilitar o fluxo de pessoas na mobilidade das cidades. Para abrigar tanta gente é preciso pessoas com qualificação profissional para servir os turistas, são exigentes no cardápio, no atendimento e na comodidade. Muitos não querem saber o quanto custa, contudo querem qualidade na recepção. A copa do mundo vai inflacionar o custo de vida do brasileiro, os comerciantes e empresários desonestos vão aproveitar a ocasião para elevar os preços. Quem vai fiscalizar os preços durante a copa do mundo? Muitos gringos vêm com boas intenções de assistir os jogos, outros virão para praticar a prostituição e o comércio de drogas pesadas. A polícia federal deve ficar atenta para que nosso país não se torne um prostíbulo internacional. Diante de tudo isso pouca gente tem dado atenção as obras superfaturadas, só vamos saber o tamanho do rombo depois da copa, no momento todos estão anestesiados pelo fator copa. Os políticos pouco têm falado da corrupção que tem acontecido nas obras da copa, teme em falar para não perder votos, já que 2014 é um ano eleitoral. A oposição tenta abrir uma CPI eleitoreira da PETROBRÁS, sabemos que essa CPI não é pra valer, apenas para atingir o governo federal. A caixa preta da copa do mundo se for aberta muita gente vai perceber que os gastos com essa copa foi o pior roubo da história republicana do Brasil. Se o Brasil for hexacampeão, talvez esqueçam a caixa preta, não terão tempo de pensar, o carnaval vai alienar e ninguém ousará questionar para não cair em desgraça perante a população alienada.
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