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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Castorina Pinto do Aracati


A "rainha dos apelidos" nasceu no Aracati no dia 24 de janeiro de 1883, filha de Francisco do Carmo Pinto Pereira e Cândida Chaves Pinto. Uma família de dezesseis irmãos.  A única mulher da prole, Castorina Chaves Pinto.
Apesar da idade sempre foi uma pessoa alegre, de bem com a vida. Quem teve o prazer de conhecer Castorina Pinto, saiu da cidade de Aracati com boas referências do lugar, ou com um apelido bem dado.
Ficou famosa no Brasil por seus apelidos inteligentes, vale ressaltar que os apelidos de Castorina Pinto não tinham como objetivo denegrir a imagem de ninguém; era uma maneira de fazer humor para agradar os visitantes que vinham para o Aracati. Muitos viajantes vinham conhecer Castorina Pinto para serem batizados por ela, através de um apelido.
Há muitas controvérsias em relação aos apelidos, alguns afirmam que quem botava os apelidos era seu irmão Teófilo Pinto, proprietário do restaurante na Rua Grande, onde hoje funciona o museu jaguaribano, uma coisa é certa, os dois gostavam de colocar apelidos.  Castorina era mais reservada, respeitava mais as autoridades, já Teófilo, não perdoava ninguém. Afinal, quem ganhou fama foi Castorina Pinto.
Alguns apelidos merecem ser lembrados:
- Dom Manuel de Silas Gomes, "bolo enfeitado",
- Dom Antônio de Almeida Lustosa, "envelope aéreo",
- Dom Hélder Câmara, "pombinha do céu",
- louro baixote, “prego dourado",
- cel. Dr. Querubim Chagas - "noite ilustrada",
- filho de Querubim Chagas - "suplemento da noite ilustrada"
- juiz de cabeça grande - “cabeça de comarca",
- rapaz difícil de casar - “cédula falsa",
- coxo - "pé de vírgula",
- David Bastos, “cabeça de queijo do reino".
Um viajante que desafiou Castorina Pinto..., sairia do Aracati sem apelido, se 'escondia' no hotel do seu irmão Teófilo Pinto, olhava nas frestas das janelas, não teve jeito, saiu com o apelido "rato de gaveta".
Cada apelido se encaixava com mestria, dentro dos aspectos materiais e físicos. Dom Manuel, eclesiástico, por desfilar pelas ruas do Aracati muito pomposo levou o apelido de "bolo enfeitado", Dom Antônio muito magro levou o apelido de "envelope aéreo" e assim sucessivamente, todos os apelidos pegavam de imediato e eram certeiros.
Castorina Pinto durante muitos anos trabalhou na Prefeitura de Aracati, se aposentou na gestão de Ruperto Porto. Aos domingos e festividades religiosas fazia a coleta das ofertas, todos que frequentavam a igreja sempre levavam uns trocados para não verem o olhar de censura e a língua afiada de Castorina Pinto.
Castorina Pinto nunca casou e não teve filhos, adotou uma menina, Maria Pinto, chamada por “Bébé”. Passou o resto da sua vida em Fortaleza na Rua Franklin Távora, não morreu na míngua, como alguns pensam, mas numa casa modesta e vivendo de pensão. A fama não lhe rendeu recursos financeiros, mas nunca perdeu a alegria de viver, sempre recebia visitas com muito bom humor e um cafezinho bem servido para relembrar os velhos tempos que trabalhou na prefeitura do Aracati. 
Muito falante e desenrolada, falava pelos cotovelos, é tanto que Chico de Jane, dono do bar "amansa sogra" dizia, Castorina bebeu água de chocalho, Castorina replicava, nasci numa 'noite de trovoada'.

A rainha dos apelidos se calou no dia 26 de setembro de 1966, aos 83 anos, na cidade de Fortaleza. A revista “O Cruzeiro" fez uma cobertura jornalística da sua morte. Restam à nova geração resgatar do esquecimento essas pessoas ilustres do Aracati que hoje fazem parte do folclore aracatiense. "Um povo sem história, é um povo sem memória".

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Reforma Política apenas no discurso demagógico

A sociedade brasileira é muito contraditória: os fatos acontecem de acordo com interesses individuais, partidários e através da gula pelo poder. Seria interessante que as mudanças no Brasil se dessem dentro do processo histórico, dialeticamente. As mudanças, quando acontecem, são tímidas, lentas e capengas; por isso, as leis caducam cedo. Vale a pena exemplificar a partir da escravidão no Brasil. A Lei Áurea foi sancionada em 13 de maio de 1888, pela princesa Isabel, muitos escravocratas tinham libertados seus escravos, vez que tinha-se tornado inviável mantê-los; desse modo, muitos países há décadas já tinham libertado seus negros. Uma Lei que não contemplou o negro na sua integridade (corpo e alma); foram deixados à mercê da própria sorte. O Brasil foi o último país do continente americano a acabar com a escravidão negra. O país há séculos patina na maionese e não tem coragem de fazer uma reforma política séria. Os políticos temem perder seus privilégios, daí que a corrupção galopa veloz e os mais prejudicados são os mais pobres. É muito óbvio - quem mama não quer largar as tetas do Estado, querem se perpetuar no poder. Não acredito numa reforma política séria vinda destes atuais grupos políticos e muito menos acredito no povo que se move de acordo com as emoções, ou pelo bolso, embora passe anos na peia, preferindo vender seu voto a apostar no novo. Muito dinheiro é desviado dos cofres públicos e ninguém é punido no rigor da lei, e muito menos devolve o que foi roubado do erário. Uma coisa é certa: o Brasil ainda não quebrou porque é rico em recursos naturais. A roubalheira é histórica, vem desde o 'descobrimento'do Brasil. A própria justiça não cumpre seu papel, fica à mercê de políticos poderosos; vejam a situação de Joaquim Barbosa. Quem nomeia os homens da lei são os políticos; assim, fica complicado um Ministro da Justiça agir com liberdade. De FHC até agora, se fosse recuperado o que foi roubado e investido em causas sociais, o Brasil teria outra cara. Ora, o Brasil é um país emergente, com síndrome de gigantismo,"gigante pela própria natureza", se dá ao luxo de bancar uma copa do mundo financiada pelo Estado - é muita ousadia, pra não dizer irresponsabilidade. Agora não adianta chorar pelo leite derramado. Nós, brasileiros, queremos educação de qualidade, saúde para todos e muita paz. Isso é o que importa e nos engrandece como cidadãos. Vamos torcer pela Seleção Brasileira, mas não esquecer que esse ano de 2014 é um ano eleitoral, que não sirva de alienação para o Povo, como já serviu na copa de 70, quando o Brasil foi tricampeão do mundo. Enquanto o povão comemorava nas ruas, muitos sofriam torturas nos porões da ditadura militar.
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