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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Por uma educação de qualidade na cidade de Icapuí

Acredito na educação como o caminho a ser seguido. Nesses vários anos labutando na educação aprendi muito a vê-la com outros olhos, no caso, os de educador. A cidade de Icapuí sempre foi um grande laboratório de experiências pedagógicas por parte daqueles que chegaram à cidade no propósito de FAZER diferente. Não é à toa que Icapuí foi premiada tantas vezes, e durante muito tempo vitrine para outras praças do Brasil afora. Em alguns momentos muita maquiagem para mostrar resultados não consistentes com a realidade. Hoje com todas informações estampadas nas redes sociais não enganam mais os menos esclarecidos, pois os pais percebem o nível escolar de seus filhos. Uma simples conta de multiplicar, somar, dividir e porcentagem, os alunos não sabem fazer. Recorrem ao celular [calculadora], coisa que os mais velhos fazem de cabeça num piscar de olhos. A leitura e a escrita não dominam, e a interpretação do texto nem pensar: “dói à cabeça”. Na atual conjuntura educacional de Icapuí vejo certo descaso com a educação de qualidade, e o momento requer uma reflexão profunda. Quebrar paradigmas montados nesses vários anos de gestão do PT. Apostar no novo, sacudir a árvore do conhecimento com força para acordar aqueles que se acomodaram e deixaram de acreditar na educação. Não são salutares ideias do tipo: “o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende”. É inconcebível em pleno século XXI um celular fazer mais sucesso do que uma escola, onde o futuro é certo. Infelizmente, tais fatos acontecem no Brasil. A escola pública não aprendeu ainda a con-viver com essas novidades tecnológicas. Os gestores das escolas necessitam de novas releituras, de informações tecnológicas, de habilidades de superar conflitos, de ser capaz de saber lidar com o diferente, estar antenado com os projetos inovadores de outras escolas, saber ouvir, incentivar os professores a vestirem a camisa da educação. Reinventar a educação de Icapuí, já que a atual maneira de VER a educação caducou. “A sorte foi lançada”, cabe agora aos novos gestores correrem atrás do tempo perdido. Necessitamos de mais educadores nas escolas. Professores temos de ‘ruma’. Existe uma diferença epistemológica entre educador e professor; muitos são os conceitos, seja pedagógico, filosófico, sociológico, enfim, cada educador define como lhe convém. Aqui não vou usar conceitos, mas imagens para que o leitor perceba a profundidade da diferença. O educador comparo a um jardineiro zeloso de tulipas [Tulipa teve o seu nome originado da palavra turco-otomana “Tulbend”, que significa “turbante”, adereço usado pelos homens turcos, por ter sua forma muito semelhante ao turbante]. Eles cuidam com amor da sua estufa e fazem tudo para que suas tulipas sejam as mais belas, os holandeses são mestres no cultivo de tulipas. O professor é um profissional, cuida também. A imagem que vislumbro é a de um podador de árvores. Os mais caprichosos podam, dando forma “geométrica” à árvore. E tem também os mais sublimes, ou seja, os educadores-professores. Saindo do romantismo para a realidade. Hoje a internet amenizou o trabalho dos professores. Os sites educacionais são de uma riqueza incomensurável. Na atual conjuntura tecnológica os professores que não dominam as ferramentas tecnológicas caducaram, necessitam de imediato de uma capacitação. “Trocava toda minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” – Steve Jobs. Concordo; no entanto, o bom uso da internet é salutar, principalmente para a educação. Professor e diretor (agora, retorno a escola Carlota de Holanda, como diz o ditado popular: “ o bom filho a casa torna”).

sábado, 7 de janeiro de 2017

Repensando a educação com os pés no chão

No momento estou lendo o livro, “Repensar a educação”, da educadora sueca Inger Enkvist. O livro coaduna com minha visão de educação no momento que atravessa a educação brasileira. As argumentações da educadora se referem à educação dos países europeus, pensei que essa problemática educacional fosse específica do Brasil e no caso não é, é uma onda avassaladora que destrói os pilares de uma educação séria e comprometida. A educadora faz uma crítica contundente em relação à “escola abrangente”. A nossa educação de certo tempo para cá vive de modismos pedagógicos. Os alunos têm sido cobaias de várias propostas educacionais. Usarei a terminologia da educadora Inger para explicar essas correntes “maléficas”, em certas posturas: a psicopedagogia, o pedagogismo, a sociologia da educação e o igualitarismo escolar, dentro do contexto da educação brasileira. As melhores escolas eram reservadas aos filhos da classe dominante, aos filhos dos trabalhadores a enxada, o voto de cabresto e a miséria. A educação universal é coisa bem recente e o acesso as Universidades, mais ainda. Vale salientar que essas conquistas chegaram ao povo através de lutas de muitos educadores comprometidos com a educação. Até hoje as elites tem medo de uma educação de qualidade, que leve os alunos a refletirem, adquirir consciência política. A sociologia da educação se expandiu no Brasil, a escola passou a ser vista como um mecanismo ideológico, que tinha como função domesticar os alunos para o Capital. Dentro dessa perspectiva o aluno passa a ser o “coitadinho”, não aprende pelas mazelas do sistema capitalista. O foco agora não é mais a aprendizagem, mas o aluno no seu contexto social. A exigência do aprender é trocado pelos problemas do aluno. Os “bons alunos” são esquecidos, a disciplina é relaxada e o professor deixa de ser um educador para se tornar um sociólogo. Hoje um dos grandes males da educação é a indisciplina, o professor passa a maior parte do tempo pedindo ‘silêncio’, quem perde com essa baderna em sala de aula são os alunos que querem aprender. O igualitarismo entre os alunos é uma prática do dia a dia escolar. Os alunos são colocados em sala pela faixa etária, não importando a bagagem de conhecimentos trazidos pelos alunos. Um balaio de gatos no mesmo saco. Nesse caso os alunos serão nivelados por baixo, os bons alunos vão ter que esperar os alunos com dificuldades. Numa sala de aula com essa maneira de lidar à aprendizagem é muito ruim, pois deixa parte dos alunos ociosos. O mais sensato seria formar as turmas através da bagagem intelectual de cada um, para isso seria feito uma provinha para saber o nível mental de cada aluno. Nessa corrente de pensamento o social é mais importante do que o intelectual. A psicopedagogia e o construtivismo diz que o aluno não pode aprender a partir de fora, mas a aprendizagem parte do próprio aluno. Dentro dessa perspectiva o professor deixa de ser o protagonista da aprendizagem e passa a ser o “facilitador” da aprendizagem. A aprendizagem no construtivismo se dar pelo “aprender fazendo”, o aluno aprende brincando. “O construtivismo acredita que a criança não aprende bem estudando livros e escutando a professora. Insiste que a aprendizagem é uma atividade livre e que se o aluno não manipula pessoalmente o material não pode aprender”. A criança possui dentro de si todas as habilidades necessárias, basta deixar à criança a vontade que ela aprenderá sozinha. O pedagogismo é uma mistura da sociologia da educação com o construtivismo. Nessa pedagogia a autonomia do aluno é absoluta. O aluno é o senhor da sua própria aprendizagem. O professor se torna um mero fantoche na sala de aula. Diante do fracasso dos alunos a culpa é do sistema que maltratou os alunos. Então, vale tudo para agradar os alunos com notas baixas, empurrar os alunos para série seguinte sem os conhecimentos básicos da série na qual cursou. A indisciplina é vista como revolta dos alunos contra a sociedade que os maltratou. O professor pode ser “ameaçado”, o patrimônio escolar pode ser quebrado, tudo é justificado, o aluno é vítima do sistema vigente. Diante desse modismo pedagógico os resultados educacionais no Brasil só têm piorado. A cada dia os professores deixam as salas de aula doentes: das cordas vocais, depressão, síndrome do pânico, ansiedade... A indisciplina reina dentro da sala. Os alunos desmotivados, alienados, evasão de alunos e o total desconhecimento das questões políticas na qual o país enfrenta. As drogas presentes no dia a dia em muitas escolas pelo Brasil afora. Os educadores precisam resgatar urgentemente o lugar que cabe ao professor. Devolver aos mestres a autoridade que lhe foi tirada pelos modismos pedagógicos. Não defendo aqui a volta da palmatória, mas o respeito pelos educadores. Aproveitar aquilo que a educação tradicional tem de bom e retirar dessas correntes pedagógicas as ideias que ajudaram na aprendizagem. O que não pode é continuar o aluno fingindo que aprende e o professor fingindo que ensina. "Em nenhuma ocasião histórica sobreviveu um grupo que não tenha sido capaz de formar a geração que lhe sucedia. Mas será que as novas gerações estão sendo formadas'? Ou estariam elas em nome de uma pretensa "liberdade" plena, sendo deformadas”?
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