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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dom Quixote e Pancho de Caiçara

Escrito por Wellignton Pinto
Professor


Era uma vez dois jovens rapazes aventureiros, unidos pelas circunstancias da vida política, resolveram banir de Caiçara os maus políticos locais, essa é a história que vamos narrar.

Quixote de tanto ralar na vida acabou saindo da realidade e entrado na alienação, sonhou que era o salvador de Caiçara, teria como missão limpar da cidade dos maus políticos. Procurou uma armadura, um gibão de couro surrado, um chapéu de couro, uma “lança” de madeira afiada e um jumento abandonado de nome rocinante. Partiu da divisa, rumo à sede de Caiçara, passando por Areias encontrou um rapaz que o fez de escudeiro, chamava-se Pancho, foi convencido que se os inimigos políticos fossem vencidos, daria a Pancho o governo de Caiçara; Pancho movido pela curiosidade e pela ambição do poder resolveu seguir aquele nobre rapaz.

Chegando à ladeira de Caiçara, gritou que os inimigos estavam à espreita aguardando para atacar, Pancho na sua pouca lucidez disse que não via nada, apenas coqueiros gigantes... Quixote partiu em cima de rocinante ladeira abaixo até a estaca colidir com o coqueiro, o tombo foi grande que caiu estatelado no chão e como prêmio pela coragem um coco caiu na sua cabeça, não foi pior porque estava de chapéu de couro que amenizou a pancada. Depois de alguns minutos refazendo da tontura disse para Pancho que os coqueiros foram transformados em gigantes. 

Levantou-se e prosseguiu na sua jornada. Chegando mais a frente avistou várias ovelhas e partiram pra cima pensando que eram os políticos locais, as ovelhas se espantaram os carros que passavam acabaram matando várias ovelhas atropeladas, o dono de nome “Magaive” correu atrás de Quixote com um pendão de coqueiro, não apanhou mais porque correu feito louco, literalmente.

Mais na frente avistou um rebanho de gado, mas uma vez aconselhado por Pancho que aquilo não era gente, muito menos políticos; Quixote partiu pra cima, mais uma vez decepção, o dono que tangia o rebanho veio com o chicote pra Quixote que o mesmo partiu em disparada, antes que apanhasse mais ainda.

Depois de alguns dias nessa peleja, Pancho acabou aceitando aquela alienação de Quixote, fazendo parte desse sonho de banir do mundo o mau político, acreditou que se limpasse Caiçara estaria limpando da terra todos os políticos corruptos.

De novo Quixote prossegue sua jornada alienatória com Pancho e seu fiel rocinante. Avistou cata-ventos de energia eólica, disse a Pancho que aqueles gigantes eram os que pariam todos os maus políticos e se fossem destruídos acabaria a corrupção na política. Preparado para o ataque avançou, a pá que girava acertou na sua cabeça e do chão não se levantou, foi socorrido e levado para o hospital local com suspeita de traumatismo craniano. No leito do hospital medicado voltou a sua lucidez, talvez a bordoada tenha trazido Quixote à realidade. Ao seu lado Pancho; rocinante a molecada subiu em cima e desapareceu da nossa história.

Deitado ali sabendo que ia morrer e não tinha alcançado seus objetivos, rezou a Deus para que seus pecados fossem perdoados e a Pancho não pôde realizar sua promessa de colocar Pancho na prefeitura de Caiçara. 

Morreu dias depois um homem que um dia pensou em limpar a sujeira do mundo, Pancho retornou a sua vida rotineira, sempre contando histórias do nobre cavaleiro chamado Quixote de la Caiçara.
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2 comentários:

  1. Muitos me vieram perguntar quem é Quixote, Pancho... Diria que Quixote e Pancho não tem rosto, o leitor que dá a personalidade aos dois aventureiros, feliz 2011 a todos que acessam esse blog, continuaremos nessa perspectiva em 2011.

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  2. Professor, o mundo está cheio dos dois personagens. Ser a diferença e fazer a diferença são perspectivas de vida opostas. Entre os dois, eu preferi ser a diferença. Pois, para mim, fazer a diferença delega mais poder do que no momento eu posso ter. E admiro as pessoas que fazem a diferença mesmo sem ter o poder para fazê-lo. Julio Guedes (Ex-psicologo do CAPS de Icapuí).

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