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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fui cativado pelo pequeno príncipe...


Fui cativado pelo pequeno príncipe...

Se tu choras por ter perdido o sol, as lágrimas o impedirão de ver as estrelas”


Fui cativado pelo “Le Petit Prince” desde criança, e não consigo mais me libertar dessa forma de fazer amizades. Quando criança meus professores do fundamental me indicaram o livro, fui à biblioteca do Marista e tomei emprestado, li com olhos de criança, gostei de ver os desenhos do livro, diálogos com os animais e como criança achava que era possível conversar com meu cachorro de estimação, “bugre”.
Adolescente o livro veio de novo às minhas mãos, li, e de novo me fascinou, agora com olhar de adolescente, me identifiquei com as aventuras do principezinho visitando planetas e cada planeta com um personagem diferente, me dava uma vontade danada de ganhar o mundo atrás de aventuras, descobertas, amizades... Na fase adulta assistindo uma aula do irmão Paulo Nauffel, ele comentou o livro, lembro ainda de uma frase dele: “O Pequeno Príncipe é um livro para todas as idades”, de novo procurei o livro e li, só que agora com olhos de adulto. A leitura me despertou para várias linhas de pensamento, principalmente a filosófica. Muitos pensam que o livro é só para crianças e não é, ele tem o poder de cativar, criar laços com nó cego.
De todos os capítulos o que mais chamou atenção foi o diálogo da raposa com o pequeno príncipe, trata como as amizades verdadeiras são feitas e como o homem desperdiça seu tempo com futilidades, poderes terrenos e bens materiais. Selecionei algumas pérolas desse livro que vale a pena ressaltar:

- Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.
- Os homens compram tudo pronto nas lojas... Mas como não há lojas de amigos, os homens não têm amigos.
- Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.
- Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar. Ambos precisaremos, um do outro. Agente só conhece bem as coisas que cativou. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!
- Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Cativar? É uma coisa muito esquecida. Significa criar laços.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste… – Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo.
- Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra, o teu me chamará para fora da toca, como se fosse música.
- Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.
- Foi o tempo que dedicastes a tua rosa que a fez tão importante.
- O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
- Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem ! E tu terás estrelas que sabem rir.


Hoje todo mundo é amigo do mundo, mas não é amigo do seu amigo. Quando se tem uma mixaria no bolso, não faltam “amigos” ao seu lado, quando o mesmo cai em desgraça todos somem e o pobre tem que buscar ajuda na família, é uma instituição sanguínea que ainda preza por seus familiares, pai e mãe, principalmente mãe, essa têm dois tipos de laços, umbilical e de amor, por isso cativou com profundidade, fincou raízes sem perguntar se a terra é boa, é filho. “Num mundo que se faz deserto, temos sede de encontrar um amigo”.
Finalmente o principezinho cativou, como cativou a raposa, ambos se cativaram e se tornaram amigos para sempre. Na despedida do príncipe com a raposa tem uma frase que ficou na minha memória que não consigo esquecer: “E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...” Todas as vezes que pego um livro tenho vontade de ler, devorar aquelas palavras que me ensinam tanto a viver e a compreender o mundo, no fundo procuro o principezinho nos livros, porque ele, somente ele me cativou... Se querem me cativar, sejas como o pequeno príncipe.
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Um comentário:

  1. O Livro do Eclesíastico (presente nas principais traduções da Bíblia), no capítulo 6, versículos de 14 a 17 nos fala:

    " Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, o seu valor é incalculável. Um amigo fiel é um remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. Aquele que teme ao Senhor faz amigos verdadeiros, pois tal como ele é, assim será o seu amigo."

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