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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Ensaio - A escola dos meus sonhos




Hoje li um pequeno artigo do filósofo e professor Mário Sérgio Cortella, criticando a nossa educação. Na visão dele a forma de fazer hoje educação é arcaica. Concordo com o professor em parte [ A gestão do conhecimento]. Hoje em dia não tem mais sentido reter o aluno numa sala de aula por longas horas a fio, depositando uma enxurrada de conhecimentos que não terão sentido no futuro na vida dos mesmos. O mundo mudou e a educação formal não acompanhou esses avanços tecnológicos e pedagógicos.

Qualquer cidadão já passou pela escola formal e sabe o saco de acordar todos os dias para enfrentar a rotina da escola. A aprendizagem por hipótese alguma pode se resumir a conteúdos programados verticalmente. O aluno procura uma utilidade prática e não consegue aplicar esses ensinamentos no seu mundo circundante. A vida na escola se parece muito com o mito de Sísifo, carregar uma pedra até o topo da montanha e a pedra rolar de novo para o início e assim permanecer eternamente, castigo dado a Sísifo por desobedecer os deuses. 
Por isso os professores estão desestimulados, não é só por questão salarial, mas a rotina do dia a dia na escola. O professor é obrigado a conviver com a indisciplina, escolas sucateadas e sem o devido apoio da sociedade civil. E os professores que moram em grandes centros urbanos sobrecarregados
que para chegar ao trabalho precisa pegar várias conduções precárias. Assim se estende ao professor a maldição de Sísifo.
Uma escola que se preze necessita de espaços interativos que os alunos se sintam bem, prazer de estar na escola, não obrigação, mas um dever de querer aprender para interagir com o mundo a sua volta.
A escola hoje se resume a conteúdos, tendo como objetivos se preparar para o ENEM. O ENEM é uma porta de entrada para as Universidades, interessante, só que, nem todo mundo que cursar uma Universidade, querem se profissionalizar, trabalhar e ganhar dinheiro para se manterem no mercado de trabalho. 
No Brasil se criou nos últimos tempos um pensamento que para se dar bem na vida tem que cursar um curso de nível superior, as estatísticas tem demonstrado que somente o “canudo” não significa emprego certo. O mercado de trabalho exige outros requisitos, no caso a criatividade, conhecimentos, comunicação, trabalho de equipe, consciência ambiental e liderança. As competências vão além das quatro paredes da escola. É preciso instigar os alunos a desenvolverem sua capacidade interior, e essas qualidades introspectivas se adquirem nas relações com o mundo. Os muros das escolas separa a comunidade, impede os alunos de abraçarem suas tradições com os conhecimentos adquiridos na escola. A grande prova dos nove é perceber que os conhecimentos adquiridos na escola estão tendo utilidade prática nas suas vidas. 
Discordo totalmente da educação dos dias atuais, as escolas caducaram. As avaliações quantitativas não mede os conhecimentos dos alunos. Os conteúdos necessitam serem seletivos para agregarem valores éticos diante de um mundo em transformação. 
Muitos educadores concebem a educação de qualidade pelo tempo que o aluno passa na escola, quanto mais tempo ficar na escola mais conhecimentos, não vejo desse modo. O tempo é relativo, mais tempo não significa aprendizagem adquirida com qualidade. 
Concebo os conteúdos seletivos e utilitário, no ponto de vista de servir ao cidadão na sua comunidade como agente de transformação e que os mesmos tenham condições de fazer uma leitura do mundo a sua volta. 
A educação deveria se resumir em três ciclos. No primeiro contemplaria as crianças [Expressão, Conhecimento de Mundo, Linguagem Oral e escrita e Conhecimento Lógico - Matemático], no segundo ciclo ênfase na matemática e língua portuguesa e demais disciplinas. E no terceiro ciclo o aluno optaria por uma das áreas do conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias.
A LDB diz que o professor tem a obrigação de cumprir uma carga horária de 200 dias letivos. O tempo que se perde com indisciplina na sala de aula empobrece os conhecimentos dos alunos. O mais sensato seria trabalhar com os conteúdos diariamente até cumprir as metas propostas pelo sistema de ensino. 
Os professores diariamente com seus planos de aulas dialogaria com seus alunos os conteúdos propostos a partir dos planejamentos pedagógicos. No término de cada aula os professores fariam uma avaliação diagnóstica, o tempo de aula não seria determinante, mas os conhecimentos discutidos em sala e sua relação com o meio social. 
O ENEM seria a grande avaliação nacional, se os alunos de determinada escola forem bem sucedidos nas avaliações é sinal que assimilaram os conteúdos, ganha a escola, o professor e o aluno. Pois o professor que alcançou as metas previstas ganharia um ¼ pelo êxito do seu trabalho, e o aluno seu lugar na Universidade.
O aluno que optou por uma escola profissional teria sua vaga no mercado de trabalho. Um banco de dados do governo apontaria onde estariam as vagas para os alunos que queiram se inserir no mercado de trabalho e as empresas entrariam com a logística de contratar seus funcionários.


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