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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Voto não tem preço, tem consequencias





Dentre as atribuições do Vereador não está, como muitos pensam, a prática assistencialista exacerbada. Isto se dá por falta de consciência política ou mesmo por apego ao poder legislativo.
O Estado é omisso no atendimento à população nas suas necessidades básicas primordiais, como é o caso da Saúde. O maior gargalo do governo federal é o SUS, pois não contempla o cidadão como deveria, ficando o doente à mercê dos políticos oportunistas.
Nessa lacuna deixada pelo poder público, os vereadores se aproveitam, entram como salvadores de vida, garantindo ao eleitor da dentadura a uma cirurgia complexa. Quando se trata de saúde, não se brinca: é a vida que está em jogo e doença não se guarda. Nessa precisão o cidadão recorre ao vereador para arranjar uma consulta médica. Condenar o vereador seria demagogia, já que no aperto é quem chega junto. Embora tal não seja a função do vereador. Em troca fica a dívida, no caso o voto, como pagamento no tempo oportuno.
Os vícios do coronelismo estão ainda presentes na sociedade brasileira. Os avanços tecnológicos e sociais não baniram do meio político o clientelismo. Ainda somos reféns dessas amarras da sociedade escravocrata.
O Brasil é um país rico em recursos naturais; infelizmente essas riquezas não têm chegado aos mais pobres. Apenas uma pequena parcela usufrui das riquezas nacionais.
Verdade é que nos últimos tempos avançou-se muito em políticas sociais; no entanto, o cinturão da pobreza continua ao redor dos grandes centros urbanos e regiões esquecidas pelo poder público. O desenvolvimento no Brasil não tem tido gestão uniforme nesse sentido, muitas regiões vivem das esmolas do governo federal, não conseguem se autossustentar com recursos próprios.
No Nordeste não encontramos mais aquele cenário narrado por Raquel de Queiroz no seu livro “O Quinze”. A política continua, contudo, com seus vícios priorizando famílias, grupos econômicos e os "amigos do rei”. E os ‘contra’, no sentido de possuir uma consciência politica, à margem das decisões políticas. Muitas vezes sofrendo todo tipo de perseguição por acreditar que o poder é efêmero.
O desemprego na atual conjuntura econômica tem desestabilizado muitas famílias. Um cidadão sem uma fonte de renda é uma presa fácil nas mãos dos políticos inescrupulosos.
Não acredito numa reforma política que acabe com os resquícios da República Velha. O Congresso Nacional é composto na sua maioria por velhas raposas que não têm interesses em mudanças radicais. O que podem fazer por pressão popular é aplicar um verniz superficial no sistema político do Brasil e mostrar o produto como novo para enganar o povo.
A cidade de Icapuí se encontra dentro dessa conjuntura política, não é diferente de outros contextos. Os mesmos vícios empregados nesse período eleitoral.
As atribuições do vereador nem eles sabem, pensam que fazer política assistencialista é coisa séria. Fazem do mandato uma profissão e enquanto for vivo se mantém como vereador; depois que se aposentam coloca o filho e assim perdura a nossa velha política, privilegiando apenas famílias em detrimento de um bem maior, no caso a cidade de Icapuí.
Os vereadores que estão de cima eleitoralmente são aqueles que praticam política assistencialista. A gestão atual, nesses cinco anos de desgoverno, fossilizou a saúde. Já fomos no passado modelo de programas bem sucedidos nessa área. Um cidadão fez uma observação muito pertinente: na cidade não temos uma maternidade. As crianças nascem em Aracati, ou Mossoró, no futuro não teremos filhos natos de Icapuí. Na minha concepção é uma questão de identidade ter aqui esses nascituros.
- Fulano de tal nasceu onde?
- No Aracati.
- e tu beltrano?
- Em Mossoró.
- Onde moram?
- Icapuí.
Nesse pequeno diálogo se percebe a importância de uma maternidade neonatal na cidade.
Enfim, nobres vereadores, nesses cinco longos anos a grande maioria de vocês foi conivente com esse desgoverno, principalmente os vereadores do PT que não tiveram a coragem de chamar o gestor para suas obrigações de prefeito. Quem se cala, consente e vocês se calaram; agora querem passar uma borracha no passado e isso não é possível, pois o povo tem memória e sente até hoje as agruras desse desgoverno do PT, que agora irá apostar no NOVO. 'Alea jacta est'.

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