A elite política percebeu que pela via democrática não
tira o PT do poder, então resolveram puxar o tapete, pois assim, a queda
é mais rápida, não se importando que a derrubada de um governo democrático traz
no seu bojo consequências imprevisíveis pelos que desejam a qualquer custo o poder.
O “impedimento” da presidente Dilma Rousseff caminha a todo vapor, dificilmente
o governo evitará a saída, todos os cenários conspiram contra a presidente
Dilma Rousseff.
Na economia os índices inflacionários mostram
suas garras, o desemprego tem crescido assustadoramente, a economia
internacional não tem ajudado, pois o mundo capitalista exauriu na meta de
produzir bens de consumo em larga escala, os trabalhadores desempregados não
têm como consumir. A alta do dólar encarece os produtos importados, no caso o
trigo, o “pão” nosso de cada dia. O PIB nacional em baixa, as taxas de juros
nas nuvens. A Petrobras é responsável por 13% do PIB nacional, no momento alvo
da Lava Jato, caminha com dificuldades e os efeitos em cadeia mexe com o
mercado de serviços.
Na minha opinião dificilmente a presidente termina o mandato, o cerco
tem se fechado e a presidente acuada não consegue se defender, todas as
tentativas de levantar são derrubadas, a mais recente foi a nomeação do
ex-presidente Lula para a Casa Civil. As chances de Dilma Rousseff são ínfimas
e cada dia a situação fica pior para seu lado, a oposição não dar trégua, a
tática de quem não tem responsabilidade com o país, “quanto pior para eles
(governo), melhor para nós (oposição).
O PMDB ameaça abandonar o barco,
na perspectiva de assumir o governo, no “impedimento” de Dilma Rousseff. O
partido com mais Ministérios no âmbito federal, desde os governos Lula, agora
Dilma, serviu como “aliado”, agora pretende sair do governo como nada tivesse a
haver com as enxurradas de denúncias, envolvidos em corrupção até o pescoço e
se comportam como se fossem os mocinhos da moralidade.
O futuro político da presidente Dilma
Rousseff seria mais interessante se decidido pelo TSE, cassação da chapa Dilma
– Aécio e convocação de novas eleições, juntamente com as eleições municipais.
Não pode é continuar o país estagnado economicamente, amarrado politicamente e
refém de um nó político que não desata, nessa disputa política quem perde é o
cidadão, principalmente os mais vulneráveis diante de uma economia instável.
Um governo PMDB- PSDB seria desastroso, essas
figuras estão sujas com a justiça e no passado que foram governo demonstraram
para quem governa, menos para os pobres.
O PT não vai desistir facilmente,
até porque foram eleitos democraticamente, a oposição vai levar o caso até as
últimas consequências, o que vamos presenciar nas ruas são confrontos de pró e
contra. Os militares ficarão nos quartéis até certo ponto, se os confrontos
passarem dos limites vão entrar para garantir a ordem, não acredito que vão
repetir o passado assumindo o poder, pois aprenderam que o lugar dos militares
é nos quartéis.
O mais sensato seriam todos os
partidos se unirem num pacto nacional pelo bem do Brasil, deixar a justiça
fazer justiça, sem partidarismo, uma agenda propositiva que garantisse o
crescimento econômico, uma reforma política para valer, acabando de imediato
com a reeleição, e velar por aquilo que temos de mais valioso, a democracia.
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