Houve uma época que o cidadão tinha orgulho em falar: o
Brasil é abençoado, não tem guerras, terremotos... Hoje vivenciamos atrocidades
jamais imaginada que seria praticada por brasileiro, “homem bom”. Esses acontecimentos
violentos nos questionam: o que estar acontecendo com esse “homem bom”, que da
noite para o dia comete tantos crimes( ): Assaltos, sequestros, assassinatos,
guerra entre quadrilhas, corrupção policial, morosidade e corrupção no
judiciário, crimes passionais e contra o patrimônio...
O cidadão de bem fica nesse fogo cruzado, atônico, perplexo,
refém do sistema...
O Estado brasileiro fracassou ontem e hoje, não consegue
reprimir a violência com medidas coercitivas. Não adianta construir presídios,
adotar pena de morte, diminuir a maioridade, são medidas paliativas, maneira de
mascarar a realidade. A máquina que cria a marginalidade trabalha a todo vapor.
No filme “Tempos modernos” de Charles Chaplin, na cena que o operário é
engolido pela máquina, mostra como os cidadãos são engolidos pelo sistema.
Todos os dias os noticiários divulgam essas atrocidades, e,
ultimamente tem mostrado crimes que só se via em filmes de suspense. Os
apresentadores de TV fazem a festa com falsa moral, transparecendo para o
telespectador que estão preocupados com os fatos, no caso o IBOPE, para
garantir seus empregos.
Por incrível que pareça nas grandes capitais às carnificinas correm
frouxa, os bandidos desafiam a lei como nos velhos tempos da conquista do novo
mundo.
O cidadão sai de casa para trabalhar e não tem a certeza que
voltará para casa. Além de enfrentar uma jornada de trabalho, um transito
caótico, transporte desconfortável e uma segurança que não garante a idoneidade
física do cidadão.
Tantos e tantos impostos que o cidadão paga e, no entanto o Estado
não garante a integridade física do trabalhador.
Anos e anos de promessas de palanque, dizem socando o ar que
vão garantir mais segurança e, no entanto mais cidadãos morrem cumprindo seu
dever de pai de família e de cidadão. Nossa segurança literalmente falida,
policiais despreparados que atiram para matar o cidadão indefeso.
Perseguições a céu aberto pondo em risco o cidadão, quem já
se viu atirar alienatoriamente por via aérea em bandidos, ameaçando inocentes,
uma boa polícia age sem dar um tiro, só pega o bandido por meios tecnológicos.
A nossa polícia é muito despreparada, tanto a militar como a
civil, é só observar as panças dos policiais que não são capazes de correr
100m. precisamos de uma polícia única, sem diferenças, seja salarial ou de
capacitação. A polícia federal altamente preparada e as outras à mercê do Estado.
As causas do descaso da violência não são novidades,
urbanização rápida e acelerada, tráfico de drogas, acesso a armas e ao álcool,
má distribuição de renda, estagnação da economia, parcos investimentos na
educação...
Um país tão rico e ao mesmo tempo pobre socialmente, temos
soluções para combater o crime organizado e individual, no entanto os setores responsáveis
não estão preocupados com segurança popular, moram em casamatas bem
fortificadas, o povo que se lasque.
Os simples mortais rezam para que seus santos protejam o
cidadão no caminho do trabalho. Enquanto oram a máquina mortífera do Estado
continuará matando, mostrando ao cidadão uma falsa ilusão que tudo se resolverá
num passe de mágica.
‘Quantas mortes ainda serão necessárias para que se saiba que
já se matou demais”.
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