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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Cada escola tem o diretor que merece


 As eleições para diretores do Estado do Ceará deixaram de ser um exercício democrático, dentro de uma perspectiva cidadã, dentro da minha experiência na Escola Gabriel Epifânio dos Reis, Icapuí. O período eleitoral se transformou em politicagem dentro da escola, os grupos privilegiados dentro da escola juntamente com o grupo gestor usam a direção para amedrontar os professores e funcionários que prestam serviço, os mais frágeis da escola, obrigando-os a votarem no diretor que exerce o poder no momento.
Os verdadeiros objetivos das eleições para diretor há muito tempo se transformaram em política partidária. Alguns vereadores se metem nas eleições para garantir que seus preteridos saiam vitoriosos para no futuro ter esse espaço eleitoral.
Hoje as escolas do Estado abrigam funcionários fantasmas que poucos aparecem na escola, professores lotados em setores sem operacionalidade, professores rígidos nas notas que de repente viram papais noéis, mas são amigos do rei, por isso protegido.  Os professores críticos que não aceitam essa situação são perseguidos pelo grupo gestor, dificultando a vida do professor e excluindo do processo pedagógico.
Os cargos são negociados entre o grupo, não é discutido democraticamente. O s professores que não cumprem horário na escola, que faz corpo mole no trabalho, fica a promessa de não incomodar, deixar livre para outras atividades políticas.
As reuniões que são feitas pelo grupo que administra a escola no momento, não se reúnem para discutir propostas pedagógicas, mas para descobrir os pontos fracos do outro candidato e espalhar boatos para atingir o adversário. Estratégias são montadas para derrubar o outro grupo a qualquer custo, “os meios justifica os fins”, na mentira, na pressão, na boataria... 
Participei de duas eleições para diretor para nunca mais, não ganhei nenhuma, porque pensei que os embates eram para discutir propostas, que nada, usam artimanhas só vista no período do “Terror” da Revolução Francesa, pós-revolução. Não tem guilhotina, mas tem a pressão psicológica. No momento estou afastado da sala de aula e faço tratamento psicológico devido às pressões dentro da escola.
As denúncias feitas via Ouvidoria não são apuradas, se dilui no ar. O denunciante fica por mentiroso, o grupo gestor fabrica uma mentira para desmoralizar o professor diante da CREDE, é tudo bem armado para garantir privilégios dos que estão no poder enganando, percebem para administrar a escola, no entanto fazem outros afazeres que não tem nada a ver com a escola.
Depois das eleições o grupo vitorioso que se encontra no poder começa a montar os cargos numa relação vertical, para os apoiadores tudo, e para os perdedores o pão que o diabo amassou. Professores de serviço prestado que apoiou o outro são despachados, não recebem nem um obrigado; só diz: “bem que te falei para ficar comigo, se tivesse estaria aqui agora trabalhando”. Os concursados como não podem colocar pra fora, contudo  dificulta no horário, na seleção de turmas, e por mais que o professor seja competente não é chamado para compor o grupo gestor, fica a ver navios.
Nessa história quem perde são os alunos, porque o corpo docente fica dividido, rivais, não consegue juntar os pedaços quebrados durante o pleito. São quatro anos de intrigas, disse não disse e a escola afundando e os alunos também. A forma das eleições para diretores precisa urgentemente ser revistas, a forma hoje não é democrática, o diretor que vai para a reeleição se beneficia do cargo pressionando os professores e funcionários. Aliás, a reeleição não é salutar para o processo de escolha de diretores, o tempo que o diretor fica na direção, no caso quatro anos é tempo demais, acaba se confundindo a escola com a casa dele.
As eleições que acontecerão em junho (2013) excluíram os alunos dos primeiros anos da votação( depois de escrito esse artigo a SEDUC permitiu que todos os alunos das escolas do Estado votem, venceu a democracia), e, porque os alunos tem menos que três meses na escola, vale salientar que o ano letivo no Estado do Ceará (2013), as aulas começaram muito tarde por conta da greve, os alunos dos primeiros anos vão conviver com esse diretor durante três anos sem terem votado, é muito errado esse impedimento no Edital.
Cabe a Secretaria do Estado, na pessoa da Izolda Cela, moralizar as eleições para diretor, porque a forma que é feita não tem surtido os objetivos esperados; rever alguns pontos do Edital que não comunga com a democracia, porque excluir os alunos do pleito fere os princípios democráticos.





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