O poder obra milagres, às vezes gosto de sair no final de semana para buscar inspiração para escrever, e observar as fraquezas humanas. No caso do poder terreno que muitos encarnam como se fosse eterno, os picados pela mosca azul tornam vulneráveis ao poder.
Observo o poder circulando da platéia, como é banal e rídiculo a postura de alguns, no momento gozam desse poder efêmero. Os vários tipos de poder: oligarquia familiar, vaidade e o poder oportunista...
Vamos adentrar nas entranhas do poder. As oligarquias familiares são esses clãs políticos, apartidários, trabalham simplesmente para projetar filhos e parentes na vida política, carregam consigo um desconfiômetro, não confiam em ninguém, só na família. Os filhos e parentes não são sumidades intelectuais, os pais empurram na política por ser o caminho mais curto para projeção social, e abraçam a política como meio de vida. Aliás, essa prática vem desde o ” descobrimento” do Brasil:
“E, pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, 1º dia de maio de 1500. E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro -- o que d'Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza. Deste Porto Seguro, da vossa Ilha da Vera Cruz, hoje, sexta-feira, 1º dia de maio de 1500."
Seu genro estava preso por assalto e agressão, casado com sua filha Isabel, já se usa o poder para obter vantagens, no caso a soltura do genro Jorge de Osório que estava preso na Ilha de São Tomé. Essa passagem é mal entendida, alguns pensam que caminha pede ao rei Dom Manuel emprego para seu genro, no caso não foi isso.
A vaidade são essas figuras bem situadas financeiramente, ascenderam na vida sem precisar de política partidária, no entanto gostam da política para satisfazer suas vaidades.
Os oportunistas são aqueles preguiçosos que querem se manter no poder por oportunismo, pois o trabalho para essas pessoas não é sua praia.
Em algumas Instituições vejo pessoas passarem 4 anos no poder e não fazerem nada pela comunidade, usam o emprego para outras atividades, e são pagos pelos cofres públicos.
Um diretor de escola não pode se dividir em várias funções e abandonar a escola para se promover profissionalmente, dentro do horário que deveria ser dedicado à escola.
O poder dado a certas pessoas pela via democrática não é pessoal, esse poder é popular. No Brasil temos o mau costume de votar nos políticos, e eleitos não cobrar o que foi prometido.
A baixa escolarização dos cidadãos os afasta da política, geralmente como a política partidária é uma coisa suja, o cidadão joga todos os políticos numa cova só. Na política tem muito gente séria, que não foi picado pela mosca azul, estão na política e usam a ética como bandeira de luta.
Um país pobre socialmente se dar ao luxo de bancar uma copa do mundo é possuir “mania de grandeza”, gigantismo. Serão gastos bilhões com essa copa, se esse dinheiro fosse investido na educação e saúde, teríamos um país alicerçado de conteúdo científico e tecnológico.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
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