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sábado, 15 de janeiro de 2011

Sou Bicho Homem

Bicho Homem




E sou o que sou sem pátria e sem lei
Sou filho cruel, soldado do rei
Nasci caçador, bandido e ladrão
Sou causador da poluição
Sou fogo pegando na mata
Sou lixo jogado no mar
Poeira cobrindo o luar
Sou mãos que apenas consomem
Eu sei que só sei destruir
Mas sinto que vou prosseguir
Oh, mãe natureza, perdão
Sou bicho homem

Eu sei que só sei destruir
Mas sinto que vou prosseguir
Oh, mãe natureza, perdão!
Sou bicho homem.
João Nogueira( sambista )

A partir do momento que o homem sentou na cadeira de rei, e se tornou senhor absoluto da natureza, subjugou todas as espécies ao seu bel prazer, matando e destruindo tudo a sua volta, não percebe o imbecil do bicho homem que a natureza for destruída, vai com ela o bicho homem. Quem coroou o bicho homem para reinar de maneira despótica? Nenhum ser vivo foi consultado por essa escolha nefasta, de onde surgiu esse poder?  Da “Inteligência”, inteligência que se mata por prazer, ganância e estupidez. Encaixa-se bem aqui uma profecia de autor desconhecido: “Apenas quando o homem matar o último peixe, poluir o último rio e derrubar a última árvore, irá compreender que  não poderá comer o dinheiro que ganhou”.
Essa lógica capitalista hoje guia o homem para destruição, é tão óbvio perceber essa insensatez.  O bicho homem tivesse um pouco de compaixão consigo mesmo ou com os que virá habitar esse mundo, teríamos mais responsabilidade no trato com a natureza.
A natureza tem dado recados diretos ao bicho homem, no Rio de Janeiro, na região serrana a natureza se revoltou, foram 548 vidas levadas pelas enchentes, diga de passagem o maior desastre ecológico da história do Brasil. O mundo tem sofrido com terremotos, enchentes, furacões, nevascas e tantas outras intempéries climáticas, no entanto o bicho homem não aprende na escola da vida, por ser rude na aprendizagem.  
Na nossa feliz Icapuí as coisas também acontecem em pequenas proporções, mas a mãe natureza também tem mandado uns recadinhos; as marés têm crescido e derrubado muitas casas. No município não tem uma política séria em relação à preservação do meio ambiente, as leis não são cumpridas, os mangues padecem com construções irregulares, salinas e viveiros de camarão, cadê as autoridades ligadas ao meio ambiente?
Nossa pesca passa por uma crise sem precedentes, toda a economia de Icapuí foi centrada na pesca da lagosta, pescaram de maneira predatória pensando que a lagosta não se acabava, era uma fonte inesgotável, estamos vivenciando na cidade o desemprego, concomitantemente a violência, as drogas, roubos, e o pior de todos os males, deixar de acreditar na esperança. Quando os valores de um povo deixam de existir, o final é o suicídio coletivo.
Algumas décadas atrás os donos de currais de peixes, quando iam despescar era tanta fartura, peixes de todos os tipos, até lagosta era despescada, e hoje?
Nos mangues de Icapuí os residentes que não sai do seu buraco são os caranguejos que nos últimos anos tem sofrido violência do bicho homem, antes do bicho homem descobrir que o caranguejo era bom para tira-gosto, tínhamos de fartura e grandes. Habitat destruído, poluído, fêmeas são trazidas sem misericórdia, o resultado todos nós sabemos, no entanto nos silenciamos, pois é mais cômodo se calar.
As aves migratórias têm nos mangues seu repouso e seu alimento, no dia seguinte levantam vôo e prossegue viagem rumo ao seu destino.
Todos buscam o criador nas coisas mais insensatas possível, no entanto o patrono da ecologia encontrou seu Deus em contato com a natureza, esse bicho homem deixou de ser bicho e se tornou São Francisco de Assis, esse eu assino em baixo.
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