De olho na educação cidadã
Em pleno século XXI ainda temos educadores, melhor dizendo,
professores que veem a aprendizagem entre quatro paredes e amarrado na nota. O
aluno bom é aquele que só tira 10, e sabemos que notas não mede conhecimento de
ninguém, temos o Cipriano Luckesi para comprovar o que afirmo.
Quando o professor se amarra no quesito notas, sem perceber
faz o jogo da elite dominadora que não tem interesse que filho de trabalhador
estude. Nessas últimas décadas os governos de esquerda no Brasil tiveram um
olhar para as classes menos favorecidas, facilitando a entrada dos pobres no
meio acadêmico; proporcionou maior mobilidade na pirâmide social e isso
incomoda nossas elites que veem pobres como mão de obra assalariada.
Uma educação que se preze não pode se restringir ao quesito
resultados frio e calculista, mas buscar junto aos resultados o crescimento do
aluno nos mais diversos espaços que a educação hoje nos oferece. O uso da
tecnologia veio para ficar no nosso cotidiano. O professor deve usar essa
ferramenta como meio de aprendizagem. Mostrar para seus alunos que o celular
não é apenas uma ferramenta para acessar as redes sociais e postar fotos nos
mais variados ângulos, os selfies muito em moda agora. O celular pode ser um instrumento
de pesquisa científica em sala de aula, fomentando a aprendizagem de maneira
inovadora.
Um ambiente limpo, arborizado e com jardins enche os olhos de
muita paz aos visitantes. Num mundo de tanta violência esses espaços de
tranquilidade fazem as pessoas desarmarem do dia a dia, refletirem e admirarem
o belo. Numa escola que oferece um ambiente de muito verde ajuda os alunos a se
concentrarem e assimilarem os conteúdos com mais facilidade.
Uma escola que se preze deve garantir aos seus alunos
momentos culturais. O teatro, a dança, a música, gincanas culturais, visitas a museus,
a parques ecológicos, sítios arqueológicos e tantos outros mais espaços
culturais. Professor que só preza por quatro paredes, giz
e apagador estar fora de moda, precisa urgentemente se capacitar para entrar no
século XXI.
O esporte é saúde. É uma válvula de escape das tensões provocadas
pela “fábrica de hormônios” dos adolescentes. Quando essas tensões são mal
direcionadas os jovens correm sérios riscos de se envolverem com drogas. Na
minha geração no colégio marista de Aracati a disputa para entrar à tarde na
escola era uma corrida alucinada. No interior da escola marista se praticava
todo tipo de esporte. Quem foi aluno marista sabe bem do que estou falando.
Hoje nas escolas só se ver a brincadeiras de queimadas. A prática de outras
atividades esportivas não se ver. Quando os alunos vão participar de atividades
esportivas em outras escolas é um deus me acuda, parece que a bola que jogam é
quadrada.
Enfim, a educação cidadã não se resume apenas a resultados,
no caso só notas. As notas são importantes dentro do nosso contexto
educacional. No entanto, focar apenas em notas não prepara o cidadão para a
sociedade de hoje. O mundo de hoje é
muito complexo, o leque de desafios são imensos. Só uma educação desafiadora é
capaz de preparar os alunos para a sociedade tecnológica atual.
Professor: Wellington Pinto
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