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terça-feira, 12 de março de 2013

Para onde caminha a nossa bendita educação?

Nas últimas décadas a educação no Brasil caminha na contra mão em termos de qualidade, melhorou nos aspectos quantitativos, mas no quesito qualidade nossa educação fracassou. Os governos tem uma preocupação com as disciplinas de português e matemática e as estatísticas são cruéis, os alunos terminam o ensino básico sabendo muito pouco de matemática e falando mal a língua mãe. A minha indagação é a seguinte, se as disciplinas amparadas pelos governos vão mal, imagine as disciplinas que não tem essa atenção federal? Vou me debruçar na disciplina de história e vender meu peixe, já que sou professor de história. Aquela história de decoreba é coisa do passado, antigamente se decorava os fatos históricos sem uma análise crítica, ainda acontece com aqueles professores despreparados que não estão sintonizados nos tempos atuais. Os alunos hoje aprendem história desmotivados, porque a história não tem o devido valor, a partir dos governos, por que priorizam tanto a matemática e o português e esquecem as outras disciplinas? Os argumentos que defendem essa “lógica de raciocínio” não me convencem. Todas as disciplinas tem seu valor. Todo o fato histórico está dentro de um contexto, ou seja, o tempo e o espaço, exemplificando: Revolução francesa, 1789, século XVIII. Os alunos são incapazes de pegar um fato histórico e contextualizar no tempo e espaço e muito menos fazer uma análise crítica. A história costuma ser dividida didaticamente em quatro períodos: antiga, medieval, moderna e contemporânea, se por acaso o professor perguntar, a Revolução Russa, 1917, veio antes ou depois da Revolução Americana, 1776, com certeza a maioria não sabe responder. Não estou defendendo que os alunos saibam o ano preciso, mas pelo menos o século, e saber que a RA aconteceu antes da RR. A história do Brasil é ainda pior, nossos alunos conhecem muito pouco da sua história, não vou enveredar pela história do Ceará, ou até mesmo a história da sua cidade, aí é que a coisa pega. Como podemos ter uma identidade nacional se conhecemos tão pouco a nossa história? A história do Brasil se costuma dividir para melhor se estudar do seguinte modo: Colônia, Império, República Velha, Era Vargas, Populismo, Regime Militar e a Nova República. Didaticamente é essa a divisão para se estudar a história do Brasil. O que acontece com a história geral, também acontece com a história do Brasil. A nossa história se passasse pela máquina da verdade, pouca coisa restaria de veracidade, os fatos históricos foram escritos pela elite letrada, o povo não sabia ler nem escrever, servia apenas para sustentar a elite com seu suor. Diante dessa crítica os alunos costumam perguntar, por que então estudar a história se é mentirosa? Aí vem o papel do professor de história, pegar esses fatos históricos e analisar com os alunos o que seja verdade e mentira, dissecar os fatos até os ossos, e refazer essa história na ótica do oprimido. Hoje no Brasil existem muitos estudos que desmascara a história oficial, é salutar fazer um estudo comparativo da história oficial com a história nova na busca de novos paradigmas. O conteúdo de história deveria ser revisto, é muito assunto, deveriam selecionar os fatos que interessam os alunos e os mais próximos da sua realidade. Muitas vezes o aluno termina o ensino médio sabendo o mínimo do mínimo de história, sem criticidade nenhuma. O ENEM hoje busca a interdisciplinaridades com outras disciplinas e o raciocínio lógico do aluno diante dos fatos históricos. É preciso uma Revolução na Educação, principalmente no ensino básico. O norteador da educação é ensinar o aluno a pensar de maneira crítica.
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