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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Saudosismo de um ex-aluno marista


  
Quando estudava no colégio Marista de Aracati, ali vivenciei experiências alegres e inesquecíveis. As boas amizades que cultivei e os conhecimentos que adquiri nas diversas áreas do saber. E o melhor de tudo, um caráter forjado na pedagogia marista, dentro dos princípios religiosos, focado nas diretrizes do seu fundador, Marcelino José Bento Champagnat.
Os que estudaram no Marista se deram bem na vida. Os que não estão bem de vida são porque não quiseram, deixaram essa oportunidade de ouro passar.
Na escola Gabriel quando falo do colégio marista alguns colegas de profissão se exaltam, criticam, tem essa postura é porque não tiveram essa oportunidade.
Hoje como professor concursado da escola Gabriel fico triste quando vejo a maioria dos alunos de recuperação, muitos não dão importância aos estudos, acham que terão papai e mamãe a vida toda, pura ilusão. Recordo que no meu tempo de estudante a maioria passava por média, os que ficavam de recuperação é um chororó, se trancavam em casa e só saiam quando recuperava a nota perdida, hoje há uma inversão de valores, alunos que ficam em todas as disciplinas não estão nem aí. Eu não tivesse estudado estaria ferrado, meu pai operário de fábrica têxtil, percebendo salário mínimo, minha mãe uma pequena comerciante, me convenci cedo que para vencer na vida é preciso estudar e muito. Essas idéias passo para meus alunos e parece impermeáveis ao futuro.
Na escola Gabriel tem 754 alunos matriculados, por média (não fizeram recuperação) passaram apenas 31 alunos, 4,29%, o restante ficou para recuperação até em 10 disciplinas ou mais. Gráfico abaixo:



 
Estou me referindo à escola Gabriel, pois é onde trabalho, mas essa realidade é geral nas escolas públicas do Estado do Ceará.
Muitas vezes fico até angustiado pensando que o culpado sou eu, quando vou aplicar as paralelas (recuperação) e vejo a quantidade de alunos, então percebo que o culpado não sou eu e nem os professores, mas os alunos que estão desmotivados para os estudos, pais que não acompanham a vida escolar de seus filhos.
É preciso repensar o ensino médio, da forma que é feita é um atentado ao aluno. O curso científico é uma preparação para o vestibular, as maiorias dos alunos não estão interessados em entrar na universidade, querem fazer um curso profissionalizante e ingressar no mercado de trabalho. Essa idéia que foi divulgada no Brasil que só se dá bem na vida quem termina uma faculdade, é uma “cultura” perversa que não prepara o aluno, e ainda por cima contribui para a evasão, reprovação e indisciplina.
Do que jeito que a educação caminha não vai chegar aos objetivos propostos que seria garantir a cidadania dos alunos e o seu futuro.
Professores + grupo gestor + pais + poder público precisam engajar numa grande cruzada pela educação de qualidade. No século XXI o conhecimento é o grande motor do desenvolvimento, tanto econômico, como social. Os países que apostaram na educação estão em patamares elevados, no caso o IDH. Nossos governantes preferem investir na bolsa esmola para manter o povo na subserviência de políticos inescrupulosos, pra tudo se tem dinheiro, até para manter a corrupção, menos para a educação.

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