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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Novo conceito de classe média


Desde que o ex-presidente FCH escreveu um artigo para revista “Interesse Nacional”, intitulado “O papel da oposição” a ‘classe média’ tomou destaque na mídia. Os partidos PSDB e PT agora querem conquistar o eleitorado da classe média a qualquer custo, afinal são 20 milhões de almas vivas. Os governistas criticaram muito o artigo, mas entenderam o recado do ex-presidente. 
Nesse artigo queremos conceituar o termo classe social dentro do contexto social político de hoje. Não tem mais sentido classe social hoje dentro daquela visão marxista do passado, o mundo mudou e os conceitos sociológicos também.
As sociologias tradicionais conceituam classes sociais numa visão marxista ou weberiana. “No marxismo, o conceito de classe tem dois componentes principais. De um lado, certa homogeneidade de condições, e, portanto coesão, consciência de si, capacidade de agir coletivamente. Do outro, uma posição comum na estrutura de produção. Especificamente em relação às camadas médias – ou à “pequena burguesia”, como os marxistas as designavam, torcendo o nariz –, fazia-se também uma profecia: a de que elas estariam condenadas a definhar, ensanduichadas entre a burguesia e o proletariado”.
“Já a sociologia weberiana concebe as classes como agregados sociais que raramente chegam a se tornar consciente e a agir de maneira unitária no campo político. Os membros de uma classe se definem em função de recursos como a educação, o conhecimento especializado, disponibilidades patrimoniais, etc. – valorizáveis-nos diferentes “mercados sociais”. A ótica weberiana pensa em camadas sociais que não encolhem, ao contrário, se expandem à medida que o capitalismo avança.”.
 A partir da globalização esses termos mais clássicos foram perdendo força e novos conceitos foram se pondo na ordem do dia. Na era de FHC e na era Lula alguns sociólogos chamam essa classe em ascensão de “nova classe social” ou “emergente”, esse termo não é bem aceito por alguns sociólogos atuais.
Jessé de Sousa, sociólogo, usa o termo de “batalhadores” e justifica sua tese: “Quando se chamam os emergentes de “nova classe média”, está se querendo dizer que no País as classes médias e não os pobres passam a formar o grosso da população. Isso está longe da verdade. Os “batalhadores”, como os chamo, se assemelham muito mais a uma classe trabalhadora precarizada, típica do pós-fordismo. Uma classe sem direitos e garantias sociais, que trabalha de 10 a 14 horas por dia, estuda à noite e faz bicos nos fins de semana”.
O cientista político Bolívar Lamunier argumenta, “nova classe média” vem sendo empregada para designar um agregado social correspondente a mais de 40% da população, compreendido entre R$ 1.200 e R$ 4.800 de renda familiar mensal. Não estranharei se alguém se referir à metade dessa camada como “classe trabalhadora” ou até “proletariado”. Como diz Shakespeare, a rose by any other name smells as sweet.”
Dentro da ótica dialética a sociedade sofre constantemente mobilidades sociais, seja de maneira estrutural, no caso dos programas sociais que os governos nos últimos tempos têm fomentado, ou ascensão individual, sejam pela educação, cursos de capacitação profissional que mexe nos resultados finais.
A pirâmide social tem mexido freneticamente mudando seu perfil, alguns hoje falam em losango pelas mudanças sociais.

 

Diante dessas mudanças temos uma classe de miseráveis que estão abaixo da base da pirâmide, esquecidos e violentados pelo poder econômico, aparecem nos jornais nas páginas policiais. O governo Lula se vangloria muito de ter tirado da miséria milhões de brasileiros para a classe dos pobres, beneficiados pelos programas sociais. A “bolsa esmola” como Lula falava não pode durar para sempre, é preciso gerar postos de trabalho, não tem sentido esse cidadãos passarem a vida toda a mercê do Estado Paternalista, se faz necessário uma revolução social que as classes sociais nesse país sejam mais homogêneas e que as elites sejam menos descartáveis com os mais pobres desse país. 
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