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quinta-feira, 21 de maio de 2015

Críticos ciclopes

Nos mais variados períodos históricos os pensadores usaram a mitologia grega para explicar certas teorias e acontecimentos sociais e políticos no intuito de entender a “natureza humana”. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, esboçou a teoria do “Complexo de Édipo” a partir da tragédia grega de Sófocles. Friedrich Nietzsche no seu livro "A origem da tragédia grega”, discorre sobre a arte (estética e musicalidade. Na filosofia os gregos são uma fonte perene de conhecimentos, sendo até hoje reverenciados nas principais universidades do mundo. Como não poderia ser diferente, tomamos de empréstimo os ciclopes para tentar compreender certas posições políticas de partidários do PT e do PSDB. Os ciclopes eram gigantes de um só olho no meio da testa, trabalhavam com Hefesto como ferreiros, forjando raios usados por Zeus. Os humanos possuem dois olhos e muitas vezes só fazem uso de um: alguns no lado esquerdo e outros, no extremo oposto. Na política temos os críticos ciclopes, só veem o que querem ver; o bolso é mais profundo que o olhar. Os críticos do PT só postam nas redes sociais o passado nebuloso dos tucanos; por sua vez não satisfeito pelas críticas do PT os tucanos metem o cacete no governo da presidente Dilma Rousseff. Tudo torna-se então um disse-que-não-disse que enoja qualquer cidadão de bem. Na minha cidade natal dois críticos quixotescos invadem diariamente o Facebook com suas opiniões unilaterais. Uma crítica tão primária e pobre que só confunde os jovens que não estão preparados para discernir a verdade dos fatos. A vanguarda da esquerda usa esses artifícios nas redes sociais e espalha rapidamente nas curtidas e compartilhamentos. De tanto repetir-se uma opinião, torna-se uma “verdade”; para desfazer isso, só o tempo . O militante apaixonado (alienado) não pode se esquivar de uma crítica ao seu próprio partido. Todos os partidos que passaram pelo poder pisaram na bola e caíram de cara na lama. Nessa história política não existe mocinhos: quem passou pelo poder se sujou, desconhecemos algum de cara limpa. O pior desse “partidarismo brasileiro” (PSDB X PT) é o povo perdido nesse fogo cruzado, sem saber para aonde correr. Vale aqui o velho ditado popular: “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. A classe dominante conseguiu com êxito seus propósitos, enterrando todos os partidos numa vala comum. O PT-esperança (que iria vencer o medo) se borrou todo ao chegar ao poder, nivelando-se, em termos de corrupção, a todos outros. Não resistiu aos afagos do capitalismo. Na sociedade de consumo a vida é um céu para quem detém condições financeiras satisfatórias; quem não gosta de luxar, comprar um carro novo, viver numa casa boa com piscina, comer bem, educar os filhos em bons colégios, viajar em cruzeiros , um bom plano de saúde e ser bajulado pelos colegas? No entanto, perder a dignidade de forma desonesta não condiz com princípios éticos e morais. O poder deve se construir de forma honesta. Apesar do capitalismo ser cruel, o pobre tem a possibilidade de ascender socialmente através dos estudos: basta ter paciência e força de vontade. A blindagem ideológica dos militantes da esquerda não foi eficaz para proteger os companheiros de serem picados pelo encantos do poder. Na atual conjuntura política todos os grandes partidos são farinha do mesmo saco, farinha caroçuda que precisa peneirar para digerir o angu. Muitos críticos ciclopes, por sua liberdade financeira, poderiam serem mais independentes em relação ao Poder Político, menos bajuladores e mais compromissados com a verdade dos fatos. A moeda possui duas faces; devemos, pois, mirar menos na coroa (poder) e fitar mais na cara (povo). Trocando em miúdos: os políticos têm os seus interesses pessoais e não perdem uma boa oportunidade de meter a mão no dinheiro público. Os excluídos da sociedade necessitam de uma análise dos fatos com os olhos arregalados da crítica, para sair desse fogo cruzado; cabe aos críticos escreverem com rigor científico, ética e compromisso; carece mais impessoalidade e menos partidarismo; de modo, caros críticos de um olho só, a nos comprometermos com a Verdade.
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