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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Por que o diferente incomoda tanto?

Uma boa pergunta para começar uma grande discussão. O passado apresenta-nos inúmeros fatos acerca da diferença nos mais diversos setores sociais. Diante do desafio aqui proposto resta-nos exemplificar na História: Na Grécia antiga Sócrates discordou dos deuses atenienses e pregava aos seus discípulos uma postura nova na sociedade; foi acusado e morto. No Egito antigo uma parcela de camponeses percebeu que o faraó não era imortal, mas um homem comum: comia, bebia, ficava doente e morria. Não era,logo, diferente dos outros; discutiam-se no pouco tempo de descanso essas questões cotidianas. Por pensar diferente acabaram excluídos da convivência com os seus pares. Na religião há muitos fatos sobre não compactuar-se com o diferente e essa postura custou a vida de milhões de pessoas. Não existe uma religião oficial como algumas pregam, não existe deus barbudo de olhos azuis e pomposo; trata-se de mero estereótipo criado pelos europeus que durante muito tempo foram os detentores do Cristianismo. Até hoje a Igreja Católica (e outras correntes, como a Evangélica) têm essa dificuldade de conviver com o diferente; no passado os homossexuais eram condenados à fogueira, hoje ao ostracismo religioso. Na convivência de Cristo será que não havia homossexuais? A tradição diz que São Paulo era homossexual e foi o grande apóstolo do ecumenismo cristão. Na contemporaneidade pessoas e instituições deveriam estar mais amadurecidas para conviver com o diferente e, no entanto, a barbárie perdura. O nazismo de Hitler levou milhões de pessoas ao extermínio nos campos de concentração por serem judeus, ciganos, homossexuais, negros e comunistas. Nos Estados Unidos, o baluarte da democracia, o negro é tratado como subclasse; a cor é somente um capricho da natureza que, por questões geno-climáticas, pintou pessoas de cores diferentes, sem o sentido da discriminação social. No entanto os brancos se acham superiores e os negros convivem com essa segregação há tanto tempo. No Brasil até a quantidade de mandioca foi motivo de discriminação, a posse da terra, no caso do latifúndio, ainda tão presente nos dias atuais. A escravidão, abolida há pouco mais de um século (1888) em nosso território sentenciou milhões de negros a trabalhos forçados simplesmente pela cor: vergonha nacional. A ditadura militar também não soube conviver com o diferente em termos ideológicos, no caso a ameaça comunista; assim, torturou, matou e baniu do Brasil quem pensava diferente. Eis os micropoderes com os quais convivemos lado a lado todos os dias; pessoas pobres de espírito, que detêm o poder em grupos, discriminam os colegas de trabalho, pelo fato de os mesmos pensarem diferente e não aceitarem certas posições autoritárias... Será que essas figuras excêntricas não sabem que o poder é efêmero? Os políticos que ascendem ao poder, numa postura de poder eterno, esquecem os eleitores, promessas de campanha, programas de governo e a própria ética. Metem a mão no erário público como fôra propriedade particular. E ai de quem falar, pois em cidadela, o cidadão é perseguido por políticos que dependem de prefeitura para sobreviver: é melhor arrumar a trouxa e partir para outro município. E no palanque fala-se tanto de democracia e de aprender a conviver com o diferente. A educação tem que ensinar tal temática, vez que já não é mais possível convivermos com essas atrocidades do dia a dia; não tem uma área em que o diferente não seja motivo de guerra, brigas, terrorismo...; numa partida de futebol que deveria ser salutar, alguns grupos não aceitam a vitória do outro time, partem para a agressão e depredação do patrimônio público. A própria natureza nos ensina a convivermos com o diferente; o nosso olhar que é de destruição; olhamos a natureza de cima para baixo, porque na nossa cabeça somos melhores que os outros seres vivos e isso nos daria o direito de vandalizar. A pior espécie criada pela natureza foram os seres humanos, que destrói seu próprio habitat por ambição e mata outros animais sem que tenha fome. Isto é, com tantas lições, a nossa classe dominante (e grande parcela dos dominados, alienados à conjuntura capitalista) não aprenderam a conviver com o diferente. Desse modo, o que nos resta? O extermínio.
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