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quinta-feira, 31 de março de 2011

Sua majestade, o puxa-saco


O cidadão  questiona o porquê do setor privado as ações se realizarem com qualidade  e no  público total descaso, e diga de passagem que no público em muita situações os profissionais percebem  bons salários e no entanto não realizam suas tarefas com maestria. O setor privado prima pela capacidade do trabalhador, busca o profissional, aquele que inova e com seu exemplo cativa e transforma seu ambiente de trabalho em ações práticas e lucrativas. Não tem politicagem no setor privado (?), se emprega quem realmente é capaz de realizar as tarefas propostas pela empresa. O puxa-saco no setor privado existe só que essa espécie passa por uma extinção diante da globalização em curso. A mesma sorte não tem o setor público.
No setor público existe o tal do puxa saco que tudo aprova sem questionar seu chefe, não produz nada, passa o tempo todo bajulando e levando fofocas para seus superiores, gestores medíocres que gostam do afago do puxa saco, se não fosse os afagos do chefe o puxa saco não existiria. O profissional não precisa bajular se garante no seu trabalho, já o medíocre para se manter na sombra do poder adula para manter agarrado na teta da porca do setor público tão maltratado por esses que só querem mamar. 
O puxa-saco é um verdadeiro camaleão se adapta facilmente a qualquer chefe, gosta das benesses do poder. Existem dois tipos de puxa sacos:
O inseguro, esse tipo é incompetente para se manter na sombra precisa agradar o chefe, é aquele tipo que rir da piada do chefe antes dele terminar a piada, não critica e sempre está favorável para fazer favores ao seu chefe;
O tipo bajulador é mais sutil, é mais competente, fica na espreita de passar pra trás seu melhor amigo.
Numa escola pública que deveria primar pela aprendizagem dos alunos, pelos professores mais competentes e pelas relações inter-pessoais à coisa pega pesado. Um poderzinho que passa depois de certo tempo é agarrado por alguns como eterno. Aí o que vale é quem mais bajular, a esse é reservado benesses para aliviar sua carga horária, todos dizem que gostam de ensinar, mas na primeira oportunidade deixam a sala de aula para ocupar outros postos dentro da escola. O mais cômico são figuras altamente complicadas nos afazeres pedagógicos, quando assumem esses cargos de direção se transformam em pessoas sabidas, entendem de tudo e critica a todos que “erram” e quando cobrados dizem; “faça o que eu digo e não faça o que eu fazia”. 
Dentro dessa conjuntura escolar tem de tudo, não apenas o puxa-saco, têm o oportunista, o alienado, despolitizado, o cooptado pelo poder, o “cala boca”. É muita incoerência criticar um sistema o ano todo nos quatro cantos da escola e de virada mudar à opinião por aceitar o “cala boca”. Cadê a nossa coerência política? Criticar o tempo todo o sistema também não é legal, porém engolir tudo que vem de cima pra baixo sem uma crítica é deplorável. Às vezes fico imaginando as aulas dessas pessoas que se dobram todo tempo ao sabor do vento, que alunos estamos preparando para o futuro mostrando no dia a dia que o bolso fala mais alto que a ideologia. Felizmente não são todos, existem muitos profissionais na educação que tem coerência política, que não se rende a um cargo, prefere trabalhar na sala de aula com suas 200h, sem precisar se render aos desmandos desse poder efêmero.   
No caso “sua majestade, o puxa-saco” pegamos uma escola pública aleatoriamente como referencial dos desmandos do poder, não é muito diferente o que acontece em outros setores públicos nesse país afora. Quem perde é o cidadão porque não tem um serviço público de qualidade.
Não adianta criticar o puxa-saco ao chefe, ele gosta, se sente bem. A esses puxa-sacos o destino já reservou seu lugar, o esquecimento.
Assista o  vídeo do Gehringer que dá uma explicação melhor do que seja  sua majestade o puxa saco

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