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sábado, 7 de março de 2015

O mito da caverna na atualidade brasileira

Hoje acordei com uma dor de cotovelo medonha: não por mulheres, mas por umas aulas de Filosofia que tive no Seminário Marista. Uma aula muito interessante foi a reflexão do Mito da Caverna [Platão]. Na época minha visão era metafísica e cristã. Infelizmente minha visão política não era tão aguçada como agora. Aproveito, porém, agora para analisar a política brasileira e as redes sociais a partir dessa alegoria, para vermos como essa análise continua tão atual. Eis uma breve síntese do Mito para o leitor se situar na discussão: “Imagine uma caverna e dentro dela pessoas que nasceram e cresceram nesse espaço, todos acorrentados e presos, longe do mundo exterior. Na caverna apenas uma fresta por onde passa um feixe de luz. Os seres só veem a parede da caverna e nela espectros e vozes; pensam, pois, que essas sombras advindas do mundo exterior são reais. Um dos homens consegue fugir e ir de encontro com o mundo exterior. Nesse contato percebe que tudo que via na parede eram apenas sombras e fantasias. Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrão sérios riscos - desde o simples fato de ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por louco e inventor de mentiras”. Eis o grande dilema de quem tenta conscientizar o povo. Meus escritos nem sempre são compreendidos e muitas vezes ameaçado por represálias, e até perseguido por pessoas que estão no poder e não aceitam críticas. Numa democracia os governantes precisam aceitar as críticas que advêm de quem pensa de modo diferente. Já imaginou se todos os seres humanos pensassem de um modo padronizado, o que seria dos mortais? O belo da democracia é permitir pensamentos múltiplos, alternância de poder e oportunidades iguais para todos, sem nenhum tipo de preconceito. Nem tudo que escrevemos é verdadeiro, mas no meio de tantas orações existe uma vontade de acertar e conscientizar a massa para perceberem que existe um mundo exterior sem alienação, palpável aos sentidos. Quando me deparo com a mídia audiovisual recordo da Alegoria de Platão; vejo tantas pessoas acreditarem que o que veem na TV é verdadeiro: nos telejornais, novelas, documentários, demagogias dos políticos, programas partidários, políticos com suas promessas de campanha, anúncios dos governantes tentando enganar o povo. É uma pena que nem todo mundo teve a oportunidade de ter uma formação filosófica; se bem que a própria escola não prioriza essa disciplina. Por isso, há tantos 'cegos' em nossa sociedade,pensando que o mundo é feito somente de sombras. Os políticos são os mais mentirosos: apresentam para o povo apenas sombras e muitos acreditam que o mundo real é esse, propagado por eles, que ludibriam o povo em benefício próprio. Sobem no palanque, discursam com uma oratória que se dilui na primeira brisa da manhã. Vejo essa plateia como os prisioneiros da caverna a imaginar que tudo que eles falam é verdade. .De modo geral a sociedade capitalista é uma grande enganação. A sociedade é um grande telão, ali é apresentado ao público o que interessa aos grandes grupos econômicos que não estão nem aí para o Povo. A natureza, a esperança, dias melhores... Nada disso sensibiliza-os: o que vale é o lucro imediatista. As redes sociais na internet são a grande ilusão do momento. No fundo as pessoas gostam de ilusão, porque o sofrimento é menor; nem todos nasceram para encarar a realidade nua e crua. Como dizem os mais velhos (sábios): "É preciso sangue no olho para encarar a vida". De todos os segmentos da sociedade não existe um tão maléfico como as redes sociais; sem menosprezar o lado bom das redes, mas existe muita mentira por trás dessas redes que fazem de tudo para enrolar o povo. O Mito da Caverna foi uma alusão ao filósofo Sócrates, que tentou conscientizar a juventude de seu tempo e foi morto, acusado de corromper a Juventude. Hoje tantos mártires tentam lutar por uma sociedade mais justa e acabam mortos pelos que detêm o poder político e econômico, mas a luta continua... Só abandonam, portanto, a luta os covardes e os interesseiros.
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