quarta-feira, 16 de julho de 2014
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Cursos profissionalizantes e o mercado de trabalho
Nunca no Brasil os cursos profissionalizantes estiveram tão em alta
como agora: uma economia aquecida, porém com mão de obra qualificada
escassa no mercado de trabalho.
Fala-se até em importar mão-de-obra
qualificada de outros países. A causa desse fenômeno tem sido a corrida para cursar uma universidade.
Foi criada no Brasil a ideia segundo a qual “se dá bem na vida quem termina um curso de nível superior”. Por causa dessa milagrosa ideia deu-se prioridade aos
cursos de nível superior, em detrimento dos cursos profissionalizantes
de nível médio. Hoje o mercado de trabalho carece de mão-de-obra
qualificada, seja na construção civil, na saúde, cursos de tecnologia,
de idiomas e tantos outros de suma importância para o crescimento do
País.
As Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol no Brasil, tudo
isso requer a aludida qualificação.
É de convir que nem todo jovem quer cursar universidade, vez que pretende
apenas fazer um curso profissionalizante e conseguir um bom emprego
para exercer a sua profissão.
No entanto, em muitas cidades do Brasil o
que se oferece aos jovens são os cursos de preparação para o
vestibular; no caso de Icapuí, não possuímos uma escola
profissionalizante, todos são obrigados a cursar o Científico. Por
isso eles se sentem desestimulados aos estudos de ensino
médio. Terminam e ficam desempregados; outros entram na faculdade,
idem; ou exerce outra profissão em
área diversa de sua formatura.•.
O governo federal tem investido em escolas de educação profissional,
contudo não é o bastante ainda. O governo, nas esferas estadual ou federal,
necessitam mudar de foco - do nível superior para o profissional. As
facilidades para o nível superior são surpreendentes; por isso esta
corrida pelos cursos de nível superior.
Após a conclusão, percebem
que apenas o canudo não é suficiente para garantir vaga no mercado
de trabalho. Já os cursos profissionalizantes têm emprego garantido
para os bons alunos, os quais, antes de terminarem o curso já estão contratados
pelos empregadores de olho para suprir as necessidades de
mercado.
Essas escolas profissionais devem estar em sintonia com as
necessidades regionais; não adianta ter um curso profissionalizante
sem serventia local. Icapuí carece de profissionais especializados na
área de turismo, no caso de idiomas: inglês ou espanhol. Nas cozinhas
dos restaurantes e barracas de praia, mestres-cucas que atendam aos
desejos requintados do turista, pois quem paga tem o direito de
exigir.
Carece também de arrumadeiras profissionais que deixem os quartos impecáveis. Guias turísticos que conheçam a História de Icapuí a
fundo e os pontos turísticos do Município, e que fale um idioma
fluentemente.
O que fazemos em Icapuí é puro amadorismo. Consideramos que
uma exigência maior do cliente é frescura. Canoa Quebrada se adequou a
essas exigências dos gringos, entretanto pecaram quando permitiram a
destruição do meio ambiente, a prostituição e o consumo de drogas.
Lógico que não desejamos isto para Icapu.
A construção civil cresce a olhos vistos em Icapuí, daí
necessitar-se de bons pedreiros, marceneiros, serventes, eletricistas,
ferreiros, mestres-de-obras. . As empresas de construção civil que
chegam a Icapuí são obrigadas a trazer de fora profissionais, pois
não possui a quantidade desejada pelos construtores.
Oficinas de conserto de carros também carecem de mecânicos,
eletricistas...
Temos meia dúzia desses profissionais e,
diga-se de passagem, que a grande maioria aprendeu na marra. Pintores de
automóveis, apenas dois (?). Alinhamento e balanceamento
computadorizado de carros desconhecemos profissionais na cidade; até
porque esse serviço ainda não é oferecido em Icapuí: temos o Luciano,
porém não é computadorizado. Essa área requer, com urgência,
profissionais qualificados porque a frota de carros de Icapuí tem crescido. E
técnicos de revisão de motos são necessários, a quantidade de motos no
município é grande.
O Pré-Sal é outra fonte de geração de empregos para Icapuí: futuro;
porém, neste setor mais do que nunca vai-se exigir dos trabalhadores
capacitação e qualificação para exercer o trabalho. Esse setor promete
ser a mola-mestra que vai alavancar o Brasil para o grupo seleto dos
países ricos. O jovem que for esperto se prepare profissionalmente
para este setor; é aí que está o filão de se ganhar dinheiro
honestamente.•.
Enfim, empregos existem - falta aos jovens se profissionalizarem para o
mercado de trabalho, exigir dos nossos políticos escolas profissionais
para que sejam preparados para o mercado de trabalho local ou
regional. Sair dessa marola ao achar que a universidade é a salvação
para todos os males sociais. Precisamos de profissionais preparados
para o mercado de trabalho, empregados e ganhando seu salário
dignamente, pois todos merecem, e todos são filhos de Deus. Merecem,
portanto, uma chance na vida!
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