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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Semana Santa, momento de re-flexão para os Cristãos

A fome voraz do capitalismo pelo lucro não perdoa nem as datas religiosas, transformam tudo em mercadoria. Vejamos como algumas datas comemorativas para os cristãos se transformaram no negócio lucrativo, incentivado pela mídia capitalista que incita os tele alienados a consumirem de maneira desenfreada, sem critérios éticos e morais. “De fato, que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar sua vida? Ou que poderá o homem dar em troca de sua vida?” (Mateus 16,26). A Semana Santa, Páscoa e o natal merecem uma reflexão profunda, para nos situarmos como chegamos ao fundo do poço em termos de espiritualidade. A Semana Santa é um momento de reflexão para todos os Cristãos, a doação de um homem que deu a sua vida pelos seus semelhantes. “Deus amou de tal modo à humanidade que lhe entregou o seu Filho único, para que todo aquele que acreditar no Filho de Deus não se perca, mas tenha a vida eterna” (João 3, 16). Foi entregue pelos judeus aos romanos para ser crucificado. Jesus Cristo criticava a prática dos judeus no trato das coisas sagradas, criticou o farisaísmo, saduceus, e tantas outras seitas religiosas da época de Cristo. Temerosos dos ensinamentos de Cristo que a cada dia arregimentava mais discípulos resolveram entregar Cristo aos romanos, acusando-o de desejar ser o rei dos judeus e por fim a dominação romana na região da Palestina. Cristo foi entregue a Pôncio Pilatos que tentou livrá-lo da condenação, porque não via em Cristo nenhuma culpa, porém o circo estava montado pelos fariseus para soltar Barrabás, a plebe preferiu soltar Barrabás, um “criminoso” (zelote), do que Cristo um inocente, sua culpa desejar um mundo mais justo, onde não houvesse separação de classes sociais e religiosas. Na Semana Santa muitos Cristãos se embriagam com vinho para “celebrar” a morte de Cristo, vinho de péssima qualidade, o que bebem não é vinho, é o xarope da uva misturado com água benta que aproveitam para fabricar essa bebida chamada de “vinhos santos”: São Brás, São Francisco, Dom Bosco..., pense numa ressaca, a de vinho. O vinho de uvas selecionadas é para degustar e não encher a cara até virar a perna e “botar boneco”, aliás, o que tem ver a Semana Santa com embriaguez (?), não vejo nos evangelhos nenhuma passagem bíblica que incentive essa prática etílica. Os judeus comemoram a Páscoa diferentemente dos cristãos. Para os judeus o significado da Páscoa foi à saída (Êxodo) do povo hebreu da escravidão do Egito, voltando para sua terra natal, no caso a Terra Prometida, Palestina, hoje tão disputada. A palavra Páscoa vem do hebraico Pessach e significa "passagem", passagem da escravidão do Egito para a liberdade da Terra Prometida. No Novo Testamento a Páscoa tem outro sentido, passagem da morte para a vida, ou seja, Cristo morreu, mas Ressuscitou. A Páscoa é vida nova, morte-vida. Páscoa é um convite aos cristãos de boa vontade a mudarem de postura em relação aos seus semelhantes, a si próprio, menos egoísmos e ganância material, deixar as trevas pela luz, eis o propósito da Ressurreição. "Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui. Ressuscitou!" (Lc 24,5-6). Nos dias de hoje o capitalismo transformou a data numa corrida por consumo de chocolate, o que tem a ver Páscoa com ‘ovos de chocolate’ (?), inflacionados pela corrida do ouro, no caso o chocolate. O Natal não aparece na mídia como reflexão em relação ao nascimento de Cristo, o que esse menino, filho de um carpinteiro, representou de concreto para a humanidade (?) e continua representando nos dias atuais. O Natal é comprar até estourar os cartões de crédito, se endividar no comércio, comer de maneira exagerada e beber para se embriagar. Os shoppings lotados de pessoas fazendo compras para o Natal, presentes para todos os familiares, os que podem. Os pobres passam o natal no relento, vendo as estrelas a céu aberto e mais pobre, mas junto do menino Jesus que nasceu numa manjedoura ao lado de vários animais e visitado por reis (Belquior, Gaspar e Baltasar), que vieram presenteá-lo com presentes simbólicos: ouro, incenso e mirra. O ouro representa a realeza de Cristo, o incenso a fé dos que acreditam em Deus e a mirra a imortalidade de Cristo. “Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”. Tantos seres humanos sem uma “estalagem”, morrendo de fome, guerra sem sentido, basta percorrer os países mais pobres do mundo e veremos que a mensagem cristã não foi ouvida por todos, e nem assimilada, como posso ser feliz enquanto meus irmãos morrem por falta de comida, de agasalho, abandonados em pleno século XXI? Não é por falta de comida, pois a tecnologia nos proporciona safras recordes de grãos, mas por ganância dos que possuem e querem cada vez mais em detrimento dos mais pobres. A corrupção anda a galope prejudicando os mais pobres, a corrupção se tornou epidêmica, perpassa todos os continentes. Seria interessante que nessa Páscoa houvesse mais reflexão interior, que os seres humanos mudassem de posição frente a esse capitalismo selvagem, que nos imbuísse de uma vida nova voltada para os mais necessitados, de respeito com o meio ambiente e que nos incomodasse de ver tantas injustiças e gritasse cada um bem alto para todos ouvirem. De reagir diante delas buscando um mundo melhor onde não houvesse ricos e nem pobres, mas uma só família, chamada filhos de Deus, humanidade, seja qual for à igreja, pois Cristo nunca pensou em fundar Igrejas, mas comunidades comunistas. “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (João 3,5).
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