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terça-feira, 27 de novembro de 2012

As escolas matam a criatividade dos alunos




Todas as escolas do mundo todo seguem padrões hierárquicos das disciplinas, ou seja, disciplinas são mais valorizadas do que outras. No caso da matemática é a rainha de todas as disciplinas, como a língua nacional.  Os estudiosos afirmam que sabendo matemática e a língua portuguesa é possível dominar as outras disciplinas. Discordo dos pensamentos retrógrados desses pedagogos que assim propagam essas idéias e faz valer a nível nacional, mundial. Todas as disciplinas tem o mesmo peso, uma completa a outra. Uma disciplina interessante e que as escolas não abraça com o devido valor é as artes, no sentido amplo. Essa disciplina desperta a criatividade latente em cada ser humano, esperando apenas um estalo para despertar.
Quando afirmo que as escolas matam a criatividades dos alunos é porque não prioriza as artes, relega a terceiro plano. Qualquer professor sem habilitação assume a cátedra de artes no intuito apenas de preencher a sua carga horária. Nessa linha de pensamento se mata os alunos que tem tendência para a música, dança, poesia, pintura, balé, culinária, violino...
Ainda existe muito professor avesso as artes, acha que é coisa de homossexual. Não incentiva os alunos a ler poesia, fazer poesia, principalmente o balé. Os alunos são coibidos de mexer os quadris, pois tal postura é coisa de mulher, de homem afeminado. Os pais corroboram com essas atitudes reacionárias e a própria sociedade machista.
Guardo uma experiência triste quando era aluno. O professor de língua portuguesa pediu a turma para redigir uma redação, não me lembro mais da temática. Só sei que no canto da redação fiz uma poesia e entreguei, fui todo satisfeito comentar com ele, só que a resposta foi tão dura e preconceituosa que até hoje me recordo. “poesia é coisa de veado”, essa resposta foi tão dura..., só que não acabou com minha criatividade. Continuei escrevendo e mais tarde escreveria dois livros de poesia, serviu de lição para respeitar meus alunos que pensam diferente das normas estabelecidas.
Retomando o pensamento inicial. Quando os alunos são cobrados para medir seus conhecimentos são testados através s do SPAECE, Prova Brasil e provinha PAIC, testes meramente nas disciplinas de matemática e português. É de perguntar onde ficam as artes? História local? Geografia do Município? E as outras disciplinas? Tal concepção educacional posta em nosso país é muito equivocada, não é de uma pedagogia dialética e muito menos dentro dos avanços científicos na área da neurofisiologia da aprendizagem. O cérebro não trabalha em partes individuais, mas conectado no todo, muitas vezes uma parte do cérebro sofre danos irreversíveis, porém o cérebro se encarrega mudar essas antigas funções para outras partes do cérebro.
Nesses longos anos que ensino percebo que todos os alunos voltados para as artes são alunos muitos especiais. Alunos que fazem teatro são pessoas desenroladas, extrovertidas, desinibidas, politizadas e senso crítico muito aguçado. Muita vez me deparo com professores que dizem, “esses alunos ligados ao teatro, com música... não querem nada com os estudos”, no caso das ciências exatas. Nem todo mundo nasceu para ser matemático, o que seria de nós mortais se não fossem os músicos?   
As escolas sejam públicas ou particulares precisam  urgentemente resgatar as artes dentro da grade curricular, dar o devido valor, descobrir na escola as habilidades dos alunos para o campo artístico. Um mundo sem a presença das artes seria triste, sem cor, sem alegria, sem esperança, sem vida...
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