No palanque a conversa é muito
bonita, “educação será prioridade no meu governo”, depois no poder a conversa é
outra. A educação se torna caso de polícia, a “chibata” come de esmola no lombo
dos professores grevistas que reivindicam melhoria salarial e melhores
condições de trabalho.
As escolas municipais de Icapuí passam
por uma crise de identidade, a missão da escola é ensinar, preparar o cidadão
para sociedade e isso não vem acontecendo, pois o nível de conhecimentos desses
alunos é muito baixo, não acompanham o ensino médio, raras são as exceções de
alunos que realmente se integra no ensino médio sem dificuldades.
Vamos elencar nessa discussão
alguns motivos que levam os alunos a esse baixo nível intelectual nas escolas
municipais para servir de reflexão:
A indisciplina nas escolas
municipais é gritante, os alunos não respeitam os professores, os colegas, o
grupo gestor. A indisciplina na escola alija a aprendizagem, o professor não
consegue repassar os conteúdos. Vejo na indisciplina a falta de autoridade do
professor, do grupo gestor e dos pais, que muitas vezes não é parceiro da
escola, se colocando ao lado do filho, dando razão as traquinasses dos filhos.
Os pais só aparecem na escola na
época da matrícula, depois somem de cena. Aparecem na escola quando convocados,
muitas vezes armados contra o professor, pois o filho é um santo em casa. Ora,
pais com esse tipo de postura não quer o bem do filho, é salutar que a correção
dos alunos se der na escola, pois o mundo corrige os mal feitos dos indivíduos
na chibata ou na bala. Os pais que realmente amam seus filhos acompanham a vida
escolar, tanto na escola, como em casa, corrigindo os excessos dos filhos para
que essa postura negativa não venha a prejudicar no futuro. A grande herança
que os pais podem deixar para seus filhos não é bens matériais, mas
conhecimentos sólidos, que alicerça o caráter dos jovens.
Os jovens necessitam de válvulas
de escape para subliminar suas energias. Uma escola que prioriza o esporte e a
cultura navega no rumo certo. As escolas municipais pecam muito nesses
aspectos, pois não prioriza o esporte dentro da escola. Os interclasses no
passado era uma realidade, os alunos competiam entre si e os melhores alunos
eram selecionados para competirem entre as escolas do município.
O teatro sumiu das escolas, não
vejo mais aqueles grupos de teatro que representavam tão bem nas escolas, nas
praças e nos escambos que acontecia na cidade de Icapuí.
As aulas continuam expositivas,
chatas, sem criatividades..., aluno passivo que não interage nas discussões,
não culpa do professor, pois a escolas não oferecem os meios necessários para o
professor inovar. Tanta tecnologia e, no entanto as escolas não foram tocadas
por essas mudanças tecnológicas.
Os tempos mudaram e os
professores precisam se capacitar para vislumbrar toda essa mudança que vem
acontecendo nesse mundo globalizado. A leitura é uma necessidade para o professor,
se o mestre não gosta de ler, como seus alunos podem gostar de leitura? Não
acredito em professores que não gostam de ler...
A profissão de professor é árdua,
quem pensa que na educação ficará rico é mero engano. O salário dos professores
só cobre as necessidades básicas.
Duas áreas que jamais poderia ser
negociada seriam educação e saúde, no entanto os acordos políticos priorizam
políticos nos cargos sem entender bulhufas. Educação e saúde são inegociáveis. As
escolas preparam a mente do cidadão e a saúde cuida do corpo. Mens sana in corpore sano.
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