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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A Escola Gabriel à Revelia da Lei Maior



No meu histórico como educador na Cidade de Icapuí, tive o prazer de implementar muitos projetos e ao mesmo tempo ser diretor das principais Escolas do Município, diga de passagem que quem arquitetou o  curso Científico para o Município de Icapuí foi esse humilde professor. As inscrições para o vestibular da UERN foi esse professor que trouxe para o Município e estimulou os alunos a fazerem o vestibular, coisa antes reservada a poucos Cidadãos de Icapuí. Antes do Curso Científico todos na cidade de Icapuí eram “obrigados” a cursarem o curso pedagógico e serem professores, pois a cidade carecia desses profissionais.
Como diretor escolar sempre me pus no lugar do professor, até porque a passagem de gestor pelo poder é passageira, depois tens que voltar a sala de aula. Na minha vida de gestor nunca procurei complicar a vida do educador, pois sei o quanto é trabalhalhosa. Muitas vezes os pais se estressam apenas com um filho, imagine um professor com 900 alunos passando por suas mãos semanalmente. 
Na escola Gabriel meu salário foi descontado parceladamente em dois meses de  R$ 356,00, totalizando R$ 712,00 reais, faltas que o professor pode recuperar durante o processo escolar. Por tido uma postura crítica na greve a penalidade foi descontar salário. Interessante que na escola muitos faltam por motivos banais e não tem esse castigo, sempre a panela da escola se livra das penalidades impostas daqueles que não estão acostumados com a democracia. 
No ano 2010 foram 48h/a a mais na carga horária desse professor (WP) que não foram computadas na sua carga horária e não pagas. Essas horas foram conquistadas com Projetos e Participação dos eventos na escola e, no entanto ninguém teve a consciência da contar ou pagar. Quando se trata de descontar o negócio é rápido e eficiente.
O professor ganha pouco e depende desse salário para sobreviver, descontar por imposição da CREDE ou da SEDUC por os professores terem feito uma greve, diria que é muita fraqueza do grupo gestor que obedecem cegamente as ordens." Nas escolas lhe ensinam a dura missão, de morrer pela pátria e viver sem razão".
De todos os diretores que passaram pela Escola Gabriel foi a primeira vez que os salários dos professores foram descontados sem nenhum diálogo, sem aviso prévio.
O mais curioso é que nem todos os professores sofreram essas medidas punitivas, só os mais críticos que passaram pelo purgatório para se render ao sistema autoritário.
Cabe ao professor que sofreu essas penalidades autoritárias cumprirem sua carga horária e parar, se faltam mais aulas para a recuperação cabe ao grupo gestor irem para sala de aula, pois  foi descontado e o professor depois de cumprido sua carga horária  não tem obrigação de ministrar horas extras, até porque para receber essas aulas é uma via-sacra, para descontar o negócio é rápido, para pagar é uma dor de cabeça, pois a demora para pagar é lenta, quando se paga.
Aos técnicos da CREDE deveriam consultar os professores a esses descontos exorbitantes, parece que esses tecnocratas têm o prazer de descontar e prejudicar o professor, não vou nomear os nomes para não faltar com a ética profissional.
Quanto ao diretor da CREDE precisa ser mais presença na educação, menos política e mais educação, visitar as escolas e conversar com os professores, os gestores não são donos da verdade.
Essas atitudes arbitrárias não motivam o professor, o profissional ganha tão pouco e depende desse salário para sobreviver e aparece um Hobin Hood às avessas para “tirar” do professor. Nessa linha de trabalho não se constrói uma educação de qualidade.
E fica minha indagação política, quem acompanha as faltas do grupo gestor?
   
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