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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Mente vazia, oficina do diabo





As pessoas regozijam-se, de modo geral, no final de cada ano por mais um ano vivido. A vida é uma grande dádiva da natureza: viver com saúde, percebendo mensalmente o fruto do seu trabalho ($) com dignidade, de bem consigo mesmo e com a vida social; é bom demais. Esses momentos de prazer poderiam chamar de Felicidade (?). As viagens dantescas às quais fomos designados a trilhar [purgatório – inferno], não por opção, mas por imposição do sistema, são recompensadas pelas alegrias do paraíso, embora sejam ínfimos esses momentos, vale contudo a pena de serem aproveitados. No atual contexto de vida a prerrogativa é o mais velho morrer primeiro; no atual contexto societário é coisa do imaginário popular, hoje basta nascer para morrer prematuramente. A violência tem levado tantos jovens na flor da idade a óbito por motivos banais, encantamentos de falsa felicidade advinda pelo consumo das drogas. A sociedade brasileira vive uma epidemia causada pelo consumo do CRACK, barato e de fácil aquisição, que mata os mais vulneráveis racial e economicamente. As classes mais abastadas não estão imunes à praga das drogas, porém possuem condições financeiras para se internar em clínicas de reabilitação. Ao pobre só o abandono das ruas, na melhor das hipóteses; na pior, torna-se alvo de chacinas. As drogas mais sofisticadas como a cocaína, ecstasy, LSD, heroína e outras, os ricos consomem nas baladas noturnas. O próprio álcool, por ser uma droga lícita, penetra nos lares com mais facilidade. Quando o indivíduo cuida, é tarde, se torna mais um dependente químico. As escolas públicas e religiosas do passado são bastante criticadas hoje por alguns educadores modernos, por terem sido autoritárias, 'alienantes', elitistas e manter uma relação vertical, professor-aluno; porém estavam imunes das drogas e de seu poder destruidor. As escolas de outrora sabiam preencher o tempo livre dos alunos com tarefas, esporte, lazer, cultura, religiosidade, família, convivência... Quem foi aluno marista sabe muito bem os momentos de alegria e jamais esquecidos. A atual Educação Pública no Brasil é uma grande falácia, alimentada por uma propaganda midiática paga pelo governo. Os índices estatísticos incriminam a nossa 'pátria educadora', os números não mentem. Ter sucesso na vida é cursar uma faculdade e, por conta dessa “corrida ao ouro de tolo”, os cursos profissionalizantes ficam em segundo plano. O ENEM reforça essa ideia segundo a qual para se dar bem na vida é preciso cursar um curso de nível superior; entretanto, por que não um curso técnico? Uma histeria nacional o exame do ENEM, nada contra, mas é preciso investir nos cursos profissionalizantes. Nem todos querem cursar o ensino superior, mas profissionalizar-se e entrar logo e firme no mercado de trabalho. Um bom técnico hoje numa empresa estatal, como a Petrobras, ganha melhor do que muito universitário. Hoje a educação leiga tornou-se uma negociata: os colégios particulares não estão preocupados em preparar cidadãos, mas robotizar os alunos para responderem alternativas nas provas dos vestibulares. A educação caminha na contramão do desenvolvimento sustentável. A tão sonhada felicidade que todos correm atrás fica restrita a uma minoria, ficando a maioria marginalizada, à mercê do destino dantesco, sem poderem usufruir do paraíso edênico que pertence a todos os mortais. A temporalidade terrena é um lampejo, passa tão rápido; só percebemos quando olhamos no espelho e vemos a quantidade de cabelos brancos na cabeça. Uma reflexão se faz presente: mais um ano se passou e o que eu fiz de concreto para tornar o mundo mais acolhedor? Enquanto as famílias, escolas e sociedade não preencherem esse vazio existencial dos jovens, vamos continuar derramando lágrimas por entes queridos que se foram antes do tempo; aos mais velhos, apenas a difícil missão de enterrar os jovens. As famílias totalmente desestruturadas não CUIDAM do maior patrimônio de suas vidas: a Juventude. Os jovens entregues ao mundo de “mão beijada”, já que o mundo lá fora é uma 'casa de terror'. A escola é teoricamente acolhedora; é bom frisar, porém, que a instituição de ensino não é pai nem mãe, os objetivos da escola deságuam na aprendizagem cidadã. A escola desaparelhada, sozinha não consegue EDUCAR, é necessária a presença dos pais e da sociedade nessa difícil missão de ensinar na contemporaneidade.








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