A classe de professores é,
historicamente muito desunida, nem no xilindró se unem por uma causa
comum, por isso ao longo da história tem perdido seu papel relevante
dentro da sociedade. Por serem os “detentores do saber” deveriam fazer
uma leitura precisa dos fatos sociopolíticos e reivindicar
'coletivamente' seus direitos. No entanto não é isso que se vê no dia a
dia.
Quando o professor, não todos, ocupa cargo de gestor escolar,
coordenador pedagógico, ou mesmo de Secretário de Educação já estufa o
peito e empina o nariz numa posição de chefe, A transformação é rápida,
de professor para opressor.
O Brasil vivenciou a sociedade
escravocrata durante séculos, as raízes escravocrata estão muito
presente na nossa cultura tupiniquim. O indivíduo se sente bem em e
perseguir seus colegas de trabalho, de mandar, de humilhar, satisfaz o
ego com o sofrimento alheio.
Os indivíduos com essa postura
autoritária são pessoas sofridas pelas refregas da vida, psiquismo
doentio e revanchista. E oriundos de famílias menos favorecidas e
desestruturadas corre sérios riscos de serem opressores de mão cheia,
muitos superam essas posturas autoritárias pela educação crítica que
forja o cidadão.
O poder é efêmero, hoje sou gestor, amanhã serei professor...
No Brasil durante o período escravocrata existia negros com escravos e
negros feitores. Os negros escravocratas aderiam a escravidão para
ascender socialmente. Os feitores negros muitas vezes eram piores do que
os brancos no trato com seus irmãos de cor, precisavam agradar o sinhô
para ter um trato diferenciado dos outros negros. Dentro do território
senhorial e na sociedade todos eram negros e escravos.
Nessa linha
de pensamento alguns profissionais da educação cegamente seguem esse
pensamento, pobres de espírito, ou como dizia um antigo professor meu,
irmão Régis Pierre, “espírito de porco”.
Por essas posturas
arbitrárias os professores não tem conseguido salários dignos, respeito e
condições compatíveis com sua profissão. No Japão o professor é
respeitado pela sociedade e tantas outras nações que
conseguiram seu desenvolvimento pelo caminho da educação.
Numa
greve que é direito do cidadão, muitos se esquivam com medo das
represálias, ou até mesmo por alienação política. Os que ficam de fora
ficam torcendo que os grevistas se lascarem.
Muitos profissionais
da educação carecem de formação política, por mais alto que seja o cargo
dentro da educação serão sempre professores, o que sobe desce, a leis
gravitacional também funciona na vida.
A consciência de classe na
visão marxista deve estar muito presente nas nossas atitudes para não
nos tornarmos opressores, saber distinguir o joio do trigo.
“Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas”.
O professor - educador necessita urgentemente imbuir-se de novos
paradigmas, agir com sensatez, romper das amarras do passado que não
liberta, mas escraviza o EGO doentio e oportunista.
Para encerrar a reflexão nada melhor do que recorrer ao nosso grande mestre da educação, Paulo Freire:
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
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