A nossa
educação literária hoje tem muito a desejar, arrisco em dizer que nossas
escolas no Brasil de hoje poucas apostam nas leituras dos clássicos da
literatura universal. Até o curso de letras que deveria primar pela leitura dos
clássicos foge a regra e quando trabalha um livro é por capítulos, o livro todo
pegam o resumo na internet. Hoje nosso conhecimento literário é fragmentado,
como todas as ciências que são ministradas no ensino básico. Nem os clássicos da literatura portuguesa são
trabalhados nas escolas. Até os próprios professores não leram meia dúzia dos
clássicos que marcaram a história. Existe uma apatia pela leitura na vida dos professores.
A desculpa é clássica: livro é caro. É a desculpa mais esfarrapada que um
professor possa inventar se é que possamos chamar uma pessoa dessas de
professor. Se nossos professores não gostam de ler imaginem nossos alunos?
Em minha
opinião deveria haver um projeto nacional nessa linha de conhecimentos dos
clássicos da literatura, que os alunos terminassem o ensino básico com uma ideia mínima dos clássicos, dando prioridade para os clássicos da língua
portuguesa. Uma coisa é certa, a nossa elite não tem interesse que nossos
jovens tenham conhecimentos e criticidade da realidade. Preferem que nossos
jovens se alienem nas drogas, assim é mais fácil manipular, com R$ 2,00 reais
se compra uma pedra.
O gosto pela
leitura se adquire na escola, foi assim que me apaixonei pela “boa” leitura e nunca
mais abandonei a “boa”. Toda escola básica deveria possuir uma biblioteca com
os livros dos mais variados áreas de conhecimentos. O professor incentivar os
alunos para lerem e a escola emprestar os livros para os alunos. Hoje nossas
bibliotecas estão sucateadas, tem mais livros didáticos usados pelos alunos e
foram despachados, melhor falando, as nossas bibliotecas são depósitos de
livros usados.
Não se
aprende português com maestria apenas com fórmulas prontas, se aprende lendo.
Tive um professor no Colégio Cearense de Fortaleza, marista, quando fazia o 2º
grau, nunca esqueci suas palavras: “se aprende a língua portuguesa lendo meus
amigos”, se não me falha a memória era o professor Hugo(?), não sei mais seu
sobrenome.Aquelas palavras penetraram no
meu espírito como uma flexa ardente, diretamente no meu espírito.
O gestor de
educação não pode deixar de investir na leitura, incentivar os alunos a lerem e
discutir as obras. Não tem sentido as redes sociais serem mais interessantes do
que os livros. Vamos usar as redes sociais para incentivar a leitura no
conhecimento dos clássicos. A tecnologia permite que as pessoas leiam os livros
pela internet. As bibliotecas das Universidades disponibilizam esse recurso
tecnológico para os internautas.
“Livro eletrônico, ou
e-book, é um livro digital que você pode ler em uma tela de computador. Alguns
livros eletrônicos também podem ser lidos em um dispositivo eletrônico como em
qualquer lugar com os Handhelds como os Pocketpcs, Wince, Palm.
As vantagens são
inúmeras: os livros eletrônicos podem ser baixados instantaneamente pelos
usuários num clique de mouse (por meio de download). É de fácil manipulação. “Durante
a leitura, por exemplo, a ampliação do tamanho de letra, a possibilidade
de criar anotações ao longo do texto e os recursos de pesquisa de palavras e
uma série de recursos que vem sendo desenvolvido a cada dia”.
Vale a pena enumerar
alguns clássicos que merecem uma leituras nos dias de hoje, fosse enumerar
todos aqui não seria uma artigo, mas uma enciclopédia e isso não é o nosso
propósito.
1. "Ilíada", de
Homero
2.
"Odisseia", de Homero
3.
"Eneida", de Virgílio
4. "Dom
Quixote", de Miguel de Cervantes
5. "Robinson
Crusoé", de Daniel Defoe
6. "Tom
Jones", de Henry Fielding
7.
"Persuasão", de Jane Austen
8. "O Vermelho
e o Negro", de Stendhal
9. "O Pai
Goriot", de Honoré de Balzac
10. "Jane
Eyre", de Charlotte Brontë
11. "O Morro
dos Ventos Uivantes", de Emily Brontë
12. "Moby
Dick", de Herman Melville
13. "A Casa
Soturna", de Charles Dickens
14. "Madame
Bovary", de Gustave Flaubert
15. "O Fauno
de Mármore", de Nathaniel Hawthorne
16. "Guerra e
Paz", de Leon Tolstói
17. "O
Idiota", de Fiódor Dostoiévski
18. "O Primo
Basílio", de Eça de Queirós
19. "Memórias
Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis
20.
"Pan", de Knut Hamsun
21. "Judas, o
Obscuro", de Thomas Hardy
22. "Coração
das Trevas", de Joseph Conrad
23. "As Asas
da Pomba", de Henry James
24. "Howards
End", de E. M. Forster
25. "Morte em
Veneza", de Thomas Mann
26. "A Época
da Inocência", de Edith Wharton
27. "Mulheres
Apaixonadas", de D. H. Lawrence
28.
"Ulisses", de James Joyce
29. "O Grande
Gatsby", de F. Scott Fitzgerald
30. "O
Processo", de Franz Kafka
31. "O Sol também
Se Levanta", de Ernest Hemingway
32. "Narciso e
Goldmund", de Hermann Hesse
33. "Enquanto
Agonizo", de William Faulkner
34. "As
Ondas", de Virginia Woolf
35. "O
Estrangeiro", de Albert Camus
36. "O
Apanhador no Campo de Centeio", de J. D. Salinger
37.
"Lolita", de Vladimir Nabokov
38. "Grande
Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa
39. "On the
Road - Pé na Estrada", de Jack Kerouac
40. "O
Gattopardo", de Giuseppe Tomasi di Lampedusa
41. "O
Tambor", de Günter Grass
42. "Coelho
Corre", de John Updike
43. "Cem Anos
de Solidão", de Gabriel García Márquez
44. "A Hora da
Estrela", de Clarice Lispector
45. "À Espera
dos Bárbaros", de J. M. Coetzee
46. "Os Filhos
da Meia-noite", de Salman Rushdie
47. "Meridiano
de Sangue", de Cormac McCarthy
48.
"Amada", de Toni Morrison
49. "O
Evangelho Segundo Jesus Cristo", de José Saramago
50.
"Submundo", de Don DeLillo
O banquete intelectual foi
posto na mesa, falta apenas degustar, aproveitem.
“... carpe diem, quam minimum credula
postero”.
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