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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Viver a vida intensamente!

Muitos figurantes vivem perdidos na vida terrena. Contentam-se com as mesmíssimas coisas todos os dias, resmungando, privados de deliciar a vida. A rotina corrói suas vidas e, no entanto, não se rebelam; acomodam-se com migalhas, sem procurar criar algo de novo. O novo exige enfrentamento, coragem, adaptação a novas e inesperadas situações. É mais cômodo cruzar os braços e deixar o tempo passar, rumo a sepultura, na lápide escrito: aqui jaz um idiota. Dentre os dirigentes são poucos os que ousam, criam o novo, até porque não foram escolhidos para mudar nada, mas sim para perpetuar o sistema vigente. Os chefes aprenderam apenas a direcionar e dar ordens, de modo unilateral - sem questionar o que fora secularmente estabelecido. As instituições civis e religiosas seguem um ciclo ininterrupto de fantasias, seguindo os pontos tracejados pelos grupos dominantes. Estão falidas, porque não tiveram coragem de modernizar. As igrejas se comportam como nos tempos medievais, não conseguiram discernir os novos tempos. O Estado burguês não corresponde aos anseios do povo; os que tentam arejar acabam relegados ao anacronismo e ao isolamento social. O Estado foi criado para oprimir e segue sua existência dentro da História com objetivos bem claros e definidos. O povo nas mãos dos políticos oportunistas é um joão-ninguém. Caminha num labirinto, perdido, não sabendo distinguir o caminho que leva à liberdade. Para ele, pois, é bem mais cômodo permanecer nos grilhões da servidão. O ser que passa pela vida e não cria nada de novo, vegeta no seu futuro, iludido na falsa ilusão de viver a vida.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A última flor do Lácio

“Esta língua é como um elástico que espicharam pelo mundo" (Gilberto Mendonça Teles).
Muito se tem falado sobre o bom uso da língua portuguesa. No entanto cada vez mais escrevemos e e falamos mal a língua mãe, a última flor do Lácio. As estatísticas comprovam isso. Numa pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios(NUBE), 40% dos candidatos são reprovados pelos erros de português, principalmente alunos do ensino médio, 49,1%. O ENEM também aponta a nossa deficiência no trato da língua portuguesa. O ensino da língua portuguesa tem enveredado por caminhos que não tem ajudado os alunos a entenderem a língua. O aluno é obrigado a decorar regras de português e a ler livros que foge a sua compreensão. Seria mais interessante incentivar os alunos a lerem com afinco, respeitando o grau de dificuldades de cada aluno, dentro da faixa etária, criando o hábito de leitura. Aprende-se a escrever bem e falar com desenvoltura com leituras dos clássicos da língua portuguesa e a posteriori os clássicos da literatura mundial, sempre acompanhado por um bom dicionário. A escritora Patrícia Secco gerou uma polêmica nos meios acadêmicos ao simplificar a obra de Machado de Assis numa linguagem mais acessível aos jovens. Em junho a escritora lançará a obra machadiana “O Alienista” (1882), juntamente com a obra alencarina “ A Pata da Gazela”(1870). Os críticos apontam que essa simplicação vai empobrecer a obra machadiana e ao mesmo tempo nivelar o nível de conhecimento por baixo. Secco se defende ao dizer que não muda o estilo do escritor e muito menos empobrece a obra: “ A ideia não é mudar o que ele disse, só tornar mais fácil.” Pesquei na internet um comentário de uma vestibulanda sobre o livro de José de Alencar, a "Pata da Gazela" : "muito bom, me ajudou muito tenho dificuldade em interpretar livros com palavras "difíceis" sendo que baixei o livro "original" só que acabei procurando o resumo e esse é muito bom principalmente para vestibulandas como eu". As resenhas das obras clássicas se encontram aos montes na internet, os cursinhos de pré-vestibulares já trabalham com essas obras resumidas. A polêmica se deu por causa da oficialidade do evento, ou seja, a publicação divulgada pelos meios de comunicação. As traduções dos clássicos por mais que sejam bem traduzidas, sabemos que muitas palavras são intraduzíveis, como diz o ditado latino: “Todo tradutor é um traidor”. “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” , assim se expressou o maior poeta da língua portuguesa, Fernando Pessoa. Vale a ousadia de Secco para estimular o hábito de leitura junto a população brasileira que ler pouco e mal. A escritora Secco enveredou por esse caminho, que não é novo, pode ser um saída para os jovens criarem o gosto pelos escritores brasileiros. Contudo outros caminhos existem, poderia se começar com as obras machadianas pelos contos, os mais curtos, partindo do mais simples para o mais complexo. O importante é plantar a semente do bom leitor na cabeça do público infantojuvenil, para que aprendam a ler com qualidade e criticidade. As escolas pelo menos as públicas perderam o hábito de cobrar dos alunos leituras das obras estudadas em sala, o argumento é que os alunos não podem comprar livros paradidáticos, porque são caros. As bibliotecas sucateadas não possuem um acervo literário que permita empréstimos dos livros solicitados pelo professor, quando tem, é apenas uma obra e não pode atender a demanda. Mas não é desculpa, pois a internet hoje permite ao aluno baixar diversas obras de diversos autores. Enquanto as polêmicas se arrastam, a nossa língua padece, a “última flor do Lácio, inculta e bela”, verso do soneto a "Língua portuguesa", de Olavo Bilac, poeta parnasiano.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A violência, o "pão" nosso de cada dia

Nestes tempos sombrios o cidadão brasileiro tem assistido espetáculos de violência ao vivo. Às câmeras de segurança tem registrado crimes e os meios televisivos transmitem essas imagens de violência sem respeitar os horários dedicados ao público infantojuvenil. As cenas chocantes se repetem sucessivamente, e o apresentador faz a festa em cima da carne seca, atrás da audiência midiática. As cenas têm chegado aos lares brasileiros cheirando a sangue fresco, essas cenas tem banalizado a violência numa lavagem cerebral visual. As pessoas perdem suas vidas por questões banais, uma batida de carros no transito chega aos extremos, quando se poderia se resolver no diálogo. O caubói, como no velho oeste, saca a arma e atira, tirando a vida de um pai de família na frente dos filhos e dos que transitam no momento. Os apresentadores sensacionalistas passam semanas batendo na mesma tecla, até cair no esquecimento da população. Muitos crimes chocantes saíram de cena, ninguém fala mais no Caso da freira Dorothy Stang, Ives Ota, Celso Daniel, Liana Friedenbach, Caso Bruno, Tim Lopes, Caso Realengo, Maníaco do Parque, Caso Viúva Negra, Caso Suzane, Mércia Nakashima, Caso Chico Mendes, Caso Lindomar, Serial Killer de Passo Fundo, Ônibus 174, Caso Daniela Perez, Isabella Nardoni, o Caso da manicure que matou uma criança asfixiada num quarto de hotel e agora nesses dias a mídia tem falado do Caso do menino Bernardo Uglione Boldrini, no Rio Grande do Sul, morto pela ex-babá e a madrasta. O Cidadão se torna inerte diante de tanta violência, vendo as coisas de maneira natural. Vivemos num clima de insegurança, saímos de casa e não temos a certeza de voltar para nossa residência. Tantos crimes poderiam ser evitados, mas a impunidade e a estupidez no Brasil são tamanhas, que cometer crimes é quase normal, pois apostam na “justiça cega”. Os simples mortais ficam atônitos, imaginando que o Brasil não tem jeito, ficam reféns do medo ou se armam na ilusão de estarem protegidos com uma arma de fogo. A sociedade brasileira tem jeito, precisamos diminuir a desigualdade social, combater a corrupção, a impunidade, eleger políticos sérios que tenham compromisso com o povo. O Brasil não é um beco sem saída, precisamos como cidadãos participar das decisões políticas, punir os culpados pelos crimes de maneira exemplar, investimento maciço na educação, uma mídia que prime pela ética. Não tem sentido um presidiário custar aos cofres públicos mais que um aluno das escolas públicas. Enquanto enveredarmos por esses caminhos tortuosos, continuaremos convivendo com violência em larga escala. Cabe ao cidadão-eleitor escolher: o bandido ou cidadão.
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