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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O que é esclarecimento?

"Ora homem é, acima de tudo, um ser livre e isto se manifesta e se realiza, na dimensão da práxis. Realiza-se na práxis a passagem das inclinações da natureza sensível para a razão pura. É a partir da pura razão que se deve estabelecer a norma do agir do homem”.
O filósofo Immanuel Kant (1724 - 1808) escreveu um artigo, respondendo à pergunta, o que é esclarecimento? (Aufklärung). O artigo questiona pessoas que são esclarecidas e, no entanto fogem das discussões diante do poder. Muitas vezes o cidadão possui conhecimentos sólidos, contudo não interage diante dos fatos sociais, preferem serem conduzidos pelos outros. Então, o que é esclarecimento? Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento [Aufklärung]" (KANT, 2005c, p. 63-64). É mais cômodo viver na menoridade, assim passa despercebido e consegue galgar posições profissionais para seu bem-estar, de seus familiares e amigos. Na política os políticos vivem constantemente se escondendo dos embates políticos, legislam em causa própria. Encontrar políticos em manifestações e greves é coisa rara, preferem sombra, água fresca e brisa debaixo da 'árvore do pecado' a defender o povo. Quando é para benefício próprio os preguiçosos e os covardes correm atrás do trem da alegria. A preguiça, a covardia, o medo, o comodismo, oportunismo neutraliza os embates com o poder constituído, é mais cômodo pagar alguém para assumir esse papel de frente e ficar nos bastidores. [...] "Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis". A liberdade e a autonomia são princípios que me deixa a vontade de criticar as coisas erradas, de não aceitar as ordens que vem de cima para baixo, liberdade é usar a consciência livremente, sem medo de represálias. Poucos na sociedade têm a coragem de dizer: sou livre, minha moral me permite esse estado de leveza do meu ser. As pessoas que se encontram nesse estágio de menoridade estão em todos os setores da administração, seja pública, ou privada; na política, na justiça, na educação, nas igrejas, enfim, em todas as instâncias sociais de uma sociedade excludente. O cidadão não pode por hipótese alguma se ausentar da participação política, é preciso ousar, como diz Kant, "ousa, atreve-te, a saber,". Cabe a educação introduzir nas escolas desse Brasil o esclarecimento para seus alunos, para que os mesmos usufruam da liberdade tão desejada pelos seres humanos, sem liberdade somos escravos do sistema capitalista. Se formos esperar pela maioria dos políticos nunca vamos reverter essa situação de injustiça social. É muito raro hoje instituições de classes se envolverem, o MST e CUT braço direito do PT, calados, porque fazem parte do poder. Apenas uma minoria que esporadicamente tem a coragem de pensar de maneira autônoma e independente, "Se chega alguém querendo consertar Vem logo a ordem de cima Pega esse idiota e enterra". Vivemos numa sociedade que não estimula o cidadão a pensar, tudo surge prontinho, basta consumir ("todinho"). Os meios de comunicação a todo momento invade nossos lares sem permissão, nos alienando, estimulando a consumir de maneira desenfreada e sem necessidade, alimentando ilusões nas mentes fracas, através das telenovelas. É difícil não haver conhecimentos nesses tempos atuais, só que o conhecimento crítico é pouco visto e não chega para quem realmente precisa. Tantas tecnologias que levam informação, e não saímos da mesmíssima; todos os dias nos sentamos nos bancos das praças alimentando os pombos. É triste, mas é a nossa realidade nua e crua. Para reverter esse quadro precisamos esclarecimentos críticos nas escolas, professores livres e esclarecidos. Acredito que ninguém queira o castigo de Prometeu Acorrentado, viver eternamente preso. A liberdade é uma dádiva da natureza que precisamos conquistar todos os dias. Vivemos numa sociedade esclarecida? “Não, vivemos em uma época de esclarecimento. Falta ainda muito para que os homens, nas condições atuais, tomados em conjunto, estejam já numa situação, ou possam ser colocados nela, na qual em matéria religiosa sejam capazes de fazer uso seguro e bom de seu próprio entendimento sem serem dirigidos por outrem. Somente temos claros indícios de que agora lhes foi aberto o campo no qual podem lançar-se livremente a trabalhar e tornarem progressivamente menores os obstáculos ao esclarecimento geral ou à saída deles, homens, de sua menoridade, da qual são culpados. Considerada sob este aspecto, esta época é a época do esclarecimento". A resposta de Kant no século XIX é não. E hoje? Também não, apesar de tantas facilidades, estamos numa época de esclarecimento, preferimos ser acorrentados pelo pescoço e sermos jogados no mar, pelo menos a maioria pensa assim...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os grupossauros das Escolas Municipais de Icapuí





“A função da escola é ensinar as crianças como o mundo é,
 e não instruí-las na arte de viver” – Hannah Arendt



O termo linguístico “grupossauros” é um neologismo criado por mim, como gosto de inovar e criticar as coisas erradas. Nem sempre compreendido pelos ditos democráticos, quando se pisa no pé grita e feio. Nesse texto reservei umas críticas à educação das escolas públicas de Icapuí, pode se passar uma eternidade fora  das escolas, quando se pisa, ‘o mesmo lenga-lenga todo dia’( faz me lembrar Lenga  lenga com seu triângulo, vendendo seus picolés em Canoa Quebrada), pessimismo, pessoas que ocupam o mesmo cargo a anos, sem criatividade, sem tesão pela educação.
Em qualquer escola do município são os “grupossauros” de sempre, fechados, mal-amados e donos do pedaço no qual dirigem. Entra ano e sai ano e esses grupos se mantêm no poder. São totalmente avessos ao novo e tramam contra aqueles que acreditam na educação e tentam mudar a realidade da escola. Essas panelinhas e panelões se encontram em todos os setores da administração pública. Por isso que a máquina pública não funciona, enferrujou, parou no tempo... E agora José¿
Não consigo ficar dentro da escola sem elaborar um projeto, me dói fazer a mesmíssima coisa todos os dias, ver os resultados negativos e se calar, a falta de autoridade dos professores de verem o circo pegar fogo e não reagirem.  A indisciplina campeia a sala de aula e o professor não tomar nenhuma atitude, deixa a coisa rolar, “o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende”.
Vivenciamos uma crise de autoridade, a priori na família, depois na escola e na sociedade, as leis são muitas e bem elaboradas, falta o cumprimento delas por parte da justiça que há muito tempo tirou as venda dos olhos, finge de cego para os pobres e arregala os olhos para os detentores do poder.
Retomando o assunto para não fugir dos fatos. Depois de um tempo retornei a escola Mizinha, não mais como diretor, nem professor, fui readaptado. Estou na sala de informática, meu diagnóstico da sala: internet a passos de tartaruga, poucos computadores e falta de ESPERANÇA..., não tem sentido uma sala de informática sem internet, dois funcionários com 300h., amarrados  pelas mãos.
Elaborei um projeto e vou apresentar aos gestores da escola para melhorar a aprendizagem dos alunos a partir do uso da tecnologia. A primeira etapa é colocar uma internet de vergonha dentro do ambiente escolar para os alunos acessarem a internet com seus celulares ( professores vão chiar e digo, autoridade na sua sala professor!), notebooks, tabletes e  smartphones pela via  WI-FI no ambiente escolar, livre para os alunos e professores acessarem seus aparelhos tecnológicos pela internet.
A segunda parte do projeto é adquirir 50 tabletes para serem trabalhados nas salas de aulas pelos professores em pesquisas escolares. Os tabletes ficarão na escola e sairão da sala de informática previamente agendados pelo professor, todo cuidado é pouco.
Os professores precisam se capacitar em termos tecnológicos, inserir nas redes sociais e dentro desse contexto, usarem esses meios para melhorar a aprendizagem e tornarem as aulas mais atrativas. Nos dias atuais a maioria dos alunos possuem celulares com Internet, o que falta é explorar esse meio tão popular chamado celular com suas redes sociais.
Muitos profissionais da educação estão perdidos com as inovações tecnológicas, muitos não sabem nem desligar um computador. Cabem as Secretarias de Educação capacitar essas pessoas que estão à margem da tecnologia.  Não é legal excluir ninguém do processo educacional, a não ser que o profissional não queira, aí não pode se sacrificar uma “revolução” por conta de uma minoria que teima em fazer educação como nos tempos dos nossos avós, onde a palmatória comia de esmola e tínhamos uma educação excludente, só para os ricos.
Faz-se urgente uma revolução na educação, acabar com esses “grupossauros” das escolas, injetar sangue novo(jovens esperançosos) nas veias da Educação Municipal de Icapuí, acredito nas crianças que estão por vir, que já viram a luz do dia, essa minha geração, com exceções, já foram infectados pelo sistema, tem pouco a oferecer à educação. Nesse desfecho desse artigo recorro à teórica política Hannah Arendt: “A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele”.
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