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quarta-feira, 20 de março de 2013

São Francisco de Assis e o papa Francisco da Argentina



Reza o ditado popular: “Deus escreve certo em linhas tortas”, todos apostavam num papa europeu e deu um latino americano, no caso argentino, escolheu o nome Francisco, em alusão ao maior santo da Igreja católica, São Francisco de Assis. A escolha do nome Francisco foi um recado para os clérigos da igreja católica, o retorno daqueles valores evangélicos que Cristo pregou na terra e foram esquecidos diante do mundo mundano.
O papa Bento XVI renunciou alegando problemas de saúde, a verdadeira razão da renúncia não foi o que ele falou, podem ter até contribuído, mas as razões são os inúmeros escândalos que nos últimos tempos tem sacudido a Igreja católica: pedofilia, homossexualismo, corrupção dentro da Igreja, briga pelo poder, abandono dos pobres, vazamento de informações sigilosas..., o papa se sentiu inoperante diante das forças contrárias, se junta a isso problemas de saúde e idade avançada e num gesto de desprendimento renunciou, preferiu gozar o resto de vida que lhe resta  fazendo aquilo que gosta: ler e escrever.
O novo papa de cara emplacou diante do mundo, parece uma pessoa que tem vontade de trabalhar e fazer um bom pontificado. Vários pontos têm observado nesse papa, umas características a mídia já falou, é da Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loiola. A ordem dos padres jesuítas foi fundada na Contra Reforma e tinha por objetivo combater a Reforma Protestante e levar a doutrina da Igreja aos confins do mundo.  Os padres jesuítas são muito bem preparados intelectualmente e disciplinados militarmente. Alguns jesuítas que contribuíram com as ciências:
·           José de Acosta (1539-1600) - missionário jesuíta e naturalista que escreveu uma das primeiras descrições detalhadas e realistas do Novo Mundo
·         François d'Aguilon (1567-1617) - matemático jesuíta belga, físico e arquiteto.
  • Mario Bettinus (1582-1657) - filósofo jesuíta, matemático e astrônomo; a cratera lunar Bettinus leva seu nome
  • Giuseppe Biancani (1566-1624) - astrônomo jesuíta, matemático e selenógrafo; responsável pela nomeação da cratera lunar Blancanus
  • Joachim Bouvet (1656-1730) - Jesuítas sinólogo e cartógrafo que desenvolveu o seu trabalho na China
  • Niccolò Cabeo (1586-1650) - matemático jesuíta, a cratera Cabeus é nomeada em sua honra
  • Paolo Casati (1617-1707) - matemático jesuíta que escreveu sobre astronomia e aspiradores; A cratera lunar Casatus é nomeado em sua honra.
  • Francesco Cetti - (1726-1778) - zoólogo jesuíta e matemático
  • Guy Consolmagno (1952 -) - jesuíta astrônomo e cientista planetário
  • George Coyne (1933 -) - astrônomo jesuíta e ex-diretor do Observatório do Vaticano
  • James Cullen (matemático) (1867-1933) - matemático jesuíta que publicou o que agora são conhecidos como Números de Cullen na teoria dos números
  • James B. Macelwane (1883–1956) – "O mais conhecido sismólogo jesuítas” e "um dos praticantes mais honrados da ciênciade de todos os tempos", escreveu o primeiro livro em sismologia da América.
  • Paul McNally (1890–1955) – Jesuíta astrônomo e diretor do Observatório de Georgetown; A cratera lunar McNally leva seu nome.
  • Stephen Joseph Perry (1833–1889) – Astrônomo jesuíta e membro da Royal Society, fez observações freqüentes dos satélites de Júpiter, de ocultações estelares, dos cometas, meteoritos, das manchas causadas pelo sol e faculae
  • Giambattista Pianciani (1784–1862) – Jesuíta matemático e físico
  • Giovanni Battista Zupi (c. 1590–1650) – Astrônomo jesuíta, matemático e primeira pessoa a descobrir que o planeta Mercúrio tinha fases orbitais; a cratera lunar Zupus é nomeada em sua honra.

A lista é grande de cientistas jesuítas, citei apenas alguns. Outro fato relevante é a escolha do nome Francisco. Francisco de Assis revolucionou a igreja do seu tempo pelo exemplo, a Igreja se rendeu aos seus ensinamentos. Um livro que deveria ser lido é do historiador Jacques Le Goff, “São Francisco de Assis”, sugestão para os amantes da boa leitura.  
Algumas semelhanças entre São Francisco de Assis e Francisco da Argentina: Francisco de Assis foi um feminista, a sua relação com Santa Clara e a ordem das clarissas. O novo papa demonstrou um apreço por Maria, mãe de Jesus. A fraternidade, simplicidade, ecologista, alegria de viver, opção pelos pobres, condena o poder pelo poder, são semelhanças que vejo nessas duas figuras místicas da Igreja Católica.
Não vamos esperar que o papa Francisco vá revolucionar a Igreja, o novo papa é conservador moderado, o novo nessa história é que Francisco não é do grupo europeu e possui algumas peculiaridades pessoais, como já foi citado. Um papa como João XXIII vai demorar muito para termos a frente da Igreja.  
 A esperança é que esse papa pelo menos arrume internamente a Igreja, que faça valer os valores evangélicos e esteja em sintonia com a modernidade.
“Sempre fui fascinado por São Francisco, um dos mais impressionantes personagens do seu tempo e da História Medieval (...). Francisco foi, muito cedo, aquele que mais que qualquer outro, me inspirou o desejo de fazer dele um objeto da história total, exemplar para o passado e para o presente, escreve Le Goff. Torcemos que esse novo papa se inspire em Francisco, esse grande baluarte da Igreja Católica.

terça-feira, 12 de março de 2013

Para onde caminha a nossa bendita educação?

Nas últimas décadas a educação no Brasil caminha na contra mão em termos de qualidade, melhorou nos aspectos quantitativos, mas no quesito qualidade nossa educação fracassou. Os governos tem uma preocupação com as disciplinas de português e matemática e as estatísticas são cruéis, os alunos terminam o ensino básico sabendo muito pouco de matemática e falando mal a língua mãe. A minha indagação é a seguinte, se as disciplinas amparadas pelos governos vão mal, imagine as disciplinas que não tem essa atenção federal? Vou me debruçar na disciplina de história e vender meu peixe, já que sou professor de história. Aquela história de decoreba é coisa do passado, antigamente se decorava os fatos históricos sem uma análise crítica, ainda acontece com aqueles professores despreparados que não estão sintonizados nos tempos atuais. Os alunos hoje aprendem história desmotivados, porque a história não tem o devido valor, a partir dos governos, por que priorizam tanto a matemática e o português e esquecem as outras disciplinas? Os argumentos que defendem essa “lógica de raciocínio” não me convencem. Todas as disciplinas tem seu valor. Todo o fato histórico está dentro de um contexto, ou seja, o tempo e o espaço, exemplificando: Revolução francesa, 1789, século XVIII. Os alunos são incapazes de pegar um fato histórico e contextualizar no tempo e espaço e muito menos fazer uma análise crítica. A história costuma ser dividida didaticamente em quatro períodos: antiga, medieval, moderna e contemporânea, se por acaso o professor perguntar, a Revolução Russa, 1917, veio antes ou depois da Revolução Americana, 1776, com certeza a maioria não sabe responder. Não estou defendendo que os alunos saibam o ano preciso, mas pelo menos o século, e saber que a RA aconteceu antes da RR. A história do Brasil é ainda pior, nossos alunos conhecem muito pouco da sua história, não vou enveredar pela história do Ceará, ou até mesmo a história da sua cidade, aí é que a coisa pega. Como podemos ter uma identidade nacional se conhecemos tão pouco a nossa história? A história do Brasil se costuma dividir para melhor se estudar do seguinte modo: Colônia, Império, República Velha, Era Vargas, Populismo, Regime Militar e a Nova República. Didaticamente é essa a divisão para se estudar a história do Brasil. O que acontece com a história geral, também acontece com a história do Brasil. A nossa história se passasse pela máquina da verdade, pouca coisa restaria de veracidade, os fatos históricos foram escritos pela elite letrada, o povo não sabia ler nem escrever, servia apenas para sustentar a elite com seu suor. Diante dessa crítica os alunos costumam perguntar, por que então estudar a história se é mentirosa? Aí vem o papel do professor de história, pegar esses fatos históricos e analisar com os alunos o que seja verdade e mentira, dissecar os fatos até os ossos, e refazer essa história na ótica do oprimido. Hoje no Brasil existem muitos estudos que desmascara a história oficial, é salutar fazer um estudo comparativo da história oficial com a história nova na busca de novos paradigmas. O conteúdo de história deveria ser revisto, é muito assunto, deveriam selecionar os fatos que interessam os alunos e os mais próximos da sua realidade. Muitas vezes o aluno termina o ensino médio sabendo o mínimo do mínimo de história, sem criticidade nenhuma. O ENEM hoje busca a interdisciplinaridades com outras disciplinas e o raciocínio lógico do aluno diante dos fatos históricos. É preciso uma Revolução na Educação, principalmente no ensino básico. O norteador da educação é ensinar o aluno a pensar de maneira crítica.

terça-feira, 5 de março de 2013

Espaço Digital e Cultural da Juventude Aracatiense


Durante certo tempo tenho lapidado alguns projetos do interesse da cidade de Aracati. O que tem me animado foi essa nova gestão que chegou ao poder, composta por jovens que mostram vontade política de fazer, isso é muito salutar na política brasileira.  
O governo do Estado do Ceará criou um projeto chamado “Ilhas digitais”, que tem como objetivo assegurar e democratizar o acesso à informação e ao conhecimento. Sinteticamente o Projeto Ilhas Digitais constitui se, basicamente, de quiosques ou salas,  estruturados com cinco computadores e impressora interligados em rede e à Internet, proporciona a custo subsidiado o acesso da população às tecnologias da informação, principalmente, a estudantes e População de baixa renda.
No meu ponto de vista esse Projeto é muito restritivo, tanto no título, ou seja, “Ilha”, espaço reduzido, isolado por águas , como também no ponto de vista tecnológico, não atende aos anseios de uma cidade grande. Hoje qualquer escola municipal possui uma sala de informática nesses moldes das Ilhas digitais do governo do Estado.
Nessa minha angústia de criar uma coisa nova e que atenda a juventude de Aracati nos vários aspectos culturais, científico e tecnológico venho lapidando o “Projeto Digital da Juventude de Aracati” com endereço na Praça padre Champagnat. Vamos esmiuçar um pouco o Projeto nesse artigo para melhor compreensão do Projeto, vale ressaltar que o Projeto está aberto a sugestões, é apenas um “rascunho do Projeto” que falta se adequar a cientificidade dos projetos acadêmicos.
O Projeto é voltado para a juventude mais carente do Aracati que não dispõe ainda das novas tecnologias. Não impede que outras classes sociais sejam atendidas, as relações interpessoais é parte desse projeto.
Na praça padre Champagnat teremos espaço aberto para internet, de graça, para que os jovens usem seus tablets, notebooks, celulares e tantos outros aparelhos de acesso à internet.
Em um quiosque teremos vários tablets para empréstimos aos jovens mais carentes que não possuem essa tecnologia. Um quiosque com computadores fixos para que os jovens façam suas pesquisas e acessem as redes sociais, tudo isso muito bem planejado para que o projeto mantenha suas máquinas em bom estado de conservação.
O Projeto não para apenas na parte tecnológica, durante as sextas-feiras muita cultura para os jovens com teatro, música, filmes, documentários palestras, pintura ao vivo com os artistas da terra, danças resgatando a nossa cultura, festival de gastronomia, enfim manifestações culturais de interesse da juventude. A juventude terá seu espaço de manifestação, que chamo de Tribuna Livre da Juventude, onde os jovens possam fazer suas críticas.
A segurança é de suma importância, por isso defendemos câmeras de segurança ao redor da Praça padre Champagnat, com policiamento ostensivo para que os pais e os jovens se sintam com segurança nesse espaço reservado ao jovem aracatiense. Nesses tempos de drogas que vicia e mata tanto jovem é preciso ocupar essa juventude com divertimentos sadio e informativo.  
Projetos é até fácil de escrever, o problema é dinheiro para montar e manter. Pensamos nisso também, e creio que essa parceria Congregação marista-prefeitura e outras parcerias que queiram somar é muito salutar para o projeto sair do papel. Por que a Congregação Marista?
A praça leva o nome do fundador da Congregação marista, padre Marcelino Champagnat;
O Projeto atende aos jovens e o fundador como os irmãos maristas tem um carinho especial pela formação dos jovens;
O Projeto é educativo, a missão dos irmãos maristas é educar os jovens, Champagnat se incomodava quando via crianças sem instrução religiosa e pedia aos irmãos que não poupasse tempo para educar os jovens mais carentes.
  É um Projeto piloto experimental, que de acordo com os resultados é para se estender para outras praças de Aracati e o local escolhido sempre é bom perto de uma escola, onde o fluxo de jovens é frequente e também onde mora o perigo, ou seja, os traficantes de olho nos novos consumidores jovens.  

sábado, 2 de março de 2013

Projeto Pedagógico: Orçamento Participativo da Educação



Administrar a educação de uma cidade não é bicho de sete cabeças, tudo é questão de planejamento, vontade política e ética. Hoje a educação no Brasil tem repasses mensais do governo federal, FUNDEB, fica mais fácil se planejar dentro daquele orçamento proposto pela receita. Dentro dessa ótica montei um projeto chamado “Orçamento Participativo da Educação”, novo formato de OP, voltado especificamente para a educação. Orçamento participativo de uma cidade não é mais novidade, várias experiências Brasil afora já experimentaram, no momento fora de uso, pois deixou de ser manchete na mídia. A cobrança por obras não realizadas incomodavam os gestores municipais, deixaram de mão a participação popular e adotaram relações verticais, poder-povo.
O Orçamento Participativo da Educação objetiva a participação dos docentes e discentes nos destinos das ações das escolas municipais. As escolas municipais embora pertençam a uma mesma rede, porém cada escola tem seus problemas específicos, dentro de uma realidade local. É preciso ouvir cada escola juntamente com toda comunidade escolar; pais, alunos, professores, funcionários, gestores, grêmios, conselhos escolares...
A partir do diagnóstico de cada escola os gestores municipais terão um retrato de toda a educação durante os quatro anos de governo, qualquer que venha a assumir a  posteriori terá emmãos esse planejamento, divido em três linhas de tempo, ações de curto prazo, médio e longo prazo. Por exemplo, uma escola que esteja faltando água, é uma ação de curto prazo, a escola não pode esperar, é uma ação que precisa ser resolvido de imediato. A construção de uma sala de aula é uma ação de prazo médio, pode ser esperar um pouco mais, e a construção de uma escola pode esperar mais tempo, dependendo do tamanho da escola. Dentro desse planejamento os gestores da educaçãopossuirão  uma leitura completa da rede educacional, é arregaçar as mangas e trabalhar. Vale salientar que esse OPE não se restringe apenas as obras, mas também questões pedagógicas.
Além das ações materiais e pedagógicas o interessante do Projeto é a proximidades do poder político com a comunidade, dialogar com os presentes, ouvir os anseios da escola, quem sabe o que a escola precisa é a própria escola...
Todos sabem da importância da educação para o desenvolvimento do país, por isso passou da hora de estarmos brincando com a educação. É preciso investir maciçamente na educação sem politicagem, os políticos deixarem de tratar a educação de maneira demagógica. Nos últimos tempos tem se falado muito de educação, investido (FHC-Lula-Dilma), mas é pouco ainda para garantir uma educação de qualidade. 
Não se pode esperar que os políticos olhem a educação com bons olhos, muitos políticos não estão preocupados com educação do filho do trabalhador, quanto mais alienado for o povo melhor pra eles, menos aperreio e mais fácil manipular as pessoas menos esclarecidas. O bom do OPE é garantir a democratização do processo educacional. É transparência numa gestão popular, quando se envolve a comunidade para discutir educação nessa relação horizontal. 
O OPE permite aos gestores uma visão do todo, um planejamento científico que permite ao gestor acordar pela manhã e saber o que precisa ser feito durante o dia, meses e anos. O OPE não é um planejamento fechado para novidades, é dialético no seu corpo, aberto as inovações e materialidade que a rede municipal venha necessitar.
O OPE éum alicerce para uma educação de qualidade, caminhos seguros para os gestores caminharem, se houver erros não foi o gestor que errou, mas a comunidade que participou e errou,” erro participativo”. Dentro desse OPE todos são corresponsáveis pelo êxito do projeto, que não pertence a uma pessoa, mas de todos pela educação.





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